Quando algo depende de um zilhão de coincidências

As últimas descobertas da Ciência e da Astronomia deixam o ouvinte pasmo: para o ser humano chegar a existir, uma verdadeira loteria infinita teve que ser enfrentada e vencida “por pura sorte”. Big-bang Theory

Não sou cientista, nem astrônomo e muito menos biólogo, aos quais teria a maior honra de pertencer se a vida tivesse me dado oportunidade de seguir carreira nas ciências exatas ou médicas. Minha relação profissional com a ciência é minha formação acadêmica em Administração e teológica no seminário católico. Afora isso, toda a ciência que entrou em mim se deve à minha pueril curiosidade científica, à biblioteca científica de meu pai e avô e aos esmerados estudos na ufologia, que a chamada Ciência Oficial faz de tudo para não reconhecer aquilo que guarda para si.

Todavia e contudo, não há porque não ser capaz da descoberta, mesmo “fora da academia”, de muitos dos sinais exteriores da estrutura da vida humana, conquanto disponha a ciência, já em domínio público, das mais diversas divulgações de experimentos e achados, todos ao alcance da mão e dos olhos de quem quiser ver. Assim sendo, vou tentar elencar agora tudo aquilo que descobri nas décadas incansáveis de pesquisas de sinais que demonstram, por A + B, que o atual Homo sapiens sapiens só está vivo e ativo neste planeta por uma série literalmente incontável de coincidências, tão absurdas que só um modelo de “loteria infinita” poderia justificar, mas sem jamais explicar!

Tentaremos arquitetar uma escala de ocorrências que percorra toda a história do tempo (e antes do tempo), desde a microscópica substância que se comprimiu de tal modo que, na sua explosão (Big-bang) ou implosão por excesso de compressão, chegou a gerar o universo que conhecemos [gente de alto quilate já escreveu algo maravilhoso sobre este assunto: confira NESTE link]. Mas adiantemos-nos e explicitemos a nossa visão:

Big-Bang-0101 – Há uns 15 bilhões de anos, num lugar absolutamente indefinido, uma substância também indefinida (ou “algo gigantesco”, ou do tamanho de um universo), comprimiu-se de tal modo que, num dado instante, a pressão foi tal que estourou tudo, e ali nasceu o nosso tempo, o nosso espaço e toda a matéria atualmente conhecida. Hoje já se sabe que se aquela matéria original, não tivesse a massa exatamente igual a que tinha, talvez o universo nunca tivesse chegado a existir (e se viesse a nascer, jamais geraria vida bios, como ocorreu).

02 – Depois do primeiro segundo da explosão, se o calor gerado não tivesse alcançado a temperatura que alcançou, o universo teria sido muito menos quente e assim certamente a vida não vingasse, ou só alcançasse a forma de micróbios ou pequenos vegetais aquáticos.

03 – Se algum elemento químico ou força adicional tivesse acelerado ou diminuído a velocidade de expansão alcançada no primeiro horizonte de eventos, o universo não chegaria a formar o que formou depois, e a nossa galáxia não perfaria o cinturão de estrelas de onde brotou o nosso sol.

04 – Se o horizonte de eventos tivesse capturado algum “vento enviesado” de outra região próxima, ou os ventos originais tivessem escapado mais rápido do que escaparam, o universo ficaria frio ou quente demais e as galáxias resultantes não produziriam vida.

05 – Após nascerem as galáxias, se a força gravitacional no interior da Via Láctea, sacudida pelas forças em volta da Matéria-Escura, tivesse estreitado ou alargado mais a circunferência do braço estelar onde nosso Sistema Solar se encontra, este teria se tornado um sistema errante pelo cosmos e assim certamente sua velocidade de fuga aumentaria e com ela toda a nossa esperança de nascer.

Buraco-negro duplo-106 – Se o Buraco-negro no centro da Via Láctea fosse menos ou mais massivo do que é, mesmo que em apenas “alguns quilinhos” a mais, nossa Galáxia teria sido inteiramente sugada ou expulsa, e nós teríamos mais uma vez “dançado”.

07 – Após nascerem os planetas, se o planeta Terra tivesse ficado apenas alguns milhões de quilômetros mais próximo do Sol, seria quente demais. Se tivesse ficado um pouco mais distante, seria frio demais. A razão para haver esta zona habitável é simples: a temperatura é ideal para haver água em estado líquido. Além disso, o consenso básico é que a Terra jamais poderia abrigar vida se estivesse no vácuo: é necessário que ela esteja inserida num ambiente de Sistema Estelar.

Lua-azul208 – Se não houvesse a influência da lua: Você já parou para pensar que as primeiras formas de vida da Terra, que surgiram no mar, jamais teriam como alcançar o solo seco se o oceano fosse apenas um grande lago de água parada? E não é mais novidade que a lua é responsável por controlar as marés. Sem um empurrãozinho das ondas, os mares estariam vazios ou toda a vida na Terra ficaria restrita aos oceanos.

09 – Se a rotação de nosso planeta não fosse regular, um dos lados estaria mais exposto aos raios solares, ou exposto permanentemente, enquanto o lado oposto ficaria congelado. Obviamente, a vida seria inviável em qualquer uma das duas hipóteses, com calor ou frio extremos. Dessa maneira, mesmo que você não goste de acordar de madrugada antes do sol nascer, ou que escureça à tardinha, é graças a isso que estamos aqui.

Pêndulo múltiplo esferas10 – Se nossa gravidade não fosse constante: Grande parte dos conceitos físicos que permeiam a vida, de maneira geral, é possível apenas graças à famosa força de atração que Newton enunciou. A forma e o peso dos objetos só podem ser definidos devido a isso. Atividades básicas da vida, tais como movimentar objetos e os próprios corpos, seriam inviáveis sem a gravidade, cuja força serve até para manter nossa cabeça sadia, segundo provaram exames no cérebro de astronautas que passaram muito tempo em gravidade zero (imagine como seria difícil manter a saúde mental num planeta sem gravidade, ou onde a gravidade fosse “multilateral”, e ninguém soubesse para onde iria um objeto lançado ao ar? Tss-tss!).

Imã ferradura11 – O campo magnético: Uma força invisível, mas facilmente comprovável, nos protege de sermos atingidos por partículas que o vento solar carrega até a Terra. Tal campo funciona, segundo as teorias mais aceitas, exatamente como um escudo. Tal escudo é formado a partir de uma linha circular, como um bolsão, traçada entre os pólos magnéticos sul e norte da Terra. Sem esta proteção, estaríamos fritos. Literalmente.

12 – As zonas temperadas: Compare o número de espécies animais das quais você já ouviu falar nas extremidades da Terra: provavelmente, não irá muito além de pinguins no Pólo Sul, ursos no Norte, além de alguns peixes exóticos que conseguiram se adaptar a condições tão adversas. Agora pense na floresta tropical amazônica: incontáveis variedades de bichos, desde pequenos insetos até grandes mamíferos. Assim, o fato de haver áreas atingidas pelo sol em quantidades equilibradas é considerado essencial para a manutenção da vida, sem falar na pluviabilidade das florestas!

13 – Água, água por todos os lados: Não é à toa que qualquer avanço na observação de possíveis fontes de água em Marte ou na Lua é sempre comemorado e incita novas investigações: a existência de água em estado líquido é um dos indicativos mais claros de condições para haver vida em um planeta. A Terra, com 75% de sua superfície coberta por oceanos, é privilegiada por essa razão, e só assim garante a nossa existência.

Cair Paravel ao longe14 – A estabilidade do nível do mar: Ainda falando de oceanos, é realmente muita sorte nossa que o nível geral do mar, sob condições normais, se mantenha estável. O fato de as águas não invadirem os continentes e terem constância definida facilita o estabelecimento de seres vivos em ambos os ambientes (isto lembra a Bíblia, que registrou este excepcional milagre de o mar jamais ultrapassar os seus limites, com as desastrosas exceções que conhecemos). De todo modo, é uma pena que esta situação esteja mudando para pior com o aquecimento global e o derretimento das calotas: diz a Ciência manipulada que os oceanos estão subindo 14 cm por ano!

15 – As plantas verdes: Uma interessante teoria afirma que a cobertura vegetal da Terra em seus primeiros milhões de anos pode ter sido roxa, e não verde. Apenas quando foi concluído o “esverdeamento” de nossos vegetais é que a vida animal teve condições de surgir. A razão para isso é muito simples: plantas verdes são sinais da existência de clorofila, que por sua vez é um indicativo de fotossíntese, que produz oxigênio para nós. Na época do planeta roxo, os vegetais usavam alguma outra molécula para seus processos biológicos, e a vida humana era inviável.

raios16 – A eletricidade: Há quase 60 anos, dois cientistas americanos simularam a origem da vida na Terra em laboratório, com o experimento batizado de Miller-Urey em homenagem a eles próprios. Os pesquisadores utilizaram, em estado primitivo, os gases e outros componentes químicos que estariam originalmente envolvidos no surgimento do primeiro ser vivo. A partir disso, foram-se criando os mais básicos aminoácidos, que dariam o pontapé inicial à vida na Terra. Mas como essas específicas reações se ativaram? Segundo tal experimento, foi graças a descargas elétricas. Exatamente iguais às que hoje observamos pela janela em noites de trovoada. Mas quem disparou as descargas elétricas exatas para possibilitar as reações químicas necessárias à vida dos futuros primatas? (Aqui está o argumento deste artigo).

17 – Os movimentos geológicos: A existência de placas tectônicas é um ponto crucial, segundo as teorias mais aceitas, para que a vida no planeta pudesse se desenvolver. Apesar do perigo dos terremotos e tsunamis, a constante movimentação da crosta terrestre a partir de vulcões e abalos sísmicos nos primórdios da Terra, permitiu que houvesse maior circulação de componentes químicos importantes para tal surgimento. Se toda a superfície terrestre fosse uma única massa de terra estacionária, estes eventos não teriam acontecido e nós mais uma vez teríamos dançado.

meteoros-shower18 – O espaço à nossa volta: Cientistas concordam que a Terra não “nasceu” com tudo o que era necessário para que tivéssemos a vida que temos hoje. Alguns elementos, possivelmente até a água, foram trazidos de fora por gigantescos corpos celestes que colidiram com nosso planeta ainda nas primeiras etapas de sua formação. Então é bom perguntar: quem arremessou justamente aquelas pedras aquosas na Terra, trazendo água para cá?

19 – “Tempo de maturação”: Hoje em dia é difícil impressionar alguém citando a atual idade aproximada da Terra: embora 4,54 bilhões de anos seja um período de tempo incomensurável, já nos acostumamos à ideia de que, “sim, o planeta é velho”. Mas nem todos os planetas já observados têm tanto tempo de vida assim: alguns nascem e são destruídos em questão de poucos milhões de anos ou ainda menos. Por essa razão, é válido destacar que a vida só prosperou no planeta porque ele mesmo resistiu. Os ancestrais mais antigos do ser humano surgiram há cerca de 4 milhões de anos, menos de um centésimo da idade do planeta. A pergunta é: quem garantiu a sobrevida da Terra até o dia em que ela estivesse madura para gerar primatas? [Estas 3 perguntas acima em negrito ficam bem explicadas NESTE link].

vendedor-espermatozoide20 – Finalmente, o leitor já deve intuir facilmente: esta lista de 20 coincidências é apenas uma ínfima lista do Zilhão mencionado no título, e o Zilhão é um número incontável, mas verdadeiro. Porquanto ainda houve tantas mil outras coincidências favoráveis que ninguém teria, em sã consciência, paciência para discutir com quem vê uma “loteria cósmica” por trás de tudo isso. Até este computador que estou usando agora só pôde existir porque um cérebro humano, nascido de outras infinitas coincidências (como aquela do óvulo certo para o espermatozóide certo terem se cruzado na hora certa, de uma relação sexual “X”, dos pais do futuro cientista que inventaria o computador), chegou um dia a intuir tão sublimemente que possibilitou à Humanidade contar com estas máquinas maravilhosas que “salvam” o planeta do caos que haveria se a Informática não existisse!). Ufa! É isso…

Bem; atente o leitor agora: como eu disse, esta lista que acabei de dar é apenas uma minúscula seleção resumida de tudo aquilo que ocorreu ao longo do tempo para o universo chegar a ser o que é hoje. Então o leitor tem toda a liberdade de imaginar uma quantidade absurdamente maior do que tudo isso que descrevemos anteriormente. Porquanto isto significa que a profusão de ocorrências pontuais para que aquela minúscula bolinha inicial chegasse a explodir e gerar tudo isso que hoje existe, constitui uma série aparentemente infinita (por assim dizer) de eventos concatenados, perfazendo uma espécie de “loteria das arábias”, cujo resultado jamais ou nunca poderia dar no que deu, exceto se toda a série tivesse sido previamente prevista.

GeringonçaAssim sendo, o leitor é chamado aqui a defrontar-se com a seguinte realidade: ou aponta para a tal “loteria” e diz que numa ordem infinita, qualquer coisa poderia acontecer [mesmo que a probabilidade ficasse na casa do -1∞ (um número qualquer antes do infinito) de chance de dar certo], assumindo assim a crença de que a Humanidade está viva sem razão num espaço sem sentido e num tempo inexistente, sendo tudo o que existe um supremo absurdo – que é o mesmo que pensar que seria “fácil” ganhar sozinho numa loteria numérica infinita; ou então aponta para a tal loteria e diz que para um “determinado” fim acontecer, bem determinado mesmo, somente se uma inteligência infinita planejasse previamente toda a série de eventos encadeados que, combinados de determinadas maneiras, resultassem naquilo que ele previu e desejou.

Não preciso dizer que esta segunda hipótese é a que nós da EAT assumimos, pois aqui em nossa Escola não costumamos ser muito otimistas quando o negócio é loteria. Jogamos milhares de vezes, em centenas de jogos diferentes, com dezenas de participantes, e nunca nenhum de nós ganhou coisa alguma, nem mesmo um saco de pipoca no fim de uma quermesse! Porém há gente que vai e aposta, e às vezes aposta caro, entregando seu suado dinheirinho para o dono do cassino ou para os cofres de um governo corrupto. E tem os que apostam uma única vez na vida, gastando só 1 Real, e vai e ganha, provando que estamos mesmo num universo sem razão!

Todavia e finalmente, a realidade foi montada para indicar para nós uma direção diferente. É como se “o cara” que planejou esta loteria maluca dissesse assim: “Eu sou tão infinito que nenhum de vocês poderia me enxergar (tal como não enxergam do outro lado do universo de vocês, o qual para mim não passa de um átomo!). Logo, se eu jamais poderia ser visto por vossos olhos físicos, nem que usassem o seu maior telescópio, planejei toda a criação com tantas coincidências que, ao final de qualquer investigação, qualquer um de vocês poderia dizer: para que ESTE EXATO resultado vingasse, somente se Alguém o tivesse planejado!”. Eis aí o “x” da questão. Mas este “x” repete tantas vezes, e em tão melodiosas notas, que sua explicação só pode ser: Alguém compôs esta música.

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