SEMANA LEWIS: “Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia…”

“Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia, nada que sair dela lhe será útil”. Com esta máxima irrevogável, esta Escola defende uma diferença qualitativa no Cristianismo Autêntico de Lewis acima de todos os outros “cristianismos”…

Na Semana Lewis 2017, esta Escola volta a enfatizar a CENTRALIDADE da “Teologia Lewisiana” para não apenas salvar o Cristianismo em si, ou salvá-lo da “charopada água com açúcar” que a chamada “igreja evangélica” lhe impôs, mas também para iluminar o Caminho da Salvação para todas as almas humanas, cujas vidas estão correndo vários riscos, tais como: cair na exposição reducionista do Protestantismo; cair no desvio diabólico da doutrina Testemunha de Jeová; cair na confusão trágica do Mormonismo; cair no engano DE$A$TRO$O da Teologia da Prosperidade; enfim, de todas as desgraças que nasceram após a loucura de Lutero e seus “irresponsáveis seguidores”.

E mais, existe uma razão clara e extraordinária para colocar a Teologia Lewisiana na CENTRALIDADE de uma “nova reforma” no Cristianismo, a saber, porque CS Lewis é um autor muito benquisto pelos protestantes, muito amado pelos evangélicos (sobretudo crianças e jovens), muito estudado nos seminários teológicos deles (muitos professores dali até defendem a ideia de que Lewis “era um protestante” – veja explicação sobre isso NESTE link) e muito lido nas escolas dominicais, pelo menos nas escolas que ainda zelam pela qualidade espiritual de seus ministérios e nas igrejas onde seus pastores não são bitolados…

Ora; este fato, esta admiração e até “veneração” à pessoa e inteligência de Lewis, constitui a ferramenta mais decisiva para iniciar e alavancar uma nova Reforma, e nós da EAT acreditamos que foi o próprio Deus quem “arquitetou” todo este plano, a saber, que justamente um homem “tido por protestante” um dia fosse o instrumento, a alavanca, a passagem e até o antídoto da heresia, na “ironia” bem peculiar das estratégias de Deus – descritas por Lewis e pela Sagrada Escritura – de usar gente do próprio meio para destruir as obras das trevas (por exemplo: Há quem tenha visto em Judas Iscariotes a maior ferramenta de Deus para mostrar aos demais apóstolos o quanto o inimigo é capaz de imiscuir-se na igreja do Senhor, e mais ainda, a obrigá-los à humildade, na lembrança de que “quem está de pé pode cair a qualquer momento”, como Judas caiu – I Coríntios 10,12).

Neste caso, na exata acepção da verdade presente das vergonhosas heranças de Lutero na pós modernidade (heranças como as igrejas da Teologia da Prosperidade) e no desvio de verdades fundamentais da Revelação negligenciadas pelo grosso das igrejas evangélicas, Lewis então desponta como a única e última luz no fim do túnel do engano, como única mente capaz de clarear e “traduzir” a vontade de Deus e o plano de Deus para a salvação da Humanidade.

Com efeito, se você leitor for um cristão mediano, ou for um católico leviano, ou for um protestante lewisiano (porque gosta de CS Lewis), então é para você que este artigo foi escrito, e somente você poderá fazer bom uso das informações aqui repassadas, na hipótese de já ter alcançado humildade suficiente para admitir que Lewis enxergou mais longe do que todo mundo, e que merece o nome de “décimo terceiro apóstolo” (veja figura seguinte), ou que ele é o único autor moderno do qual se poderia dizer que seus escritos mereceriam estar colocados lado a lado com os livros canônicos do Cristianismo. Prossigamos…

Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia, nada que sair dela lhe será útil…

Ora; nesta condição agora exposta, o que temos que fazer é ir até à vida devocional e ao discipulado cristão dos seguidores de Lewis e filhos de Cristo, para raciocinar com eles nas consequências de se adotar Lewis como “o farol do fim do mundo”, ou a última luz divina a brilhar neste tempo de decadência, nas vésperas da Grande Tribulação.

Porquanto é perfeitamente assente que em ocasiões de densas trevas e nuvens escuras, o melhor modo de se adentrar numa floresta (por exemplo, a procurar alguém que se perdeu) é utilizar-se de um guia local, alguém que mora nas proximidades e já entrou muitas vezes na floresta, muito além da compra de um mapa da região, que jamais substituirá um condutor prático, um nativo corajoso. Este guia prático é CS Lewis! É ele o condutor iluminado por Deus para ser Seu missionário auxiliar, capaz de esquadrinhar e explicar todas as difíceis doutrinas da Revelação, e cada um de nós, cristãos e crentes no Senhor Jesus, precisamos ter a humildade de se deixar guiar por aquele guia sábio, conquanto ninguém mais conhece – nestes tempos loucos – o Evangelho e a Revelação como ele, até porque teve experiências práticas com o próprio Deus, à semelhança de Moisés e outros servos do Senhor que a Escritura registra com didática e honra.

De fato, para o vulgo mundano ou o mediano das igrejas reformadas, não há razão alguma para se acreditar que um homem de carne e osso, nascido quase 2.000 anos após o nascimento do Nazareno, iria receber de Deus uma missão nos moldes da história mosaica, e trouxesse, para a igreja pós-moderna, “uma nova Sarça Ardente” para o centro nevrálgico do Cristianismo, pondo em cheque a grande maioria das correntes teológicas nascidas com a Reforma. Pior ainda, se confrontarmos a estranha ironia desta realidade: aquele novo Moisés, que poderia muito bem receber louvores litúrgicos e até venerações, iria brotar justamente no meio de uma igreja que foge da veneração de homens como o diabo foge da cruz, por acreditar que venerar seres de carne e osso é cair novamente na idolatria do bezerro de ouro que o próprio Moisés condenou! Eita imbróglio santo, que só o Pai de Jesus poderia criar e solucionar.

Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia, nada que sair dela lhe será útil…

E o quebra-cabeças aqui é terrível, com o mesmo peso da força medonha que fez Lewis escrever o terceiro livro da Trilogia Espacial. E pior, não poderá ser destrinchado aqui sem uma arriscada incursão pelo pantanoso terreno da eclesiologia, dadas as colossais mudanças trazidas por Lutero ao panorama religioso mundial, infelizmente. Assim sendo e com efeito, se estivéssemos hoje no Século XII (século que Lewis amava e ao qual se dedicou esmeradamente a estudar) ou mesmo no Século XIV, contar a boa nova de um novo Moisés não iria “assustar” ou escandalizar o Cristianismo vigente na época, já que o Catolicismo nunca se assustou demais com a veneração de seres humanos e até de estátuas, vendo nelas não a maldade do amor satânico, mas a perfeição do Pai refletida na matéria que Ele mesmo criou e amou! (Esta Escola já publicou muitos artigos sobre este ponto, sendo para agora recomendado ESTE aqui).

Porém penetrar e insistir no tema da veneração neste século perverso e corrupto, sobretudo numa Mídia muito frequentada por “evangélicos”, seria o mesmo que insistir em malhar em ferro frio ou enxugar gelo, ou seja, uma inutilidade desmedida!… Todavia e contudo, ainda consigo ver alguma possibilidade de requinte neste “programa de índio”, pois mesmo dentro das igrejas evangélicas mais bitoladas, sempre há alguma alma que Deus vem instruindo de mansinho (João 6,44), tal como havia homens de Deus na cidade onde Jesus mandou os discípulos procurarem o jumentinho (Mateus 21,2-3). Afinal, “o paradeiro dos jumentos”, que constitui a igreja fundada por Lutero, também possui homens de Deus (Atos 18,10), almas do Senhor, que Ele trabalha em segredo para nutri-las e afastá-las, mesmo que para longe de igrejas, até que as resgate depois da última curva da esperança”, como dizia o professor Costa Matos.

Inobstante tudo isso, talvez nem seja preciso carregar nas tintas na questão da veneração de Lewis, pois a palavra dele não perde um centavo de seu valor sem um amor especial ao grande irlandês, tal como a Palavra de Deus não perde um ceitil de seu valor quando as almas não louvam e não adoram a Jesus! A palavra, em si mesma, jamais voltará vazia, e sempre cumprirá os propósitos que o Senhor para ela determinou, independente do valor que atribuamos aos seus autores intelectuais.

Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia, nada que sair dela lhe será útil…

Por isso mesmo, podemos invadir o “terreno/tema” deste artigo agora, explicando e explicitando o tremendo prejuízo que a ausência da “bússola lewisiana” causa no entendimento da Revelação, tal como a ausência de um condutor de visão sadia causa na condução de um cego pelas ruas de uma cidade.

Tudo começa com o próprio fato da hermenêutica em si, que já é trabalhosa e difícil até quando lemos textos mundanos e simplórios, sem falar na cabeça vazia dos semi analfabetos (SA), que para nós serão chamados de “todo mundo”, isto é, quem quer que leia e não consiga interpretar bem o que lê. Um SA portanto é o produto direto da massa comum das multidões que ouvem o galo cantar e não sabem aonde, ou que fazem o galo cantar na negação de Jesus, como fez São Pedro, pai dos covardes frequentadores de igrejas.

Tratando-se portanto dessa massa amorfa, que um gênio como Olavo de Carvalho chamou de “massa de manobra do Comunismo”, não podemos nos admirar que produza, num país como o Brasil, uma população tão facilmente manipulável, não apenas pelos gatunos enganadores da Política Partidária, mas também e principalmente pelos gatunos enganadores das igrejas, verdadeiros ladrões de almas do Reino de Deus.

Neste espírito, a própria possibilidade de um CS Lewis ou um GK Chesterton alcançar a mente sadia de uma alma frequentadora de uma igreja evangélica é algo por demais complicado, pois uma das coisas que as igrejas fazem é justamente induzir, indiretamente, à crença de que “SOMENTE a interpretação bíblica do protestantismo é confiável”, e assim o protestante vai surfando na onda que condenou junto com Lutero, a saber, a alegação da Igreja Católica de que fora da igreja não há salvação. Isto é: dizer que somente a interpretação do Protestantismo é válida equivale a dizer que somente aquela igreja tem palavra de salvação, quando Pedro reconheceu esta exclusividade não na igreja primitiva (o colégio apostólico e seus primeiros seguidores), mas no próprio Jesus!

Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia, nada que sair dela lhe será útil…

Com este “roubo dos direitos autorais” de ser a única igreja que salva, que equivale a uma “catolicização” fundamentalista da pregação protestante, o Protestantismo rouba a única possibilidade de salvação para as suas pobres ovelhas, pois as “proíbe”, indiretamente, de mergulharem fundo nos livros de um Chesterton e na profundidade da Teologia Lewisiana, cujos desdobramentos irão levar, invariavelmente, ao questionamento de pontos da doutrina protestante cuja única resposta seria admitir: “o Catolicismo está certo e nós errados? É o que está parecendo!”… Senão vejamos.

A igreja protestante lhe manda abrir o trecho Atos 16,27-34, que trata da conversão de um carcereiro que havia prendido os discípulos de Jesus. A igreja protestante só extrai deste texto a fé do carcereiro, a qual, segundo eles, foi suficiente para a salvação daquela alma tão pecaminosa para os padrões de Deus. (1) A igreja protestante fala da fé daquele homem e quase sempre esquece de dizer que aquela salvação só se daria se ele, que até então surrava e maltratava prisioneiros, de fato passou por uma conversão tão violenta que perdeu o seu emprego, ou tão radical que ele mesmo mudou de profissão! Ou seja, que ANTES daquela fé alegada, o tal carrasco SE ARREPENDEU AMARGAMENTE de seus pecados, e chorou copiosamente por eles, tal como chorou Pedro ao negar Jesus. (2) A igreja protestante fala da fé daquele homem mas quase sempre esquece que a fé dele também salvou a sua família, porque o arrependimento dele e a nova vida santa que tinha, deu confiança aos demais familiares e então todos creram POR MEIO DELE, ou seja, pela intercessão de um salvo na salvação de uma alma perdida. (3) A igreja protestante fala da fé daquele homem mas quase sempre esquece que a família inteira se batizou nas águas, como selo prévio e eterno da salvação, e que no meio da família também havia crianças, que foram igualmente batizadas nas águas!… Enfim, este é só um exemplo. Tem mais.

A igreja protestante lhe manda abrir o trecho Mateus 19,16-22, que trata da aproximação de um jovem rico até Jesus. Os protestantes lhe dizem então que aquele jovem não foi salvo porque não creu em Jesus. E pior, dizem que o que Jesus ensinou àquele jovem NÃO FOI COMO SE SALVAR, mas sim como SER PERFEITO! Está entendendo a trama? Ora, Jesus não apenas “omitiu grosseiramente a fé salvadora ali, mas até A CONFUNDIU”, pois o jovem que perguntou sobre o que fazer PARA SER SALVO, ouviu Jesus responder como um mero judeu religioso, apontando o dedo para os 10 Mandamentos de Moisés (como fazem os padres católicos) e ainda reforçando a caridade como meio de salvação, quando lhe mandou vender todos os seus bens e dar aos pobres, opção preferencial de Jesus! Ora, os protestantes NUNCA lhe dirão isso! Nunca mencionarão que Jesus ali omitiu a fé porque não é a fé que salvaria aquele homem, mas sim a caridade! Eles nunca lhe explicarão que a omissão de Jesus teria sido facilmente remediada, se Jesus tivesse a resposta automática da fé para a salvação, como têm os protestantes: ora, bastaria Ele ter dito àquele jovem: “Crede em mim e serás salvo”, como os discípulos disseram em Atos 16,31! Mas Jesus não disse isso, pelo menos não para aquele jovem, o que pressupõe a existência de almas que são salvas PELA CARIDADE, ou pressupõe que a fé é um atributo da caridade, que está contida na caridade, e que NEM PRECISA SER CITADA!

A igreja protestante lhe manda abrir o trecho Mateus 25,31-46, que fala do Juízo Final. A igreja protestante comete o mesmo erro aqui. No próprio Juízo que DEFINE A SALVAÇÃO de todas as almas, Jesus não menciona a fé, quando Ele poderia muito bem ter apontado para si mesmo e dizer: “estes que não creram em mim irão para o castigo eterno, e aos que creram em mim eu lhes direi ‘vinde benditos de meu pai para o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo’!”… Mas Ele não disse isso. O que Ele fez foi novamente explicar e explicitar a caridade, com exemplos muito mais objetivos e diretos, apontando para coisas como visitar os enfermos, visitar os presidiários, dar roupa a quem não pode comprar, alimentar os famintos, enfim, tudo caridade, tudo boas obras!

Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia, nada que sair dela lhe será útil…

Ora; aqui transparece reluzentemente a verdade: quando Lewis entronizou a caridade como meio de salvação (só ele explicou com maestria a necessidade das almas humanas de se tornarem BOAS para poderem elas mesmas virem a GOSTAR de viver no Paraíso!), dedicando dois capítulos de seu livro “Mere Christianity” a ela e apenas um capítulo à fé, os seus irmãos protestantes reclamaram, sem razão. Porquanto a leitura daquele livro por inteiro deixa evidente a verdade de que se não nos tornarmos bons por meio da prática “cansativa e persistente” da caridade, não haverá, nem mesmo para Deus, qualquer meio e qualquer chance de salvar a quem não vai gostar do Céu, sem o exercício de caridade que lhe amoldou ao ponto de aceitar negar-se a si mesmo (isto é o que o próprio Jesus disse no Evangelho e os protestantes mais uma vez omitem o detalhe – confira em Mateus 16,24).

Pior: Lewis chegou mesmo a dizer que “Se não perdoarmos o nosso próximo, Deus não nos perdoará e morreremos nos nosso pecados” (por assim dizer), até enfatizando a noção de que perdoar o próximo é uma coisa dificílima de se FAZER, até para Deus (Mateus 9,5), ou seja, é uma boa obra de caridade que salva a quem a pratica! Lewis aponta esta salvação pela boa obra do perdão bem no centro do Cristianismo, ou seja, na oração do Pai Nosso.

Enfim, se CS Lewis não entrar em sua Bíblia, nada que sair dela lhe será útil, porque o que sairá dela será o erro teológico de Lutero e todos os demais erros dele derivados, e você chegará ao Purgatório feito um asno cego, à espera da caridade de Jesus em lhe levar nas costas, invertendo a história do jumento que levou Jesus nas costas no Domingo de Ramos! E pior: SE chegar ao Paraíso, poderá alegremente recusá-lo, julgando estar feliz lá nas suas aventuras, quando não passará de um fantasma confuso entre a dor da angústia e o prazer da ilusão, pensando ainda auferir da carne o gozo da vida que a morte lhe roubou. Se CS Lewis não entrar em sua Bíblia, nada que sair dela lhe será útil, até porque você nem entenderá o que é uma alma escolhida por Deus para salvar outras, e assim não terá entendido nem mesmo os apóstolos de Jesus!

 

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