“Acordando a Bruxa”

As lendas e as velhas histórias de todos os continentes sempre trouxeram relatos de poderes adormecidos em criaturas medonhas, chamadas bruxas, fadas ou semideuses…

Em razão de terem alcançado a imortalidade (segundo as lendas) ou de terem sido criados eternos (como diz a Bíblia acerca de anjos), muitos seres tiveram que ser silenciados, “congelados” ou aprisionados, no sentido de ficarem banidos do convívio com humanos, não apenas pela sua própria malevolidade, mas pela malignidade destes últimos, que no final, após uma tal “troca”, equivaliam aos seres dos quais tentavam obter o poder.

Interessante notar como o tema é recorrente ao longo da História, e não apenas no passado, mas até nos nossos dias, como veremos mais adiante. A fome de poder que invade ou está presente no coração humano é tão vívida e influente que a Humanidade inteira, provavelmente, não conseguirá esconder a sua presença subliminar, cuja detecção a tecnologia de exames mentais em breve desnudará para espanto dos examinadores e vergonha dos examinados. A influência e até o vício de procurar tais poderes pode estar relacionada à chamada “saudade do paraíso”, marca indelével no coração humano, que jamais pôde se conformar de ter perdido um planeta tão simples e fácil de viver, em comparação com o labirinto infernal em que se transformou este mundo.

Não há de fato quem possa esquecer, na profundidade de seu ser ou em “linhas cruzadas” noturnas (entre sonhos e pesadelos desconexos), as decisivas vantagens de ter em mãos poderes que podem fazer literalmente tudo, e ainda dispensando máquinas e tecnologia (aliás, esta nada significa em confronto com os poderes perdidos). É justamente aqui que reside a GRANDE perda do Paraíso, de modo universal, pois pode ser que as bênçãos da inocência, da honestidade e da Alegria nem cheguem a suscitar saudade em corações já tão cauterizados quanto os da Humanidade pós-moderna. Porém os poderes perdidos, que foram desejados ardentemente por Hitler e tantos tiranos ao longo da História, estes jamais saem da cabeça de ninguém, talvez nem das crianças de hoje, educadas na Lei do Gérson para “levar vantagem em tudo”.

Então Deus fez bem em congelar ou desterrar tais poderes do alcance das mãos humanas, escolhendo o menor mal entre os males e julgando melhor deixar a Humanidade frágil, sem poderes especiais de sobrevivência, mas também sem poderes capazes de executar carnificinas ainda maiores do que as da Segunda Guerra Mundial. O Bem Completo seria uma Humanidade benigna, pura, sem qualquer mácula, e com poderes para operar todos os bens e milagres, sejam eles de curas de todas as doenças, sejam eles de suspensão de um terremoto ou até do desvio de um cometa gigante em rota de colisão com a Terra. Tudo isso foi perdido com a Queda no Paraíso, menos a liberdade de escolha (lei eterna e irrevogável), e a vigência desta permite que os maus manipulem todos os elementos físico-químicos e extrafísicos… E por isso Deus precisou intervir e trancafiar bem longe de nós toda e qualquer chave de ignição de tais poderes. Mas há uma exceção (cruz credo!).

É a chave que dorme silente na consciência “soterrada” das bruxas, e que estaria, em teoria, ao alcance das mãos de qualquer alma mal-intencionada. Restaria então, aos tiranos de nosso século, em primeiro lugar: (1o) Descobrir QUEM são as bruxas*; (2o) Descobrir ONDE elas vivem e moram; (3o) Descobrir como despertar suas consciências, ganhando delas a confiança (SIM, é preciso ganhar a confiança delas; i.e, propor-lhes algo em que elas também tenham “prazer”… – Do contrário, elas poderão usar seus poderes para destruir o tirano que as despertar: Surpreendente ironia das trevas!).

[* = Não falei “bruxos” porque estes, ao longo da história, nunca conseguiram vencer todos os poderes das bruxas – Merlinus é uma exceção –, e não possuem, em sua ontologia, nenhum poder de sedução tão poderoso quanto o que as bruxas têm; a mulher, como Zé Ramalho cantava, é “um ser maravilhoso entre a serpente e a estrela”].

Estamos, com efeito, bem no “olho do furacão” agora neste século XXI, quando os poderes das tecnologias humanas se mostram ineficazes para vencer (1o, a fragilidade dos corpos humanos, 2o, a revolta meteorológica de Gaia, e, 3o, o cerco orbital que impede a saída de humanos da órbita da Lua) praticamente os maiores problemas da Humanidade, e sobretudo, os problemas particulares dos governantes secretos, que não se conformam de morrer com o resto da Humanidade e querem viver sem os riscos de uma vida a mercê da natureza, dominando-a e exterminando “inimigos”.

A caça as bruxas já começou. Deus está atento. Breve virá o dia em que uma grande operação se dará, e uma catástrofe planetária será evitada. Não foi Deus quem a evitou. Se não foi ele, isto significa que os tiranos encontraram a bruxa, e esta aceitou aliar-se a eles. A partir deste dia, a Humanidade se tornará então apenas pasto para gado, carne para tubarões e energia para vampirismo demoníaco. Isto tudo não passa de um resumo de realidades apenas parcialmente vislumbradas por oráculos desautorizados, que as igrejas silenciaram.

Os sinais estão em toda parte. São até belos, para quem souber olhar, e ainda tiver um mínimo de pureza para desejar a presença de Deus e a distância das bruxas. O lugar onde mais aparecem é no ramo das artes, sobretudo o cinema e a música.

Convido o leitor a descobrir alguns deles, nos links abaixo:

1o ) Uma música com o título DESTE artigo é um dos melhores sinais. Está em inglês, por ser uma canção das terras de Arthur. Mas logo abaixo o leitor poderá ver a tradução e ao mesmo tempo curtir a melodia no link fornecido antes da análise da letra, mais adiante.

2o ) Dois filmes pouco valorizados de décadas atrás mostram as cenas de tentativa de acordar “as bruxas”, e em ambos as tentativas são exitosas. São eles:

a)      “Kull – O Conquistador”: com Kevin Sorbo e Tia Carrere (esta, no papel da “Bruxa”);

b)      “A Espada e o Feiticeiro” (The Sword and the Sorcerer): com Lee Horsley, Richard Lynch,  Kathleen Beller e Richard Moll (este, no papel do bruxo ou “bruxa”, Xusia).

Sem dúvida, existem muitos outros, e esta realidade tem sido mostrada (com muito maior freqüência) às crianças, em séries de desenhos animados. Até nas “Crônicas de Nárnia” este aviso do despertar das bruxas é descortinado (com toda a sua periculosidade) perante seus milhões de telespectadores, e tudo com a permissão de Deus, que sabe o quanto esta informação será decisiva para as crianças, quando elas chegarem à fase adulta e o tal Dia eclodir. Não devemos nos preocupar com elas, pois Deus sabe o que faz. – Em razão disso, não precisaremos aqui comentar os filmes, pois eles se explicam por si mesmos, e o leitor pode encontrar comentários técnicos no Google. Se puder, apenas leia o Livro 2 das “Crônicas de Nárnia”, chamado “O Sobrinho do Mago”, ou “Os Anéis Mágicos”, e perceba o que aconteceu em Sepul e como a Feiticeira Branca foi tirada de seu sono…

Observe agora o leitor a precisão da letra da música da Kate Bush, que analisaremos a seguir. A tradução dela é cheia de mistérios que só uma “bruxa” como “Kite” poderia explicar. Apenas lembre o leitor de, no lugar de algumas das expressões da poesia, entender os sentidos dados aqui em adendo aos sentidos literais. Acompanhe a letra NESTE link e siga nossos comentários assim:

1) Onde houver ‘chamamentos’ diversos para a bruxa, entenda: bruxas também eram chamadas de “homem”, “criança”, “amor”, “mamãe”, “Baby”, “garota”, e você pode ver que é assim que ela é chamada nos primeiros versos e ao longo da canção. Até uma alusão à “Bela Adormecida” pode se aplicar a uma bruxa moderna, embora no conto de Walt Disney, A Bela Adormecida não era A Bruxa, e sim a sua vítima.

2) Outro sinal da magia era convencer a bruxa de que ela não estava “congelada”, mas apenas fingindo dormir, para fazê-la despertar mais poderosa.

3) As forças telúricas estão concentradas na água, e é por isso que Jesus profetizou acerca do tempo em que os mares “rugirão”, e os poderes dos céus serão abalados. Além do mais, quem cresse nEle “do seu interior fluirão rios de água viva”: o que é uma água viva senão uma fonte mágica?

4) Rosas vermelhas e cravos de prender na cruz eram dois portais energéticos poderosos.

5) Na hora do despertar para seus poderes, a consciência da bruxa “afunda”, e não “emerge”, e por isso Kate Bush cita o verbo no texto.

6) A expressão “Spiritus sanctus in nomine…” provavelmente se refere a uma fórmula mágica de despertar os encantamentos na alçada da magia antiga, que o Século XXI ainda não descobriu.

7) A bruxa também é chamada nos anais de “ave-negra”, e no link dado o verso foi traduzido por “o melro”, ou “o corvo”. Mas o leitor deve lê-lo sempre como “ave-negra”.

8) Ao contrário das aves físicas de nossa ornitologia, as bruxas precisam molhar suas “asas” antes de “voar”, enquanto os pássaros comuns secam as suas asas.

9) A expressão “Deus et dei domino…” é outra das expressões do despertamento, e quer dizer em tradução mágica “Deus e seu domínio é deus”.

10) A expressão “Abençoe-me, padre, abençoe-me, padre, por eu ter pecado”, pode indicar o arrependimento daquele que despertou a bruxa, ou o fingimento desta perante a Igreja.

11) A expressão “Eu questiono tua inocência!” pode indicar a ousadia das bruxas em desafiar a Igreja (desta elas sempre foram inimigas) ou a noção de que o padre também é pecador e não pode confessar – típica e velha acusação satânica – ou que o padre também conhecia a magia do despertar, e por isso seria unha e carne com aquele que a despertou. A expressão desemboca nesta outra: “eu sou responsável por suas ações”, e com isso quer intimidar o padre. Isso tudo combina com a forma prática com que as bruxas encararam a perseguição da Igreja ao longo da História, nas expressões: “O que vocês dizem, pessoas boas? – Culpada! Culpada! Culpada!”. De fato, era assim que as feiticeiras eram tratadas pela Inquisição, e pior, às vezes aquilo que chamavam de ‘bruxa’ não passava de uma pobre mulher, muitas vezes seviciada por padres.

12) A expressão “tem uma pedra ao redor da minha perna” pode ser uma mera sinonímia medieval para “a Igreja (que é ‘a Pedra de Pedro’) é uma pedra no meu sapato”; ou um estorvo, uma nódoa “que preciso afastar de mim, com urgência”.

Eis aí uma obra de arte monumental, da cantora/compositora que um dia foi chamada de “mulher-música”. A precisão de suas expressões, de sua poesia e melodia é tão extraordinária que chegamos a supor que a própria “Kite” (como é chamada na intimidade) travou conhecimento da magia medieval, e talvez seja, como CS Lewis, uma estudiosa do assunto, pelo que escreveu tantas obras-primas.

Os mestres Louis Pauwels e Jacques Bergier uma vez escreveram um livro intitulado “O Despertar dos Mágicos”, e espantaram o mundo com suas revelações bombásticas, mas até certo ponto óbvias para um olhar mais atento. Os dois já haviam visto, pela lógica dos acontecimentos e a derrocada da civilização tecnológica, que alguma coisa estava em andamento, e a transformação iria mudar para sempre a face da Terra. Eles foram praticamente os precursores no movimento New Age Ocidental e os anos seguintes à publicação de seu livro iriam comprovar esta reconstrução do misticismo ecológico. Não será nada incoerente unificar os pensamentos e admitir a íntima relação entre o argumento de Pauwels/Bergier e as obras aqui comentadas, embora a New Age nunca tenha admitido a bola de neve da maldade humana como sinal de uma decadência inexorável.

Mas a lição final está clara: a Bruxa está acordando. É o missing-link da parusia de Cristo, e os cristãos podem esperar confiantes por este SINAL, pois essa chave terá que ser aberta, de qualquer maneira. Será preciso munir o Comando de Tellus com os poderes perdidos no Éden, e convertê-los em armas de destruição dos interesses de Deus. Assim sendo, fica mais fácil não se confundir com falsos profetas e anticristos, pois estes serão fracotes e ridículos sem a arma da magia macabra, que dará sinal de Juízo aos cristãos. Assim será o Dia em que o Dono da peça vai aparecer no palco deste mundo: um homem “X”, cheio de poder, tentará converter para si o último cristão, e depois passará a perseguir a ele e a todos os que não o seguirem. Mas nesta altura, eles já saberão quem é seu perseguidor, qual arma está usando e como se proteger dela pelas mãos arrebatadoras de Deus.

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