Como prevíamos, em nome da popularidade, Papa contradiz as Escrituras

Esta Escola tem uma firme posição: Todo homem precisa conciliar sua teoria e sua prática com as Escrituras Sagradas, inclusive o Papa. Por pensar assim, prenunciamos que o populismo pode levar até um Papa a acatar posturas antibíblicas…

Papa diz 'viver e deixar viver'Lendo uma notícia que para nós – e para todo bom católico – deveria constituir um verdadeiro pavor, não podemos deixar de sentir certo brio por termos profetizado, meses após o sucesso do novo Papa em sua última vinda ao Brasil, a possibilidade de o novo pontífice ceder aos apelos populistas e acatar posturas não-bíblicas ou antibíblicas, firmando-se na ideia válida de que a Escritura precisa de um intérprete (Atos 8,30-31) e que ele, o Papa, é a palavra final da verdade e da vontade de Deus para a Humanidade (e justamente porque concordamos com isso é que ficamos aterrorizados!)…

Porquanto depositar toda a confiança no pontífice, como legítimo sucessor de Pedro, e acompanhar toda a sua obra missionária, como uma voz forte no mundo pós-moderno (capaz de calar opositores de peso, inclusive líderes de outras religiões), fez-nos admirar cada vez mais o novo Francisco de Deus, encarando-o como um verdadeiro enviado dos céus para guiar o rebanho mais numeroso e complicado do mundo, e por estas duas razões o mais fácil de cair em tentação.

Alcançando o pontificado a partir da renúncia de um outro Papa (Bento XVI) e sendo, por isso mesmo, uma escolha muito mais adequada aos novos tempos pelo próprio Espírito de Deus, estava na ordem natural – ou sobrenatural – das coisas que o novo sucessor de Pedro estudasse bastante a sociedade moderna para verificar, em seus próprios raciocínios, aquilo que o mundo atual deveria receber para voltar ao equilíbrio e ao bom senso, perdidos a partir do início da Modernidade, ou à data que isto equivaler (Esta Escola estabelece a chegada da Televisão como início da desgraça mundial que ameaça todas as bases do Cristianismo).

Isto posto, o pequeno rebanho de católicos conscientes (verdadeiros sobreviventes no meio da massa católica indouta) vinha se alegrando e regozijando cada vez mais com as notícias chegadas das missões do novo Papa, e com isso nosso “orgulho católico” era a cada dia beneficiado, ao ponto de usarmos o nome e palavras do Papa em nossos textos e pregações, como se faz quando se tem alguém como verdadeiro líder espiritual e mestre. Nosso melhor exemplo é CS Lewis, em quem confiamos cegamente e em quem baseamos tudo o que escrevemos e pregamos, como manda o bom discipulado cristão, e assim estávamos fazendo com Francisco, dada a exatidão espiritual da doutrina católica.

Drogadeamigo resumidaTodavia, e com efeito, nunca deixamos de observar, com preocupação, a escalada mundial da depravação e do esvaziamento espiritual da sociedade; e de raciocinarmos, com auxílio da Palavra de Deus e de CS Lewis, em torno do quanto este mundo moderno está pondo em risco todos os alicerces do Cristianismo, para o extremo pavor de nossa fé. E pior, não tem jeito: é uma sociedade depravada que dita todas as regras, e para a qual só subsiste incólume neste mundo a pessoa física ou jurídica que abdicar da Moralidade e da Espiritualidade, permitindo uma vida livre de qualquer regra moral e de qualquer responsabilidade para com o futuro.

Assim sendo, a regra mágica para obter o máximo de sucesso em qualquer empreitada terrestre é a quantidade de seguidores que tal obra ajunta em torno de si, e isto servirá para qualquer atividade, seja ela moral ou imoral, lícita ou ilícita, sadia ou criminosa. E ela vem com o apelo irresistível (que a própria modernidade assim o chamou) para todos os sonhos de riqueza e poder, com a razão de gerar a única segurança deste tempo, ainda que parcial, a segurança financeira. Se na vida individual todos sonham com a independência financeira, na vida das pessoas jurídicas – incluindo as igrejas – o sonho é possuir capital político e financeiro suficiente para garantir sua perpetuidade no planeta, e assim é que se explica porque as empresas – e as igrejas – mais ricas são justamente os organismos jurídicos mais longevos e duradouros da história da Terra.

A própria Igreja fundada por Jesus, a Católica Romana, usou deste artifício muitos séculos antes da pós-modernidade (mais ou menos nos Séculos III e IV), quando, analisando a situação de insegurança do então movimento cristão, perseguido e torturado em todos os guetos do mundo, decidiu se aliar aos reis e príncipes e incorporar práticas até então tidas por pagãs, ponderando que talvez, para o próprio Deus (que manteve unidos o trigo e o joio), seria bem provável conseguir uma convivência pacífica no ambiente da nova “amizade” com os monarcas, e assim garantir a manutenção do difícil movimento/doutrinamento católico, que nunca foi muito popular na História. E de fato, o próprio Deus ajudou muito neste mister, pois a conversão de Constantino, após a visão pessoal de um símbolo cristão no céu, garantiu a segurança necessária para o movimento que iniciou “tímido” com os nazarenos, séculos antes. Porém, a bem da verdade, ninguém pode afirmar com certeza que aquele era o plano de Deus (a julgar pelas exortações bíblicas para a resistência dos cristãos às perseguições e torturas, e também pela idéia bíblica de que a Igreja de Jesus sempre seria protegida, ao final, por interferências diretas do Espírito Santo em favor dela aqui na Terra: Atos 5,34-39) e por isso o ranço de uma solução covarde ainda hoje perdura entre os cristãos, sem contar o que pensa a igreja protestante da decisão de se aliar aos monarcas. Claro que os protestantes também foram covardes noutras ocasiões, e o próprio Lutero se beneficiou da amizade com os príncipes.

Antes de continuar, é importante lembrar que este mal que estou expondo como estando na Igreja Católica, não é um mal da Igreja, e sim da pós-modernidade, pois foi esta que introduziu o odioso sistema de valorização de qualquer coisa pelo grau de adesão das massas, e não pela qualidade intrínseca. Qualquer coisa hoje em dia que congregue multidões é bem vinda e terá sempre razão para mais adesões, independente da qualidade dos bens ou serviços que oferecer. Dizem que até as drogas, se não fossem tão populares, não atrairiam tanta gente! Isto ocorre com tudo o que está na moda, cujo sinônimo é justamente ser algo procurado por muita gente. Assim sendo, se o mal é da pós-modernidade e não da Igreja, então todas as religiões cometem o mesmo erro, e não é à-toa que todas as igrejas estão interessadas em comprar um Canal de TV, pois a Televisão é a forma mais fácil de conseguir a adesão das massas.

Ora, chegamos ao ponto ‘X’: onde é que o novo Papa está correndo o risco de acatar uma ideia populista para manter e ampliar a sua popularidade? Bem; tomando por base a vergonhosa assimilação de ideias feministas por parte da igreja de CS Lewis (a Anglicana, que o envergonharia se ele aqui estivesse, e talvez esteja envergonhado no Céu!), ao ponto de admitir até o sacerdócio de mulheres, podemos supor que o mesmo ocorrerá com a Igreja de Roma, como parecem dizer ESTA notícia e o final desta OUTRA aqui, numa flagrante contradição com a Bíblia, que terá que ser forçosamente abandonada ou reinterpretada cirurgicamente para permitir tal distorção em sua exatidão lógica.

C_S_LewisE não há solução aqui: o método de pacificação dos lares cristãos não pode ser desobedecido, sob pena de transformar o matrimônio sacramental num casamento comum da sociedade, onde homens e mulheres se sentem 100% livres para decidir sobre suas vidas, inclusive sobre sexo livre. CS Lewis deu a explicação definitiva para a determinação bíblica da subordinação hierárquica da mulher ao seu marido, e nós a repetimos aqui:

<< […] As esposas cristãs fazem o voto de obedecer a seus maridos. No casamento cristão, diz-se que os homens são a “cabeça”. Duas questões ob­viamente se levantam. (1) Por que a necessidade de uma “cabeça” — por que não a igualdade? (2) Por que a “cabeça” deve ser o homem?

  • A necessidade de uma cabeça segue-se da ideia de que o casamento é permanente. E claro que, na me­dida em que o marido e a esposa estão de acordo, a ne­cessidade de um líder desaparece; e gostaríamos que esse fosse o estado de coisas normal no casamento cristão. Mas, quando existe um desacordo real, o que se deve fa­zer? Conversar sobre o assunto, é claro; estou partindo da ideia de que tentaram fazer isso e mesmo assim não conseguiram chegar a um acordo. O que fazer então? O casal não pode decidir por votação, pois não existe maioria absoluta entre duas pessoas. Certamente, uma das duas coisas pode acontecer: podem separar-se e cada um ir para o seu lado, ou então uma das partes deve ter o poder de decisão. Se o casamento é permanente, uma das duas partes deve, em última instância, ter o poder de decidir a política familiar. Não se pode ter uma asso­ciação permanente sem uma constituição.
  • Se há a necessidade de um líder, por que o ho­mem? Em primeiro lugar, pergunto: existe uma vontade generalizada de que isso caiba à mulher? Como eu dis­se, não sou casado, mas, pelo que vejo, nem mesmo a mulher que quer ser a chefe de sua própria casa admira essa situação quando a observa na casa ao lado. Nessas circunstâncias, costuma exclamar: “Pobre sr. X! Por que ele se deixa dominar por aquela mulherzinha horrível? Isso está acima da minha compreensão.” Também não penso que ela fique lisonjeada quando alguém mencio­na o fato de ser ela a “cabeça”. Deve haver algo de antinatural na proeminência das esposas sobre os maridos, pois as próprias esposas ficam bastante envergonhadas disso e desprezam o marido que se submete. Porém, há mais uma razão, e sobre ela falo francamente a partir da minha condição de solteiro, pois pode ser vista me­lhor por quem está de fora que por quem está dentro. As relações da família com o mundo exterior – o que poderíamos chamar de política externa — devem de­pender, em última análise, do homem, porque ele deve ser, e normalmente é, mais justo em relação às pessoas de fora. A mulher luta prioritariamente pelos filhos e pelo marido contra o resto do mundo. Naturalmente e, em certo sentido, quase com razão, as necessidades de­les são priorizadas em detrimento de todas as outras ne­cessidades. A mulher é a curadora especial dos interes­ses da família. A função do marido é garantir que essa predisposição natural da mulher não chegue a predo­minar. Ele tem a última palavra para proteger as outras pessoas do intenso patriotismo familiar da esposa. Se al­guém duvida de mim, deixe-me fazer uma pergunta simples. Se seu cachorro mordeu a criança da casa ao lado, ou se seu filho machucou o cachorro do vizinho, com quem você prefere tratar — com o chefe da família ou com a dona da casa? E, se você é uma mulher casada, deixe-me fazer outra pergunta. Apesar de admirar seu marido, você não diria que a falha principal dele está em não fazer valer os direitos da família contra os dos vizinhos tão vigorosamente quanto você gostaria? Não seria ele apaziguador demais?>> (Livro “Cristianismo Puro e Simples”, Livro 3, Comportamento cristão, Cap. 6, Matrimônio Cristão, três últimos parágrafos – Leia o trecho NESTE link).

Liz Handford e 'O Livro' BombaOra; tudo isto é muito bom, e Lewis é o nosso mestre, mas, sem sombra de dúvida, foi a Dra. Elizabeth Rice Handford, esposa do pastor Walter Handford, a pessoa que melhor entendeu a revelação bíblica para a pacificação dos lares cristãos, e esta Escola recomenda que o leitor leia o livro “Eu, obedecê-lo?”, da Editora Imprensa Batista Regular, facilmente encontrado em PDF pelo Google. Interessante notar que a doutora Liz, conquanto fosse uma batista fervorosa, usou quase sempre a palavra de São Pedro, o primeiro Papa, para indicar qual seria a vontade de Deus para as mulheres, sem deixar nenhuma dúvida de que ela mesma implantou o método bíblico em seu lar, como seu marido atesta na introdução de seu livro. É assim, pois, bom reler o trecho de I Pedro 3,1-7 e verificar que, até para aquele tempo marital tranquilo dos apóstolos (em comparação com as verdadeiras guerras de hoje), os riscos de se criar um ambiente de conflito dentro dos lares cristãos eram por demais temidos, e por isso o grande apóstolo não deixou por menos, e escreveu aquela carta bastante incisiva. Lewis apenas o ajudou com sua genialidade.

Enfim, aqui está o nosso terror. É apavorante pertencer à Igreja de Cristo e saber que ela, mais dia menos dia, poderá trair a Jesus, como ocorreu no primeiro colégio apostólico. Outras igrejas já O traíram também, e nós da EAT cremos que uma das lágrimas que o Espírito Santo vai enxugar, após a Parusia, é justamente as lágrimas do próprio Jesus, quando finalmente sua Noiva poderá estar limpa e alva como a neve, para o louvor das orquestras celestiais. Como aqui na EAT nós sabemos, a intenção do inimigo sempre foi chafurdar o plano de Deus, e a melhor maneira de fazer isto é propor a globalização da desobediência, cujo gérmen começa na família, por quem a Igreja diz tanto lutar. Que ela não perca sua lucidez e lute contra esta anarquia global. Que o Papa seja firme e não permita tal mácula no seio da Noiva de Cristo. E que Deus não permita estarmos aqui quando tal inferno chegar.

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