Carta a um judeu espírita de quem Jesus se aproximou

Um ex-colega de trabalho espírita com quem convivi por mais de 10 anos, foi sutilmente seduzido pelo Espírito de Deus a olhar para Jesus, que ele entreviu tempos depois de abraçar o Judaísmo.

Carta de Flávio Amoreira ao Prof. JV:

Prezado Prof. JV: Sei que sua cabeça gira em torno das suas aulas, pesquisas, publicações mas, sinto que preciso de seus conselhos sobre algo que se passa comigo e estou na chamada “sinuca de bico”. A situação gira em torno de minha fé… algo que há anos atrás achava que seria inabalável, mas sinto que meu alicerce encontra-se com algumas rachaduras conforme descreverei abaixo:

Prof., sempre tive muita curiosidade em saber algo sobre o passado da minha família, minhas origens e principalmente o que havia se dado em relação à fé da minha família; porque tu sabes, meu sobrenome é judeu os Amoreiras vêm da Espanha. Este nome foi dado para substituir um sobrenome judeu, para que a famílias conseguissem escapar das perseguições religiosas da Rainha Isabel de Castela e Fernando de Castela. Enfim, ou se convertia ao Catolicismo ou teria que sair da Espanha rumo a Portugal, ou morreria.

Sempre quando criança sentia uma grande depressão ao entrar numa igreja Católica; algo parecido com depressão; não entendia. Nestes últimos tempos pedi para um RABINO em São Paulo levantar a minha origem judaica e foi isso mesmo: meu TETRAVô realmente era um judeu espanhol com muito dinheiro que comprou o titulo de AMOREIRA. Ele se converteu ao catolicismo e o pior, perseguiu aqueles judeus que não se convertiam. Ou seja, o velho foi um sacana: abriu mão de sua fé e perseguiu seus próprios irmãos, um covarde.

A esposa dele não se converteu ao Catolicismo e manteve-se em sua fé. O velho era ruim: ele se separou dela e a enviou para Portugal (claro que depois ele se arrependeu e foi a sua procura lá no Norte de Portugal, mas quando descobriu onde ela estava a mesma já havia morrido).

Prof., não sei o que acontece: ele não era o primogênito, era o segundo filho; depois disso, todo segundo filho nasce com uma mancha e fica viúvo ou se separa. O segundo filho do meu tetravô se separou e tinha uma mancha no braço; o segundo filho do meu trisavô tinha a mesma mancha no pescoço e ficou viúvo; meu bisavô era o segundo filho e tinha essa mancha na perna: ficou viúvo; meu avô tinha a mancha no braço e se separou; meu pai que também é o segundo filho ficou viúvo; e eu tenho essa mancha na coxa próximo às nádegas: esses dias cheguei a sair de casa por problemas de relacionamentos com a Laura (nunca diga isso a ela pois ela ficaria chateada comigo); mas quando cheguei no local em que me hospedaria, algo dentro de mim disse: “não faça isso, você tem que quebrar essa maldição! Se converta à sua religião, viva com sua esposa e liberte seus antepassados”. Foi incrível esta experiência, mas agora vou escolher viver bem com minha esposa; mas abandonar o espiritismo e me converter ao JUDAÍSMO? Minha cabeça esta a mil!

O que lhe contei faz parte da minha maior intimidade, e só contaria pra você; estou com a cabeça a mil. Caso possa, me aconselhe, o que fazer???

Atenciosamente, Flávio.

Resposta do Prof. JV ao Sr. Flávio Amoreira:

Prezado irmão Flávio*…

(NB: Creio que você admite que responder a esta sua carta – tão nobre e tão sincera – como ela merece, demandaria muito tempo, não é verdade? Porém isto, ao invés de me desanimar, me anima tremendamente, pois a única missão que creio ter recebido de Deus é justamente esta: ajudar a iluminar consciências por meio de palavras, de preferência palavras escritas, pois sou péssimo no falar. Ok? Vamos em frente).

Uma verdadeira “reunião de cúpula” entre nós dois estava nos planos de Deus (creio eu) desde os dias em que te conheci, lá no CE.TR.O, ou desde que me revelaste qual era a tua fé pessoal. E confesso que, quando te falei, no segundo semestre do ano passado, que eu iria marcar um encontro nosso, eu também estava pensando na reunião de cúpula que Deus imaginou.

Pois bem. Creio que a ocasião chegou. E então me veio a dúvida: não seria melhor conversar pessoalmente?: Sim e não. SIM, porque uma conversa presencial leva também as nossas expressões faciais e com elas o nosso coração se desnuda melhor; mas, por outro lado, NÃO, porque uma conversa pessoal pode impedir o livre trânsito de ideias, cortar raciocínios, ensejar surdez emocional, confundir intenções pelo tom de voz, etc., e pior, pode dar vazão a desculpas esfarrapadas como “falta de tempo” e outros compromissos “mais importantes”. Enfim, por tudo isso, vou levar adiante a nossa reunião de cúpula por escrito, prometendo a você que, se esta reunião aqui der certo, então poderemos marcar o nosso encontro pessoal até numa pizzaria, mas jamais para acabar em pizza! (ok?)…

Prezado Flávio:

Nunca lhe escondi como era e qual era a minha fé pessoal, e, também, nunca lhe neguei que eu tinha podido fazer uma boa amizade (até uma amizade bem confiante) com você, que é um “espírita fabiano”, tão somente pelo fato de que quando lhe perguntei QUEM é Jesus Cristo para você, o amigo me respondeu que Jesus era/é Deus, o Deus-criador-do-universo, e não uma alma super evoluída que chegou ao máximo da perfeição por ter reencarnado bilhões de vidas. Você se lembra disso? Pois bem.

Jesus não é um Avatar

Com uma crença dessas, i.e., com a crença de que Jesus é o Deus-criador e não um “avatar reencarnado”, você imediatamente resplandeceu aos meus olhos e eu pensei: “Opa! Esse cara é bom! Esse cara é diferente!”. Porque, em conversas com todos os espíritas que conheci (dentre eles, por exemplo, o Dr. Ari Batista Lima e a desbocada Lúcia Brutt), NENHUM deles dizia que Jesus era/é Deus, e que todos nós tínhamos o mesmo destino reencarnacionista dEle, i.é., que se continuássemos a evoluir nossa alma através de muitas reencarnações, um dia iríamos ser “iguais” a Jesus! Entendeu?

Mas o Flávio era diferente. O Flávio acreditava mesmo em Deus e em seu Filho único, ou na “Santíssima Trindade”, a menos que fosse um enrolão e estivesse mentindo para mim. Mas eu não caí nessa. Acreditei no Flávio. Pus fé de que ele poderia ser assim meio camaleão, “meio espírita e meio cristão”, pelo menos enquanto durasse a ignorância provocada pela falta de tempo do excesso de trabalho, ou pela falta de tempo para fazer leituras úteis (leituras de autores não-espíritas).

E assim apostei na nossa amizade, por apostar na sua sinceridade de crença em Cristo como Senhor e Deus, e por isso não me afastei nem lhe neguei “serviços”, como aquele de lhe apresentar ao Padre Bravo e a humildade de minha paróquia. Entretanto e contudo, crer em Cristo não é tudo, como sempre defendi até perante meus irmãos protestantes (que despedaçaram o Evangelho fazendo crer que somente a fé em Jesus salva… Um absurdo!). E pior, se crer em Cristo não era tudo, o quanto pior não seria crer em Jesus mas acreditar que Ele não salva? Eita abismo medonho!

Deus não é um costureiro humano

O nó cego estava ali. O Flávio não era um protestante, que crê em Jesus como salvador mas perde “a graça” por só crer nisso. O Flávio acreditava em Jesus como Deus, mas achava – é achismo mesmo – que para se salvar era preciso vestir várias peles humanas, como se Deus fosse um costureiro (um mau costureiro, porque vez por outra faz corpos aleijados) que a cada roupa nova ganhasse mais aplausos e patrocínio. Ou fosse um figurinista que mal sabe escolher as roupas a oferecer.

Não, querido. Deus é muito mais do que isso. Se um único minuto em nossa vida tivesse servido para nos lembrar que Ele tem inteligência infinita, poderíamos tranquilamente ter sacado que o sistema “nasce-morre-nasce-morre-nasce-morre” é um sistema tosco, precário, intelectualmente pobre e incapaz de dar conta da limpeza profunda que cada alma precisa experimentar; limpeza esta que só uma “assepsia multiprocessual” do próprio Criador, ou somente uma vassourada do próprio inventor da vassoura, poderia operar uma limpeza que eliminasse até a mais profunda catinga, ou até a catinga mais azeda de um ânus todo lacrado e cimentado por satanás! (Deu para você ver a megalomania desta podridão???)…

Ora. Se a podridão era assim tão medonha, nem um bilhão de reencarnações iria deixar nosso ânus cheiroso! Você entende??? (Puxa, se você não entender isso, posso dizer que nunca encontrei alguém que botasse tanta fé no seu papel higiênico! Rsssss)… Mas falando sério, irmão, a nossa “fedentina arrasa-quarteirão” ficou tão braba após o pecado de Adão e Eva, que até “subiu aos céus” e incomodou até o nariz de Deus! Tecnicamente, é um fedor que corrói as paredes do nariz e causam asfixia por decaimento (você pode imaginar o que é isso?)…

E então todos (anjos, querubins, serafins, etc.) correram para a presença de Deus e gritaram: “Senhor! Socorre-nos! Estamos morrendo com esta fedentina!”… E então só restava a Deus “botar a cabeça para funcionar” e bolar um plano que pudesse tirar a última bactéria podre da última tripinha contaminada da parte mais profunda do “ânus coletivo da raça humana”! Pois nenhuma outra vassoura, colher ou pinça haviam se mostrado eficazes, e nem o estreito jato cirúrgico de uma “pistola laser angelical” havia surtido efeito, ficando a Humanidade eternamente infectada por aquele fermento infernal.

Foi então que Deus realmente agiu. Interferiu. Intrometeu-se… como às vezes o exército se intromete para salvar um país onde todos os políticos se corromperam. E o Senhor bolou um plano extraordinário. Seria um plano executado em 3 (três) etapas, cada uma promovendo uma assepsia especial.

A primeira etapa seria travada antes mesmo de cada alma vestir a única pele que vestiria antes de receber o corpo final, igual ao do Jesus ressuscitado (obs.: esta etapa ‘corre’ no tempo de Deus e pode durar dias ou milênios). Esta batalha de limpeza prévia seria travada tão somente a nível psíquico, intelecto-espiritual, pré-consciente, mas nenhuma dessas expressões serve para explicar direito o que de fato acontece ali, antes de cada alma ganhar seu único corpo de carne e osso.

A segunda etapa seria travada aqui na Terra, com a alma já vestindo sua pele humana, e a limpeza agora ganhava um outro elemento decisivo, a saber, o apoio da consciência, na qual Deus inseriu sua Lei Moral ou a “Lei do certo e do errado”, fazendo-a sentir-se mal quando age mal, e sentir-se bem quando age bem. Porém mesmo assim, a fedentina tinha e tem muita força (uma força medonha) e as almas, mesmo pressionadas pela consciência e mesmo pressionadas pela voz interior de Deus, continuavam caminhando imundas ao seu bel prazer, curtindo agora até prazeres mais profundos e por isso negando-se a se limpar de todo! (“O santo mais santo da Terra ainda seria considerado imundo diante dos santos ‘higienizados’ do Céu”).

SEM o Purgatório, a Reencarnação é a única forma de haver Justiça no cosmos.

A terceira etapa seria travada após a morte, quando cada alma, após perder a cobertura de carne e osso, mergulhasse na escuridão posterior e ali começasse o seu último processamento ontológico, a saber, uma virtual solidificação multidimensional, com a qual estaria agora ainda mais consciente de sua imundície e necessidade premente de limpeza (obs.: esta etapa também corre no tempo de Deus e também pode durar dias ou milênios). Ao final desta etapa, e somente após toda essa limpeza profunda do “microfeixe de raio laser higiênico de Deus” na profundidade da tripa mais estreita do caráter corrompido, as almas ali presentes poderiam chegar às portas do grande Jardim e então receber as chaves do Reino, se é que já tivessem mesmo enxergado todo o seu interior e visto que não faltava mais nenhuma bactéria a eliminar [pois o mal é tão cruel que você ainda não está limpo quando, depois de 100% limpo, ainda crê que está sujo! Tss-tss!]…

Pronto: SÓ AQUI se pode falar em “salvação”. Observe que este processamento completo, o qual ultrapassa toda a pré-eternidade, é, além de bem mais longo e abrangente, é muito mais complicado que a mera repetição das peles humanas proposta pela teoria reencarnacionista, e também muito mais eficaz, pois a reencarnação deixa as almas somente em suposta autolimpeza e sempre em contato com seres de carne e osso, igualmente imundos e a influenciá-las para novas imundícies. Ao contrário, o afastamento de cada alma para um mundo isolado (isolado não pela solidão, mas pela ausência de contato físico) como um purgatório, onde a única finalidade é a limpeza interior de cada alma, enseja uma eficácia poderosa e uma finalidade plena ao tempo de permanência “nas sombras”, ao contrário de sucessivas vidas encarnadas em contato com outros seres encarnados, que podem desviar sua atenção pelo tato, pelo paladar, pelo perfume, pela sedução erótica, etc. Você está sacando bem até aqui?

Pronto. Creio que pode haver uma pausa aqui. Então acho que posso me adiantar e dizer, claramente, que a reencarnação é um tremendo erro de inteligência, claro, quando se compara a nossa inteligência com a de Deus. Além de um erro de inteligência, a reencarnação é uma tremenda perda de tempo, sem falar no risco de promover o terror latente nas almas perdidas, pois uma única vida na carne (atrelada ao gigantesco feixe de nervos de nosso sistema nervoso) já é mais do que suficiente para gerar o pânico profundo do desespero, pois a dor física produz muito mais desistência e morte do que arrependimento, e é este que Deus quer ver em nós!

Tudo isso sem falar que o que Deus sempre quis, com a sua multiforme Graça criativa, foi fazer uma criação com uma infinidade incontável de criaturas santas e santificadas, e você há de convir que, se cada corpo humano visto na Terra corresponder a uma criatura DIFERENTE inventada por Deus, com personalidade individual e intransferível, o número de criaturas no Reino Divino será muito maior do que seria se cada ser humano utilizasse vários corpos e assim a quantidade de almas fosse MENOR. Você sacou essa? É a criação da matemática e a matemática da criação.

Logo, querido, vou começar meu “aconselhamento” (conforme você chamou) lhe dizendo o que sempre quis lhe dizer, mas que ficou entalado em minha garganta até ontem: o erro de crer numa ilusão ou na falácia da reencarnação pode estar vindo lhe cobrar sua alma com juros e correção monetária, e todos os seus labirintos atuais podem ter sido penetrados por sua visão errada do mapa da existência. Quando o nosso mapa do futuro nos aponta uma direção errada, o mais provável é que também erremos no presente; ou quando viermos a tomar decisões para obter um determinado fim mal mapeado, o mais provável é que aquele fim não nos fará feliz.

Agora podemos chegar à sua carta (mas não esqueça que este assunto anterior, que agora abandono, ainda está longe de configurar-se completo, e seria necessário a leitura de muitos livros ou vídeos de muitas horas para o irmão captar a totalidade da informação que me convenceu de que não existe reencarnação, ok? Entendido?). Vamos em frente com a sua carta.

Irmão querido: Sua carta traz muitas palavras mas não é “pesada” como as minhas, que abordam assuntos complexos que pouca gente se interessa, tal como também não se interessam por livros muito grossos. Sua carta até poderia ser resumida como a história de um homem que está em aflição por dois dramas nascidos de um só, e a solução de um deverá salvar os dois. E mais, depois de ler sua carta 3 vezes para poder fazer empatia com ela, sinto-me feliz por poder lhe dizer o seguinte:

Torne-se judeu mesmo. Assuma o Judaísmo. Mas atenção: assuma o Judaísmo DESDE QUE abandonando o espiritismo, abandonando a ilusão diabólica da reencarnação. É claro que para mim, para minha crença pessoal, dar-lhe este conselho ainda não é O IDEAL de minha cosmovisão. Claro que não. E eu seria um imundo se lhe escondesse isso! O Judaísmo é uma pérola antiga, mas ainda valiosa aos olhos de Deus. O espiritismo é lixo, lixo guindado do inferno para a Terra. Porém o que seria ainda melhor que os dois?

Resposta: a religião que Jesus trouxe! E a razão é simples: o Judaísmo nega a Jesus! Jesus não é o Deus-criador-do-universo para os judeus, e assim voltamos à estaca zero, ou voltamos àquele ponto em que gostei de você, quando, lá atrás, lá no CETRO, você confessou que crê que Jesus é o Deus-criador, e não um avatar reencarnado! Logo, digo que você deve correr imediatamente para o Judaísmo (para fugir do lobo devorador do espiritismo), mas que, se pensar melhor e confiar mesmo em Jesus, deve correr imediatamente para o Cristianismo, e matar dois coelhos com uma paulada só.

Porquanto no Cristianismo, ou DENTRO da própria banheira onde Jesus nos lava, você terá duas vantagens excepcionais: primeiro você será lavado pela melhor “operação lavajato” do universo; e segundo porque, depois disso, você terá a paz de saber que, uma vez que sua carne morrer, você estará para sempre livre da mentira da “samsara”, que é como os indus chamam o eterno ciclo vicioso de nascer-morrer-nascer-morrer-nascer-morrer. I.e., você saberá que ao morrer a sua carne, você terá a paz de poder trabalhar sossegado na sua própria limpeza pessoal, e ainda auxiliado pelo próprio Cristo, dono do lavajato.

A “Samsara” ou a “Lei do Eterno Retorno” é parte da mentira universal de satanás!

Bem. Digamos que você entendeu bem tudo. Digamos que você já viu que pode deixar o espiritismo e passar a ser judeu. Também vou assumir que você entendeu porque deve se tornar cristão, e não judeu, porque no Cristianismo Jesus é de fato o Deus-criador, segunda pessoa da Ss Trindade. Ora; se você leu até aqui e se está sacando tudo, será o Cristianismo (i.e., o próprio Jesus) quem irá lhe dizer, em princípio, três coisas: [1ª] Volte imediatamente para sua mulher, a sua Laura maravilhosa, tão especial quanto a minha Lourdes; [2ª] Abandone imediatamente qualquer compromisso que tenha com qualquer outra mulher, mesmo que seja uma simples transa ou uma simples amizade (se for apenas amizade, congele-a por um tempo, até que sua Laura esteja “recuperada”); e, finalmente, [3ª] Comece imediata, embora sutilmente, o seu longo processo de recristianização de sua mulher, até que ela seja tão cristã quanto você passará a ser, mas desde que você lhe dê, desde amanhã cedo, sinais visíveis de mudança interior na direção do Cristianismo; um primeiro sinal pode ser comprar uma Bíblia católica ou protestante, comprar o Novo Catecismo católico, sendo este último para sua leitura diária, pois o Catecismo lhe provará o quanto e de qual modo o Cristianismo se levanta contra a reencarnação.

Bem, querido. Isto é tudo. Talvez eu tenha falado demais ou de menos. Creio que sua maturidade poderá lhe apontar os meios de executar tais instruções, e sua agenda agora deve se concentrar tão somente em sua limpeza interior, com grande dose de paciência e humildade, procurando ver se dá para conciliar, num mesmo processo, a sua cura e a de sua mulher. Mas não se preocupe com a cura dela agora. Concentre-se em você. A Bíblia diz que muitas mulheres, talvez em processo de ódio contra seus cônjuges, foram “ganhas” por meio do silêncio e da oração. Portanto, sinta-se um felizardo por Deus ter conservado ela longe de outro homem e também por ter-lhe permitido voltar para ela, sem maiores danos à sua reputação. “O restin disso tudis”, como diz o finado Mussum, o tempo se encarregará de consertar, pelas mãos de Deus.

Pelo menos eu creio assim, e se tudo trilhar este caminho, ou brilhar neste caminho, eu aposto que dará certo. Enfim, agora poderemos imaginar o dia em que deveremos conversar pessoalmente. Afinal, Deus nunca adia uma reunião de cúpula. Só nossos pecados fazem isso.

Que Deus lhe abençoe em tudo. Abraço do JV.

Tréplica Salvadora

PREZADO E ADMIRADO FLÁVIO:

Recebi seus dois vídeos e já assisti os dois, e não posso lhe negar que a música que embala “Ana Bekoach” é simplesmente linda, lindíssima! Uma preciosidade dos céus que meus ouvidos ouviram enlevados, como se eu estivesse vendo um anjo reger uma orquestra celestial! Uma pérola dos céus!. De fato, você tem um gosto musical bem refinado, e bem parecido com o meu (num próximo e-mail lhe enviarei o link de uma música que vai tilintar em seus ouvidos). Pois bem. Vamos em frente.

Querido: Como recebi dois vídeos seus, sendo um deles bastante longo, também decidi lhe enviar dois vídeos, um pequenino e um longo, para os quais queria confiar em sua palavra ao dizer-me que os assistirá na íntegra, e com toda a atenção: posso falar assim? Pois bem. Ao final, lhe passarei os links. Mas antes, creio oportuno lhe dizer algo agora. Veja.

Você PRECISA subir a “Escada da Evolução”, pois esta é a vontade de Deus

O desejo profundo de Deus não é uma filiação nossa a uma instituição religiosa, ou a um templo de alvenaria, ou mesmo a uma teologia em particular. O desejo profundo de Deus é QUE NÓS CRESÇAMOS espiritualmente, cresçamos e evoluamos, e cresçamos tanto que nossa cabeça possa abrigar TODA A REVELAÇÃO DELE, e não apenas uma parte separada, como fazem os protestantes. Assim sendo, e crendo que tu também enxergas este profundo desejo de Deus, convido-o por nossa amizade a uma típica “aventura de descortinamento da verdade”, e não importando se ela ganhará um rótulo ao final ou não. Pelo menos deveríamos ser duas almas em busca da Verdade e pelo Amor de Deus, onde quiçá possamos consentir que a alma mais velha e mais “estudada” tenha andado um metro a mais, ou uma milha a mais, dependendo do ângulo em que olhemos o mapa desta viagem.

Pois bem. Trocando isso em miúdos, não será sadio (talvez será até um desastre) se eu ficar escondendo certas palavras por medo de feri-lo… Certo? Enfim, devemos limpar nosso coração de presunção, de autoconhecimento e outras vaidades, para podermos ter o direito de esperar que Deus nos revele alguma coisa, está entendendo? Pois bem. O que quero dizer é que o Judaísmo foi e é a PRIMEIRA Revelação de Deus para a Humanidade! Uma revelação que começou lá com Moisés, o qual nos legou os fundamentos da Moral Cristã. Mas isso era apenas O PRINCÍPIO, o início, a primeira tentativa de salvação da parte do Criador. Mas quem disse que Deus queria que ficássemos parados apenas NA PRIMEIRA PARTE? Quem disse que o Judaísmo seria A PALAVRA FINAL de Deus à Humanidade? (Ora, o próprio Velho Testamento diz que O Senhor ainda iria fazer revelações bombásticas que o povo desconhecia, e que Ele é um Deus “revelador paulatino”, ou que revela a si mesmo por partes, ou de fé em fé, como disse o profeta Habacuque).

Ora, Flávio: a Revelação de Deus foi se abrindo cada vez mais, passando dos pastores aos patriarcas, dos patriarcas aos profetas, dos profetas aos anjos, enfim, dos anjos a Ele mesmo, quando Ele usaria a sua Onipotência para se dirigir DIRETAMENTE à Humanidade que assassinava os profetas! E como um Deus onipotente faria isso? Como o Criador poderia falar diretamente a nós humanos, quando Moisés mal pôde visualizar a Sarça Ardente? Como nossos olhos olhariam luz mais forte que o sol? Ora, a resposta tava na cara: Deus só poderia falar para um de nós se se tornasse um de nós!

Eureca! Eis a fórmula supimpa! Então, meu querido, não posso continuar nossa conversa sem lhe deixar a par das coisas: a verdade é esta: O CRISTIANISMO está dois, três ou dez passos à frente do Judaísmo, em termos de abertura mental para o além, em termos de seleção celestial da inteligência humana e em termos de “concepção ontológica do Criador!”… É um passo além, muito além da Teologia comum dos mortais e muito além do Multiverso descoberto pela Nova Astronomia.

Assim sendo, confessando lhe apresentar um estágio mais “avançado” da visualização de Deus, não pedirei para você abandonar a pesquisa do Judaísmo (a qual teve o mérito de lhe salvar do Espiritismo!). Claro que não. Mas lhe pedirei para incorporar as linhas de pesquisa que eu lhe indicar, como se você confiasse tanto em mim quanto confia em sua mulher. Peço apenas que me dê o espaço de 50% de suas pesquisas. Permita-se estudar nos meus 50%, como se eu tivesse ido com você ao interior da Inglaterra e tivesse lhe apresentado o meu “Divino-42” em pessoa. Ok? Tudo bem? Estamos combinados? Ótimo. Agora vamos aos vídeos.

No primeiro lhe apresento a fórmula central da inteligência associada ao Criador. Você deverá assistir a este vídeo curtinho, mas com os ouvidos de elefante e memória de elefante. Se você conseguir enxergar a “fórmula” (Eureca!), a Lógica envolvida, digo que sua visão de Deus terá dado um passo maior que o de “Usain Bolt”…

No segundo vídeo lhe apresento uma cópia discursal do filme “PAIXÃO DE CRISTO” de Mel Gibson, feita magistralmente por um monsenhor idoso e muito conhecido, e pela qual lhe peço paciência e atenção, pois o “discurso” durou mais de uma hora (mas não cansa de jeito nenhum, pois sua sapiência e didática são encantadoras). Enfim, não lhe cobrarei uma resposta por sua tarefa de assistir os dois vídeos, mas se você for sincero e os assistir por inteiro, peço que me dê um sinal de tê-los visto, e só aí é que poderemos voltar a conversar, ok? Pois bem. Seguem os vídeos agora:

(1) A única forma lógica de enxergar o infinito Amor de Deus: Clique AQUI .

(2) O Mistério é muito mais profundo do que supôs o Judaísmo: Clique AQUI .

É isso. Isto é tudo. Abraço fraterno.

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(*) – Todos os nomes aqui desfilados são pseudônimos inevitáveis.

 

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