Ser ou Não Ser Santo… Eis a Questão…

Para o Cristianismo, nenhuma conversa ou discussão sobre “fórmulas de se criar uma sociedade justa e fraterna” ganha sentido sem que a questão da santificação seja enfrentada sem rodeios, e qualquer outra conversa cai na ideia de Cristo: “o que disto passar vem do maligno”…

É o tema mais reprisado no blog “Casamento-a-Três”. É o assunto mais evitado e o compromisso do qual mais se foge no mundo. É o remédio mais amargo e a solução mais adequada, aliás, única, para salvar alguém da perdição eterna. E tudo se resume numa frase minúscula de Jesus, talvez a única palavra dEle que ninguém respondeu completamente, pois ninguém seria 100% fiel ao desejo de Deus. Foi quando Jesus disse: “Sede santos porque eu sou santo”. Disto depende toda a Teologia cristã e todo o destino da Humanidade.

Conversas vão e vêm sem cessar e sem enfrentar corajosamente a questão, como se a proposta de Jesus fosse uma loucura descabida, e como se a História não registrasse os exemplos de elevada pureza testemunhados por santos e santas que abandonam tudo para viver a clausura ou a contemplação. Eis assim que as desculpas esfarrapadas da alma pós-moderna não passam da “preguiça do viciamento na malícia”, com o que ninguém tem ânimo para se dispor a renunciar os desejos da carne, a qual termina com a vitória do animal sobre o racional.

A visão então chega à infância. Porquanto é nesta fase belíssima do ser humano que a humanidade e a espiritualidade tinham e têm força para vencer a carne, e então os olhos descobrem a culpa nos pais, nos avós, nos bisavós e assim sucessivamente até Adão e Eva. Todas são desculpas esfarrapadas. Porque Deus nunca tirou de nós o poder de reação, e este aparece bem rápido e fácil quando se trata de vencer a preguiça para fazer “justiça” com as próprias mãos, saindo de casa num domingo de descanso para linchar um ladrão que assaltava na vizinhança. Para a maldade, enfim, sobram forças até tirânicas para satisfação do egocentrismo, que também paralisa e move o mundo para a luxúria.

Shakespeare cunhou a célebre frase “ser ou não ser, eis a questão”. Talvez ele tenha pensado muito mais longe do que esta frase estava dizendo, ou talvez tenham divulgado a frase de modo incompleto. Ele deve ter pensado como Jesus, pois ele também costumava pensar muito longe e profundo, como você pode ver AQUI, no chamado “Pentagrama Shakespeareano”. Aposto que a frase original foi “ser ou não ser santo: eis a questão”. Tal como agora é título de livro (confira AQUI).

Pior, se a questão da santidade é o grande divisor de águas ou o CENTRO do Cristianismo e da salvação, o que esta sociedade moderna tem feito é um verdadeiro suicídio, um suicídio imundo e covarde, que leva multidões de jovens e adolescentes (às vezes até crianças – veja GIF ao lado) à depravação sexual e a um abismo sem volta, no qual quase sempre se encontra o pó branco e a picada mortal.

Mas nada disso adianta falar. Quem passou a língua no sorvete não deixará ele inteiro na casquinha e o digerirá logo. É o mesmo que tentar salvar um alcoólatra mandando ele cheirar a garrafa de cachaça. Claro que não funciona. É preciso afastá-lo da garrafa, do bar, da turma, do ambiente de bêbados, do mundo (está claro agora o valor e a utilidade da clausura? O homem moderno agora pode ver a sapiência dos monges medievais? E o perigo da Mídia de massas a empurrar, goela a dentro, todo mundo para a orgia dos instintos?)…

Pior, NEM as igrejas pós-modernas estão colaborando com a santidade de seus membros! Até pastores e bispos parecem já derrotados pelo tentador, e a imoralidade se pode ver até nas roupas das moças crentes! Os pobres evangelistas que ainda teimam em pregar a santidade de vida são ora desprezados pela surdez voluntária dos seus supostos ouvintes, ora são até alijados dos grupos de expressão na igreja, sendo forçados a uma das duas atitudes: afastamento do templo ou “incorporação da moda”, deixando-se levar na onda erotizante para o caminho sem volta.

Nosso estúdio divulgou recentemente um vídeo onde mostra um verdadeiro absurdo sofrido por cristãos na porta de sua igreja, quando praticamente todos de seus jovens cercaram-na numa “corrente de braços dados” para impedir a entrada, pichação e destruição do “altar do Senhor” por parte de mulheres vadias, demônias disfarçadas de mulheres, verdadeiras sacerdotisas da imoralidade, fingindo empunhar a bandeira do feminismo quando queriam mesmo era satanismo anti-cristão dos brabos! Quem quiser ver tal loucura cliquem NESTE link e pasmem!: é preciso prova maior de que a Humanidade se tornou inimiga da santidade?

Enfim, devo perguntar: seria possível redigir um artigo sobre vida cristã e não tocar na questão da santidade de vida? As igrejas imorais dizem que SIM. Elas já inventaram o cristianismo-água-com-açúcar e no meio deste não existem santos, talvez nem na Glória, pois os que já se foram NÃO MERECEM qualquer atenção e muito menos petição. Talvez creiam que a santidade só voltará ao Reino de Deus quando o próprio Senhor matar todo mundo e resgatar somente um pequeno rebanho, talvez os 144.000 da heresia testemunha-de-Jeová. É por isso que já há consenso na ideia de que o ‘Cristianismo Autêntico’ de CS Lewis está moribundo, com seus dias contados, e será justamente isso que acelerará a volta de Jesus.

Se esta geração má e corrupta não se rende a Jesus, se as igrejas se transformaram em pocilgas reais e virtuais, se os que deveriam guiar cegos também perderam a visão, e se cada alma agora se sente perfumada no meio da lama, o apelo dos santos medievais está mais do que atual, e o carmelo canta os hinos da parusia, como o “hei de ver meu Redentor”. Então um aviso e um conselho estão presentes aqui, nas entrelinhas. Quem tem ouvidos de ouvir, que os ouça. Buscai o Senhor, enquanto se pode achar. Maranata!

 

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