“Virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina”…

O tempo de silêncio total da Verdade está às portas! A expulsão sumária da Bíblia de todos os lugares e depois o seu virtual banimento (queimada na fogueira como bruxa) provam que nenhuma maldade praticada hoje deve espantar mais os cristãos de qualquer denominação.

Nestes “últimos dias do mundo” ninguém precisa mais de introduções bem ornamentadas para iniciar o tema da decadência humana, porque o caos agora já constitui prato principal no cardápio de todos os lares e restaurantes sadios, se é que estas coisas ainda existem além da mera hipótese retórica. As consciências que hoje respiram o ar poluído de todos os ambientes talvez ainda possam ser levadas a “morrer pela boca”, fisgando os últimos peixes do milagre da multiplicação operado por Cristo. Melhor: a multiplicação agora mostra claramente que ela não foi um milagre operado por Lutero.

A mera leitura casual da Bíblia pode ensejar as razões do argumento precípuo deste artigo, porquanto a Escritura aponta o recrudescer do caos em todas as áreas da vida, num lento processo de “integração” e interfusão da desordem com a natureza alienada do homem mundano, e ninguém pode mais reclamar de não ter, à frente dos olhos, todas as provas da derrocada generalizada da Humanidade e dos projetos da vontade humana.

Neste sentido, como o caos está dentro e fora de todo mundo, o Século XXI tem sido o lugar teológico perfeito para nos mostrar as duas coisas, a saber, o quanto o mal se espalhou pelos quatro cantos, e o quanto o Homem em si – cada um de nós em particular – construiu muralhas de “proteção” para sua suposta “integridade”, quando de íntegro ele não tem mais nada.

Esta segunda coisa, ou esta segunda área da Humanidade, a pseudo liberdade dos libertinos, se encarregaria de construir a segunda muralha nos corações, e esta traria uma porta de cofre para os ouvidos da ilusão, de tal modo que ninguém mais ouviria qualquer apelo ao bom senso, se este contivesse algum mínimo freio ao hedonismo e ao epicurismo. Foi justamente isto que o apóstolo São Paulo quis dizer quando disse que “virá um tempo em que não suportarão a sã doutrina” (II Timóteo 4,3-4), e a única força capaz de tapar os ouvidos com tanta “cola maluca” é a ignorância e o medo de ser infeliz, que o inimigo reforça com suas mentiras.

Porém é aqui que entra o terror profetizado contra nós cristãos. Ora; tapar os ouvidos para a Palavra de Deus é, para todos os efeitos, o mínimo que deveríamos esperar de um planeta que rodopia sem rumo numa esquina prostituída da Via Láctea, na qual todos os meliantes do inferno foram aprisionados com sua própria ira, até que experimentem a ira do verdadeiro Deus, que já lhes preparou um lugar perfeito para a fedentina sideral das trevas. E pior, aquele lugar imundo e tenebroso também terá espaço para almas humanas rebeldes, que já nem parecerão almas, já que ali restará apenas uma energia amorfa e desintegrada de sua individualidade, e pela qual apenas respondem aos seus obsessores (se é que responderão alguma coisa), aqueles que já terão domínio completo daquilo que um dia pensava ser “uma alma infeliz”.

Não é à-toa que o mundo moderno “está preparando os lança-chamas para queimar Bíblias”, quando um regime comunista tiver um novo Hitler no comando (a perseguição à Palavra de Deus já começou sutilmente no Brasil, e poderá “ganhar o mundo” – Confira AQUI). Afinal, que outro intento teria a bestialização humana engendrada pelo exemplo dos vampiros, que não o de transformar gente em demônios alienados para vampirização? (Confira essa loucura AQUI e pasme).

Com efeito, e embora creiamos na perfeita Justiça de Deus-pai (que preparou até um Purgatório para que ninguém diga que viveu muito pouco tempo na Terra para “aprender as coisas”), não podemos deixar de afirmar que todas as almas perdidas para sempre no Lago de Fogo ficarão lá tão somente por conta e ordem de suas próprias vontades livres, as quais foram incansavelmente procuradas por Deus para mudarem de atitude, não apenas dificultando-lhes o caminho da liberdade irresponsável, como também fazendo apelos interiores em suas consciências, naquilo que o Livro do Apocalipse chamou de “eis que estou à porta e bato” (Ap. 3,20).

Assim sendo, esta constatação põe por terra toda a argumentação do pieguismo religioso que, julgando-se justo por conta de uma misericórdia bajulatória, sempre chama a “bondade” humana pela bondade de Deus, como se Deus fosse tão somente um velhinho bonachão como o papai Noel, que distribui brinquedos até para crianças desobedientes ou endiabradas.

Nada disso. A Justiça divina será feita, doa em quem doer, para espanto de muitos e desespero de alguns. Os “ouvidos de ouvir” que o Criador deu a todos nós (até para os deficientes auditivos) nunca poderão alegar não terem ouvido o apelo, pois ele se faz desde que o mundo é mundo, e desde que o Homem é homem (Romanos 10,18). Os corações maliciosos não perdem por esperar. Que continuem eles a praticar o mal e a chamá-lo de bem (Isaías 5,20-21). Que continuem vivendo apenas para seu prazer e seu egocentrismo, sem incucação. Que acumulem muitos bens e deitem bêbados nas suas redes (Lucas 12,19-20). Se é a vontade deles que importa, então eles não serão mesmo bem vindos: que corram para o diabo que os carregue!

 

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