Seres que a poluição tecnológica afastou para algures

Fundamentado na única explicação lógica sobrevivente neste mundo materialista, o insólito “natural” continua a dar sinais de sua presença ao homem interiorano, quando este não tem medo de contar.

A única explicação lógica que este autor encontrou para entender os dois lados da questão (dados a seguir) se encontra no livro “Cartas a uma senhora americana”, do mestre irlandês CS Lewis. A questão se centra sobre os seguintes pontos: (1) Os seres mitológicos se foram; (2) O que os teria afastado?. Lewis explica sem medo e sem papas na língua, seguro de nada dever aos doutores da mediocridade científica, que tudo enxergam pelos estreitos limites da visão humana de cinco sentidos, a qual criou e entronizou a Ciência por eles limitada.

O livro comporta dois trechos especialmente esclarecedores para o leitor, no qual Jack diz à sua correspondente nos Estados Unidos:

Carta escrita em Magdalen College,   Oxford, em 9/out/1954, página 42:

[Abre aspas] “Prezada Mary,

Agradeço sua carta do dia 6, juntamente com o poema, que me agradou. Em muitas partes da Irlanda, as pessoas ainda acreditam em fadas – habitantes do Shidhe (pronuncia-se Shii) – e as temem. Fiquei hospedado num adorável chalé em Co. Louth, onde se dizia que a floresta era assombrada por um fantasma e por fadas. Mas eram elas que mantinham os habitantes locais afastados. O que nos mostra o seguinte ponto de vista: um fantasma é muito menos assustador que uma fada. Um homem de Donegal disse a um pároco conhecido meu que certa noite, quando voltava para casa pela praia, surgiu uma mulher, vinda do mar, com o rosto “pálido como ouro”. Já vi um sapato feito por um leprechaun*, que um médico ganhou de um paciente agradecido. O sapato tinha o comprimento e pouco mais que a largura de meu dedo indicador, era feito de couro e tinha a sola ligeiramente gasta. Mas tire da cabeça a idéia de criaturinhas cômicas e adoráveis. Eles são muito temidos e chamados “pessoas boas” não porque sejam bons, mas para aplacá-los. Nunca vi indícios de alguém (na Inglaterra ou na Irlanda) que acredite ou já acreditou nas criaturinhas encantadas de Shakespeare, que são pura invenção literária. Os leprechauns* são menores que os homens, mas a maioria das fadas é de nosso tamanho, algumas até maiores. [Fecha aspas].

Ao final de outra carta, a de Drumberg Hotel I, Inver Co. Donegal, de 8/set/56, Lewis oferece uma estranha nota de rodapé, na qual diz: “P.S.: Duvido que seja possível encontrar algum Leprechaun* na Irlanda atualmente. O Rádio os afugentou. (O editor explicou que “Leprechauns*” são Elfos típicos do folclore irlandês, os quais são sapateiros e que, se capturados, supostamente revelam o lugar onde existe um tesouro escondido).

Como o leitor pôde ver, Lewis não dava o menor sinal de descrer de certos detalhes do folclore ou das crendices populares, como se apostasse na certeza de que a Ciência moderna, além de não se dar ao trabalho de ir fundo nas crendices (a descrença prévia sempre impede a investigação imparcial e minudente dos detalhes ricos da fé), ela parte das pressuposições de cientistas materialistas, para quem o universo não passa de uma inflação de matéria nascida de um grão de poeira que explodiu – na verdade, estes cientistas precisam estudar mais a Teoria das Cordas e ouvir homens como Michio Kaku, Greg Braden, Deepack Chopra, Brian Greene e o próprio Einstein, que não duvidava da existência de um Criador.

Há umas duas ou três décadas atrás, a imprensa divulgava uma propaganda acerca dos avanços na área de eletrificação rural, a qual possuía um título semelhante a este: “Seres que a luz eliminou”, referindo-se ao fato de que a chegada da luz elétrica e dos postes de iluminação pública teria feito os matutos descobrirem que todos os seus “monstros” (lobisomens, sacis, mula-sem-cabeça, mãe-do-ouro, curupiras e outros) nada mais eram que “ignorâncias” ou interpretações equivocadas de sombras e outros fenômenos naturais prosaicos, e rindo de seus ancestrais que creram em vão em tantas coisas que simplesmente não existiam!

Ledo engano! O leitor viu a explicação curta e grossa de Lewis? Vou repeti-la aqui: “O RÁDIO OS AFUGENTOU”. Na realidade, os avanços tecnológicos, feitos sem nenhum critério de humanidade e consideração para com a saúde integral humana, e baseando-se apenas no lucro que iria ensejar a quem os vendesse, utilizaram recursos naturais desordenadamente, ou sem qualquer controle dos efeitos devastadores sobre a biosfera e a biodiversidade, prejudicando não apenas o Homem, mas todos os seres que necessitavam da saúde DO AMBIENTE para se manter nele. Com o ambiente fragilizado pelas patologias geradas pela agressão à Natureza, não era de admirar que muitas espécies morressem antes do Homem, dentre elas plantas, insetos, peixes, aves, pequenos e grandes animais e outros seres, os quais a Ciência ainda nem os havia catalogado! Ainda hoje a biologia e a zoologia vem descobrindo seres nunca antes achados nos anais das pesquisas científicas, sobretudo em florestas como as da Amazônia e da Oceania.

Lewis alega que outros seres também foram afetados. Mas como eram animais inteligentes e intercambiantes entre este mundo e outro (através de portais não descobertos entre a dimensão terreal e a eternal), fugiram da biosfera terrestre pelo risco que corriam de ser acometidos de moléstias advindas das ondas de rádio, TV, parabólica, microondas e toda a parafernália tecnológica de ondas, que afetam tudo ao redor, inclusive o cérebro humano (aliás, as desgraças que agridem o cérebro ainda estão por ser divulgadas – temo que a Ciência jamais as divulgue, pois a divulgação contrariaria os interesses dos patrões venais que a patrocinam! – e não será de admirar que daqui há algumas décadas, se nada for feito em contrário, todos os usuários de telefones celulares estarão mentalmente lesados, para não dizer coisa pior!).

Recentemente, o StudioJVS divulgou uma entrevista com um camponês do interior do Brasil, na qual o encontro com estranhos seres ficou patente nas declarações do Sr. José Maria, o qual não teve medo de ser ridicularizado ou menosprezado pela sociedade, até porque toda a sua gente tem testemunhado coisas semelhantes e estão pouco se lixando para o homem cosmopolita, orgulhoso de sua estreita “ciência-de-encher-bolsos-e-negócios-escusos”, lá de onde o povão jamais extrairá o bem comum ou uma benfeitoria popular. Se o leitor quiser conferir a seriedade e a confiabilidade da entrevista aqui citada, por favor queira clicar NESTE link e assisti-la em três partes.

Resta perguntar o que aconteceria a toda essa gente rica, enclausurada em selvas de pedra desumanas e ouvinte de “mestres-cabeças-de-vento”, se um belo dia todas as fontes de energia do planeta falhassem e a escuridão dominasse tudo de novo (?)… O que se passaria na cabeça dessa burguesia alienada? Certamente só desespero e pavor, para muitos, se é que conseguiriam ver alguma coisa com suas lanternas de LED! Mas a maioria, sem dúvida, entraria em depressão, pois a escuridão exterior apenas iria invadir o espaço que já havia tomado, há séculos, desde que a Revolução Industrial desespiritualizou a biosfera e propôs o universo absurdo do materialismo. Se com todas as cidades iluminadas de néon e fluorescências a mentalidade era depressiva, o quão não será quando todas as vitrines se apagarem?…

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