O velho drama da educação doméstica requer uma velha solução

Todos os “entendidos” vêm sugerir alternativas supostamente eficientes para a Educação dos filhos pelos pais, mas ninguém para pra pensar se alguma coisa não estaria certa na Educação antiga.

Teacher animation

A sociedade está careca de ouvir os atuais educadores a dizer que “castigar nem sempre é a fórmula ideal para educar seu filho”, ou que a “criança precisa compreender o motivo do “erro” com explicações objetivas”, ou que “o uso de carinho é suficiente”, ou que, “além do diálogo, somente técnicas que induzem à autorreflexão funcionam”; enfim, há toda uma gama de sugestões vindas de “experts” cheios de diplomas [Leia as últimas deste assunto NESTE link]. A verdade, porém, é que quase nada tem mudado no mundo, i.e., pelo contrário, que a má educação e a violência – dela decorrente – continuam a desafiar a todos os que pretendem solucionar ou pelo menos ‘entender’ o que está acontecendo.

Mas não há muito o que rebuscar aqui para entender o quadro. Difícil de entender é toda a gama de experts seguir uma só linha de raciocínio; ou que não haja ninguém, dentre os educadores e psicólogos, que ao menos por breve tempo, tenha se dado ao trabalho de examinar, com o devido cuidado, o sucesso da Educação Antiga (doravante EA) para com aquela típica “criança-infernal”, que nem a sua própria mãe aguenta! Ou pelo menos para tentar saber porque não havia uma situação tão trágica quanto a que a sociedade assiste hoje em dia.

Para não me alongar demais e para não entrar tanto na seara dos “mestres” das ciências humanas (Pedagogia e Psicologia), fico a me perguntar sobre como foi que a História avançou tão enviesadamente que produziu gente que estudou tanto, e mesmo assim não enxergou o óbvio: “crianças também têm alma”, aliás, são alma vivente, tal qual nós adultos, e por isso todas as ações voltadas para ajudá-las precisam levar em conta o óbvio complicatório de serem almas.

Educação de filho prova educ de pai-3Ora; o drama da Educação doméstica, um dos mais antigos da História da Humanidade, certamente avultou-se quando os pais (em paralelo aos professores que também se perdiam no mesmo terreno) passaram a desacreditar e/ou desmoralizar a antiquíssima crença na alma imortal, levados por uma ciência que se mostrava a cada dia mais cética nos princípios religiosos, sobretudo este que é um dos maiores consensos entre todas as religiões do mundo (a saber, o da existência de uma alma imortal no interior de cada pessoa humana). Nem tanto por descrer de uma alegação religiosa, mas até mesmo descrendo de ramos da própria ciência que detectaram coisas além da matéria, tais como a parapsicologia, a projeciologia e a metafísica.

Isto posto, deve-se perguntar agora: o que tem a ver a EA com a crença na alma imortal? Tem tudo a ver. Tudo mesmo. Porquanto como se pode tratar de “educar”, i.e., ensinar a viver na carne, um ente imaterial que Deus colocou numa experiência material neste Planeta? Não há como educar ou formar nas realidades tridimensionais um espírito recém-chegado de um “mundo invisível”, no qual ele gozava de muito mais liberdade e segurança do que pode lhe dar este mundo, e para o que precisará ajustar toda a sua personalidade para sobreviver.

O problema é muito mais profundo do que pode supor a filosofia de pedagogos e psicólogos, enquanto não derem ouvidos às lições de toda a História terrestre. Porquanto a História registrou um certo dia em que seus primeiros pais rebelaram-se contra Deus e seus engenheiros cósmicos, e pior, retransmitiram seu erro na Educação dada a todos os seus filhos! Estes, por sua vez, também educaram errado e assim sucessivamente, levando a Humanidade a caminhar cada vez mais equivocada num território ocupado por almas que perderam – ou nunca tiveram – qualquer interesse pelo Bem Comum, dado o egoísmo herdado da Educação de seus pais e avós.

Após a Queda, só com a intervenção do próprio Deus a Humanidade travou um novo contato com a Educação Divina, que aqui chamamos de Educação Antiga (EA), por ser anterior à Queda. E Deus comissionou profetas e pregadores para espalhar a EA no mundo, começando por estabelecer Leis Universais do Bem para que a máquina humana funcionasse direito. Aqui nasceram “os 10 Mandamentos”, e então são eles os grandes regentes da EA, e por consequência, deveriam ser os pilares centrais de toda a Educação Moderna.

O dia-a-dia de uma sala de aulaQual a ideia por trás dos 10 Mandamentos? É a ideia de que o planeta Terra comporta uma raça degenerada e perigosa, que pode não apenas chegar ao suicídio como também ao homicídio, incluindo até assassinatos de crianças e outros seres inocentes, todos desprotegidos, às vezes até dentro de seus próprios lares. Por isso a Lei de Deus é “severa” e pontual, não deixando margem a tergiversações com criminosos e outros delinquentes. Só que não trata a ninguém com a crença de que jamais poderá matar; pelo contrário, encara a todos nós como potenciais assassinos, se nos viciarmos (por má educação doméstica ou social) a nutrir raiva, rancor e/ou ódio.

Eis aqui descortinada a realidade: o que são as crianças de hoje? São alminhas vivas influenciadas por adultos mal educados e que aprenderam a má educação desde todo sempre, fazendo rolar uma bola de neve sem fim de conflitos e rebeldias contra Deus! E, a menos que as coisas sejam vistas deste modo, e, em algum ponto, alguém quebre o ciclo, a Humanidade vai continuar produzindo e reproduzindo maus adultos, que por sua vez produzem más crianças que geram maus adultos! (Renato Russo já cantava: “nos perderemos entre monstros de nossa própria criação”). Nada há além disso, e nenhuma das coisas ditas hoje tem serventia, exceto se admitir esta realidade (p.ex., quando lemos desabafos como o do ‘desbocado’, mas excelente articulista Régis Tadeu – veja a bombástica matéria NESTE link).

Eduque seus filhos=Ecologia2Na prática, então, como educar as alminhas rebeldes de hoje? Não é apenas impondo limites, nem “dialogando” (clichê atual dos educadores), nem somente explicando as causas dos limites, etc.. É preciso mais do que isso e até muito mais, pois, por mais que se alargue o campo de abrangência dessas técnicas, um dia chegará uma criança para quem nenhuma delas dará resultado, i.e., uma alma 100% rebelde, que não apenas se recusa a obedecer, mas até em ouvir o mero bom senso! É uma alma de passado problemático, já viciada a desobedecer a Deus, e que, por este vício, julga está no seu direito de desobedecer a tudo e a todos! (A pergunta “que passado é este, já que se trata de uma criança?”, eu não responderei aqui, pois sua resposta só trará mais problemas para os cristãos, meus principais leitores – Apenas informo que sua resposta se encontra completa nos livros “O Grande Divórcio do Egocentrismo” e “Você é um fantasma e não se enxerga” ambos das editoras Agbook e Clube de Autores).

Ao se julgar no direito de desobedecer a tudo e a todos, queda-se a um passo de cometer suicídio ou de matar alguém, e por isso não pode ser tratada com meros afagos. Aproveite-se então enquanto ainda é criança para pô-la nos eixos, e seus pais assim passam a ser as “peças-chave” no longo e tenebroso processo de “educar” (a árdua e dolorosa tarefa de domar a fera que o passado arruinou pela imitação de seus avós Adão e Eva) e precisarão agir neste caso até sem piedade, pois aquele menino certamente não tem piedade de ninguém, nem mesmo deles!

Macaco dando palmadaNeste caso, pergunte-se, deve-se bater à vontade? Não e não e não, pois a dor, conquanto seja um bom remédio, pode desencadear ainda mais ódio, a si e aos outros (quem disse que a cura era fácil?). A dor só ajudaria à pessoa que tivesse, pelo menos, um mínimo de ouvido na alma para dar uma chance à humildade. De qualquer forma, é claro que se deve promover a dor, mas uma dor leve – aquilo que nossos pais chamavam de “espanta-moscas”, i.e., a dor de ‘cipós finos nas costas’, com batidas mais ou menos leves, tal como ensinam a Bíblia e as tradições cristãs históricas – e tudo acompanhado de diálogo racional, ou seja, que aponte A RAZÃO do sofrimento, embora se saiba que a dor que o mundo lhe trará quase sempre chega sem nenhuma explicação!

Quebrado este gelo e ultrapassado este malentendido, o resto ficará surpreendentemente mais simples, pois os mirins e trombadinhas que assaltam nas ruas – se é que ainda irão para as ruas – serão meninos que já conhecem uma autoridade verdadeira (a de seus pais) e uma Educação útil, a saber, a da Escola, que agora conta com o indispensável suporte educacional do lar. Se naquele lar houver, além da EA, uma verdadeira instrução espiritual (quem sabe o velho catecismo infantil), a criança também saberá temer a Deus e assim criar respeito pela vida, sua e dos seus semelhantes. A ida a uma igreja também fará um excelente papel, sobretudo se seus pais derem o bom exemplo.

Afora isso tudo, e como último recurso, se aquela alma continuar sua desgraçada sina de crueldades e desrespeitos, só resta rezar para que o Sistema Judiciário e Carcerário do país possam dar conta de tal delinquente, porque nestes casos a própria Bíblia recomenda o encarceramento e a pena máxima, caso ela seja legal no país. Se as Escrituras não vissem utilidade alguma na perda da liberdade de ir e vir, Jesus teria condenado o Sistema Carcerário de Roma, que a tantos condenava e prendia, em nome da ordem social. Os próprios condenados à morte, que com Ele subiram à cruz, não ouviram nenhuma crítica de Jesus à perda de seus direitos fundamentais. Para eles, só havia mesmo um destino: a graça ou a desgraça eterna. Um deles se salvou.

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