Enya – A rainha de todos os castelos

Um estranho fenômeno musical mundial nasceu no Século XX e é certo que tocará para sempre nos aparelhos e ouvidos do mundo, como única melodia unânime nos quatro continentes.

Uma menina linda e cheia de talento nasceu e foi criada na localidade de Gaoth Dobhair, condado de Donegal (Dhún na nGall, em irlandês), situada no noroeste da Irlanda – um local cuja língua oficial é o irlandês mais arcaico – e estava previamente convocada por Deus para oferecer ao mundo os sonhos e as lembranças mais vívidas dos primórdios da Idade Média e eras anteriores, das quais a sonoridade herdou e ultrapassou a barreira do tempo, alojando-se definitivamente no inconsciente coletivo. Refiro-me a “Eithne Pádraigín Ní Bhraonáin” (Enya Patricia Brennan), conhecida mundialmente apenas como “ENYA” (foto 1), com sua alma cantarolante, cheia da musicalidade instigante da chamada “Era da Inocência”, a qual tão bem retratou Ridley Scott em seu extraordinário “A Lenda” (link).

Sua infância foi passada nas terras frias e sombrias do interior da Irlanda, numa região onde se fala o irlandês, e não o inglês, e onde a cultura céltica é a cultura-mãe para a inspiração de todas as manifestações artísticas e religiosas de sua gente. Exatamente por isso e com efeito, foi musicalmente influenciada pelo ambiente celta e pela família de músicos, igualmente inspirados pela história épica de seus ancestrais, na qual preponderava o cantochão e a música sacra (tais gêneros percorrem as veias de todas as suas composições e interpretações, inquietando o ouvinte com sua estranheza e encantando com sua beleza todas as consciências que, num dia qualquer, têm a sorte de travar contato com sua melodia paradisíaca).

Há quem diga que estão providenciando uma biografia “doméstica” da artista, na qual estariam presentes até anotações de diários particulares da menina Enya, a qual contaria momentos de sua infância e adolescência nas terras enevoadas em que foi criada, das quais extraiu praticamente tudo o que veio a compor, cantar e musicar em sua vida, a partir de uma certa altura de sua juventude [neste mister, dizem que, para quem leu ou gosta de ler os autores que escrevem sobre as Histórias do Reino Unido (UK), os registros da biografia familiar de Enya guardam com aquelas tão íntimas relações que não daria para saber quem inspirou quem].

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Em 1980, a família de Enya formou a banda Clannad (que significa família, em gaélico), na qual a cantora entrou poucos anos após a sua “estréia comercial”. A banda era formada por irmãos e tios dela, utilizando repertório composto até pelos pais de Enya. Quando entrou no Grupo, Enya tocava teclado e fazia parte dos vocais femininos. Até o terceiro ou quarto discos da banda, o Clannad viajava por um som progressivo, com acordes cambiantes entre o ‘world’, o sinfônico e o lírico modernos, mostrando sem dúvida influências do “rock mais pensado” de bandas como o Pink Floyd e o Yes. Entretanto, quando o “Clannad” começou a tomar um rumo mais “pop“, ganhando notoriedade e aparecendo em programas de TV, Enya resolveu assumir sua “timidez investigativa” e deixou o grupo, iniciando carreira solo com sua melodia lírica e sacra, as quais, dizem, eram o que de fato cativava seu sangue céltico mais enraizado. (O StudioJVS fez uma peça de ficção com o LP “Macalla” do Grupo Clannad, acerca de uma possível viagem de Enya à Escócia e um místico encontro dela com Nessie). A música original está NESTE link.

Neste seu indômito espírito telúrico de origem céltica, Enya foi desfilando uma produção cada vez mais elaborada de melodias que parecem sair de uma “caixinha de músicas de ninar filhos de fadas”, e talvez só quem sonhou, leu ou viveu alguma coisa parecida deveria gostar tanto dela. Entretanto, tal não acontece desde que sua voz foi ouvida fora do UK. Numa profusão cada vez mais avassaladora, a sua legião mundial de fãs cresce como uma prole de coelhos, sendo hoje em dia difícil encontrar alguém, de qualquer raça, idade, experiência e crença, em qualquer lugar do Planeta, que não goste (na verdade ame) o som por ela produzido. Quem não gosta de Enya? É a pergunta que toda a crítica faz e não encontra qualquer resposta estatística neste sentido.

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Porém não deve ser o simples gosto ou paixão despertada em seus fãs que configurará uma análise mais profunda do fenômeno mundial representado por Enya e seus músicos. O que se deve avaliar é o grau de penetração de sua melodia no coração e no subconsciente das pessoas, como se todas as almas estivessem unidas por um fio condutor que as arrasta para o belo e o lírico desde a antiguidade, como que a indicar uma origem comum com o sangue bretão espalhada nos 4 continentes, talvez desde o êxodo africano dos nossos ancestrais primatas.

Ouvir Enya então seria uma incursão mais profunda no mistério que remonta o passado mais belo e arrebatador da experiência espiritual da humanidade, o que pode explicar porque muita gente crê numa jornada longa entre a concepção da mente divina e a da fecundação do útero feminino, entre as quais se encontrariam os sinais de pré-existências diversas entre os celtas, no meio dos fluidos, éteres, líquidos e elementos subatômicos formadores das matérias necessárias à ontologia humana (o leitor aqui não deve confundir essas coisas com a heresia da reencarnação).

Todavia, o que mais chama a atenção em ENYA é a constante e profunda melodia subliminar que se aninha na mente dos seus ouvintes, como uma mensagem celestial estética e misteriosa, mas estranhamente familiar, que faz qualquer um mergulhar numa realidade onírica ou fantástica, como aquelas de filmes sobre a Idade Média, ou de contos de fada e bosques sombrios. É uma estranha chamada que remonta o ambiente narniano no seu mais puro esplendor, como se houvesse perfeita sincronicidade e reciprocidade entre a fonte que a inspirou e a que inspirou CS Lewis. (Por falar neste, há outros pontos de coincidência mistagógica entre ela e Lewis, afora a questão de ambos serem irlandeses. É o fato dos dois amarem gatos e castelos, e terem nos bichanos grande parte de sua felicidade na convivência com outros seres criados, ao mesmo tempo em que sentem, ao visitarem castelos, toda a vibração produzida por uma estranha chamada missionária, que os projeta ao patamar dos grandes profetas de Deus). A paixão de Enya por castelos a levou, inclusive, a comprar um, chamado Castelo Ayesha (foto abaixo) que em árabe significa flor, sendo ela, Enya, a flor mais bela da Irlanda.

As músicas de Enya são tão lindas que, para analisá-las coerentemente, nos deparamos com um problema insolúvel, a saber: como escolher alguma delas para comentar? Qual delas merece mais destaque? Qual delas possuiria alguma inconsistência visível?… Ora, tal condição do repertório de Enya nos obriga a dizer o seguinte: todos os discos dela são excelentes, mas os 3 primeiros após a estréia solo (“Watermark”, “Shepherd Moons” e “The celts”, estes 3 após o CD “Enya”, de 1987) são simplesmente perfeitos! Irrepreensíveis. Ousamos mesmo dizer que se alguém encontrar ali algum defeito, queira por favor escrever-nos para investigarmos a razão de tal falha, porque esta certamente não passa de ilusão de ótica, ou melhor, de ilusão de áudio. Ora; citando apenas os nomes das faixas, vamos fazer de conta que os seguintes hits não são dela, e sim de anjos que, por terem suas canções proibidas na Terra, acabaram cedendo os direitos de uso pela Enya, visando diminuir a quantidade de porcarias musicais que a modernidade nos obrigou a ouvir. Então vejamos:

CD Watermark (faixas “Cursum Perficio”; “Exile”, “River” e “No laetha geal m’óige”); CD Shepherd Moons (faixas “Caribean Blue”, “Ebudae”, “Angeles”, “Lothlórien”, “Smaointe”); e CD The Celts (sem dúvida o mais lindo de todos, faixas “The Celts”, “Aldebaran”, “I want tomorrow”, “March of the celts”, “The sun in the stream”, “To go beyond”, “Boadicea” e “Bard Dance”); que são absolutamente perfeitas, não podem ter simplesmente ‘aparecido’ na cabeça de Enya ou de seus irmãos e amigos compositores, simplesmente porque não há mais no mundo condição espiritual e transcendental capaz de barrar a vozearia atordoante dos demônios e muito menos a ditadura da depressão que os inimigos de Deus espalharam, visando alienação e angústia vampirizáveis nos estertores do tempo infernal. Se não houver exceção cabível aos cristãos nesta regra, então podemos ter certeza de que em breve o planeta inteiro relinchará feito um pangaré desafinado e louco, que tentará a duras penas pedir socorro com um tumor nas suas cordas vocais eqüinas, imitando a bulha do inferno. Por tudo isso, podemos dizer, como o hino da Inglaterra diz da Rainha: “Deus salve a Enya! Deus salve a Rainha de todos os castelos!”…

Residência particular de Enya, lugar ideal para viver o fim do mundo.

Outra condição onde as músicas de Enya contemplam os critérios da excelência de que fala a Administração, é o fato de haver no mundo poucos artistas e bandas que resolveram cantar/tocar o repertório dela, e os que o fizeram de fato reconhecem a extrema dificuldade em igualizar com ela, sendo impossível superá-la! Porquanto a orquestração de Enya é impecável, não apenas pela exatidão da execução, mas pelo uso de instrumentos musicais extraídos ‘do Além’ ou da “Máquina do Tempo” (com a qual a atmosfera romântica do mundo antigo se formou), sendo de fato possível ouvir sons no meio das faixas que nos levam a perguntar “que instrumento é este?”, ou “isto é voz ou órgão?”, ou “como ela conseguiu encontrar uma ‘cítara’ medieval, um ‘címbalo beneditino’ ou uma ‘harpa judaica’ das mais reverberantes?”. A performance da cantora e seus auxiliares de backing vocals e corais nos levam a imaginar que ela estaria acompanhada por anjos ou no mínimo por cantores gregorianos ressuscitados para uma apoteose parusial, formando o conjunto de uma obra que levanta todas as perguntas e nos obriga a todas as respostas de fé, fé em coisas que transcendem tudo o que vivenciamos no cotidiano.

Afora as músicas e a poesia, muitos outros dados curiosos se sobressaem da biografia de Enya, dentre eles a aceitação mundial que lhe rendeu até um nome de caractere para léxico e para programa de computador, como o leitor poderá ver na frase seguinte, escrita com o alfabeto eletrônico chamado Enya (Vide alfabeto “ENYA” ao final); e já que falamos no planeta Terra, seu nome também batizou o asteróide 6433 como a nomenclatura científica do bólide, em 20 de junho de 1997. Ainda na área da Astronomia, a cantora foi apelidada de “The Invisible Star”, não por ser ela uma ‘estrela invisível’, no mal sentido, mas por ser tão grande que por trás dela se esconde uma colossal estrela, tal como Ramandu escondia, em mais outra ligação ‘telepática’ dela com CS Lewis. De fato, tudo parece indicar que Enya tem nas veias “sangue de fada”, como diria Lewis, por sua afinidade com o insólito. E este autor escreveu um dos livros “infantis” de sua série ‘As Crônicas de Nárnia’ com o título de “A Cadeira de Prata”, onde a bruxa do primeiro episódio reaparece como “Serpente Verde”… Mas à verdadeira “Silver Lady” (Dama de Prata) foi dado chamar-se Enya, um dos codinomes da irlandesa-gênio. Assim o leitor pode ver o quão profundos são os mistérios subjacentes àquela genial menina “donegalense” que a História do Planeta Terra jamais apagará, deixando-a na galeria dos grandes astros da música, como os Beatles, os Rolling Stones, Sir. Elton John, Pink Floyd e tantos outros nomes emblemáticos da musicografia mundial.

Enya é uma artista reconhecida mundialmente, também pelos prêmios que já recebeu. Ela já faturou o Grammy, o Echo, Discos de Ouro no mundo todo e já foi cotada até para um Oscar, por uma música sua incluída na trilha sonora de um filme, o romance Sweet November (“Doce Novembro”), onde atuaram atores como Charlize Theron e Keanu Reeves. A canção que conseguiu esta proeza foi uma das mais lindas de seu repertório, a saber, o clássico “Only Time”. Arrisco-me a dizer que nenhuma outra cantora se compara a Enya, exceto Sarah Brightman e Kate Bush, ambas genuínas divas da canção, como verdadeiras deusas da melodia telúrica, e todas filhas do Reino Unido, o que eleva este território ao patamar do mais melodioso de todos os mundos.

Mesmo o ouvinte menos culto de Enya poderá, sem dúvida, perceber que ela nem sempre canta em inglês, e que, pelo contrário, a língua por ela usada perde-se nas mil e uma noites de sua terra natal e genealogia, constituindo um idioma difícil e ultrassonoro, beirando por vezes o latim, tangenciando por vezes o aramaico, lembrando por vezes o esperanto praticado por quem tentava, há milênios, uma forma de diminuir o abismo deixado na Humanidade pela presunção da Torre de Babel (aliás, por falar naquela maldita Torre, Enya é conhecida por ter sido a única cantora a cantar em 10 idiomas diferentes até agora, como que mostrando uma aura espiritual para debelar desentendimentos entre os povos amaldiçoados pela Torre). Mas nada disso esmaece a beleza contagiante de sua melodia onírica, que só um mineral poderia desprezar. Aliás, sua doce voz é tão perfeita – para aquele tipo de música – que ela nem precisava ter escrito letra alguma, pronunciando seus sons ao mesmo tempo ininteligíveis e arrebatadores. Porém os entendidos do gaélico, do latim e do aramaico, ao traduzir Enya, também se surpreenderam com o encanto de suas poesias, intérpretes de uma Era de Paz perdida entre Adão e Platão.

Como disse antes, não me lembro e não creio ter encontrado no mundo uma só alma que não gostasse da melodia de Enya, mesmo entre aquelas mais alienadas e de mau gosto. Isto também perfaz o fenômeno Enya, que além de sinalizar o mais profundo mistério, constitui-se num “milagre de unanimidade” que do Céu vem encantar os corações atordoados do Século XX e seguintes, numa antologia musical que nenhum historiador do futuro omitirá em suas publicações.

Porém vamos imaginar que haja alguém, neste mundo louco, que não aprecie a obra de Enya. Tudo bem. É possível. Tudo é possível. Mas seja lá o que essa pessoa disser, e por mais pessimista e descrente que alguém possa ser, para nós que cremos será sempre um consolo saber que a música de Enya é aquela que ouviremos lá do outro lado, quando cruzarmos o grande Rio da Vida e subirmos ao Paraíso. E quando a escutarmos, veremos que é dali que sua melodia veio, e é ali que merece estar.

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A Ideologia de Gêneros prova que a salvação não depende apenas da fé

Jesus anteviu que uma salvação que depende apenas da fé e não obriga à prática dos mandamentos levaria a um obstáculo intransponível para almas que negligenciassem a Moral cristã.

Diante da atual onda de massificação da “moda LGBT”, incitada e excitada pelo filme do Grupo “Porta dos Fundos” (que retratou Jesus sentindo atração sexual por um de seus discípulos), não há ocasião melhor para voltarmos a debater a “Doutrina da Salvação”, pois encontramos agora um viés inesperado e decisivo nesta antiga discussão entre católicos e protestantes, o qual poderá, quem sabe, possibilitar o sonho de uma união de todos os pregadores da Palavra de Deus, sejam eles da igreja católica ou reformada. Vejamos se conseguimos fazer o assunto ficar fácil para ambos os lados do Cristianismo.

Certo dia a Televisão mostrou uma entrevista de um missionário a um adolescente infrator, apenado com perda da liberdade em uma instituição pública do tipo “FEBEM”, ou “CCMI” (Casa de Correção do Menor Infrator). O missionário pregou bonito a Palavra de Deus, expôs o Plano de Salvação e o ilustrou com uma farta exemplificação de referências e versículos bíblicos. No final do encontro, aliás, de vários encontros na CCMI, o adolescente despejou uma resposta que servirá de base para nossa presente reflexão.

O missionário acabava de explicar que “Jesus demonstrou com seu próprio exemplo que Deus é PAI e que Ele é misericordioso, com amor infinito para perdoar todos os pecados humanos, desde que submetidos à uma conversão genuína, com base em arrependimentos verdadeiros”. Esta foi a base e o argumento final do pregador, 100% correto.

Rebeco (nome fictício do adolescente citado aqui – nas “casas de correção” todos eles têm apelidos), ao final de um dos encontros com o capelão da casa, falou o seguinte: “Meu pai está preso por homicídio e porte ilegal de arma de fogo, e quando não está preso, trata mal a minha mãe e me espanca até sangrar! É este o pai que você diz ser Deus? Se for, prefiro mil vezes o diretor deste presídio do que ele”. Com esta resposta, o missionário “engoliu no seco”.

Jesus sabia que um dia sua IMAGEM PESSOAL seria “queimada” e ficaria associada à pior espécie de depravação que a Humanidade já vivenciou, como Ele viu ocorrer como Deus-criador na época de Sodoma e Gomorra, quando até anjos de Deus foram tentados a praticar atos homossexuais por homens brutos e endemoninhados residentes em Sodoma. “Se eles tentaram fazer isso com os santos anjos”, pensou Jesus, “é claro que tentarão fazer isso comigo ou me associar a tais práticas”. Vê-se exatamente essa ideia na cabeça de Jesus quando Ele, já no processo da crucificação, e vendo o que os soldados romanos faziam ao Seu corpo machucado, expressou-se dessa forma: “Se fizeram isso ao lenho verde, o que não farão à palha seca?” (Lucas 23,31). O lenho verde era Ele mesmo; a palha somos nós.

Isso era o mesmo que dizer: “Se me torturaram ao vivo até à morte na frente de minha própria mãe, e num tempo onde o respeito ao próximo ainda existia, o que não farão à minha imagem pessoal daqui há milhares de anos, quando ninguém mais respeitar ninguém?”. Eis a dedução óbvia do único profeta infalível já nascido no meio da Humanidade.

Jesus, pois, sabia com certeza absoluta, que um dia a sua imagem pessoal seria conspurcada, e “seu filme seria queimado” em praça pública. Isso se pôde ver na ‘Casa do Adolescente Infrator’: o pai dele é tão cruel e violento, que a palavra “pai” perdeu todo sentido e não pode mais ser usada para designar “Deus”, porque Deus seria entendido como um carrasco violento e impiedoso. Logo, quando Jesus anteviu que sua imagem pessoal ficaria “semanticamente prejudicada” pela Ideologia de Gêneros, Ele imediatamente deduziu que precisava deixar, para a posteridade (num registro por escrito, uma futura Bíblia), passagens que mostrassem que a salvação das almas não depende da “FIGURA” dEle, ou não depende do “rótulo Jesus”.

Fica claro como o sol que a figura do Nazareno, o santo nome de Jesus, poderia ficar “enlameada” pelas mentiras de satanás, e assim não teria mais “força de convencimento” – ou reputação – para apontar o Caminho da Salvação, se esta fosse explicada apenas pela mera fé em Cristo. Estava claro que a fé em Cristo, sozinha, não teria força para vencer a imagem enlameada do nome Jesus, embora esta imagem não abalasse cada um e todo mundo na mesma medida (mas era justamente por isso que a Doutrina da Salvação não poderia ser explicada apenas pela fé, pois esta ficaria frágil e fragilizada, quando o mundo inteiro começasse a aventar a hipótese diabólica das perguntas que satanás levaria ao inconsciente coletivo ou ao subconsciente das massas imbecilizadas: “Por que Jesus só chamou homens para o seu ministério? Como Jesus passou 3 anos em convívio íntimo com homens e não sentiu nada? Afinal, por que Jesus não poderia ter sentido atração por um de seus discípulos?”)…

Ora; no momento em que anteviu tal loucura entre as massas manipuladas pela Mídia divulgadora dos demônios, SOMENTE A VERDADE poderia triunfar neste mundo tenebroso, e a Verdade tinha que ser exposta em cores vivas e dolorosas, como sempre É dolorosa diante de pecadores e imorais de todos os matizes. Foi por isso que Jesus deu a única resposta que “cobre” ou ‘passa por cima’ de sua imagem conspurcada, e chega bem clara aos nossos ouvidos na seguinte sentença:

“Vai e pratica os Mandamentos” – Ele disse isso mesmo para o jovem que queria saber o que teria que fazer para ser salvo (Mateus 19,16-22). Foi como se Jesus dissesse para aquele jovem: “Pratica os Mandamentos, pois eles te farão SANTO, independente do que a sociedade disser que eu fiz com minha genitália”. E esta resposta ainda poderia ser: “Vai e pratica os Mandamentos: aqui está a vossa salvação, a única que transforma vossas almas, a única que liberta vocês de um salvador ‘queimado’!”. Enfim, “sede santos, como é santo o Pai celeste, mesmo que este salvador aqui não fosse santo como seu Pai é” (I Pedro 1,15-16; Mateus 5,48).

Voltamos à baila quanto ao velho argumento desta Escola: o erro protestante no ensino da Doutrina da Salvação está cada vez mais claro e desastroso, quanto mais se aproxima o Dia Glorioso da Volta de Jesus (Lucas 18,8). Nestes tempos de trevas medonhas sobre a face da Terra, onde o pecado deita e rola solto como nunca antes na História da raça humana (toda depravação sempre houve na História, mas nunca houve uma época em que NINGUÉM mais se levanta contra o pecado – inclusive as igrejas – e ninguém mais se acha individualmente pecador), urge levar todos os pregadores cristãos a voltar a pregar a Doutrina do Pecado com as cores e acentos do Novo Testamento, sejam eles católicos ou protestantes, para evitar as duas mais graves heresias da História: (1ª) a de que Jesus perdoa o pecador que não se arrepende e não se converte; e (2ª) a de que alguém pode ser salvo apenas pela fé, sem praticar os 10 Mandamentos.

Sim. A loucura da “Ideologia de Gêneros”, uma ideia nascida no Inferno, prova que a salvação não depende apenas da fé no “Filho do Homem” ou num Deus encarnado. Mostra que a vontade de Deus, que é A NOSSA SANTIFICAÇÃO (I Tessalonicenses 4,3), é prioritária e independe de estar limpa a imagem de Jesus! Isso até parece indicar que o tiro saiu pela culatra da pistola do demônio, pois este imundo sem querer destruiu a heresia protestante trazida por Lutero, mas inventada por ele.

Se a vontade de Deus é a nossa santificação, então é a santificação que o diabo odeia, e não a fé em Cristo, e satã de tudo faria para esconder do povo esta vontade de Deus: escondeu com a heresia de Lutero e sem querer desvelou com a “Ideologia de Gênero”. Preferiu o prazer de manchar o nome de Jesus com uma mentira, do que levar muito mais almas ao inferno com a mentira da fé sem santificação. Burro burro este pobre diabo!

 

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Semana Lewis 2019: A Segunda Vinda de Cristo

Artigo publicado na revista americana “His”, o qual compõe o último capítulo do livro “Palestras que impressionam”, posteriormente publicado com o título “Peso de glória”.

[ABRE ASPAS – com enxertos nossos]:

O regresso de Jesus à terra é considerado pelo apóstolo Paulo como a “bendita esperança” dos cristãos. Numa época em que o pessimismo e o juízo apocalíptico caracterizam a perspectiva dos cientistas numa extensão quase tão grande como a dos teólogos, ousamos afirmar diretamente, baseados na autoridade da Palavra de Deus, que aguardamos novos céus e nova terra enquanto esperamos pelo Senhor da Glória. A doutrina da segunda vinda (ou Parusia) não tem sentido se, pelo  que nos diz respeito, não nos fizer compreender que em qualquer momento do ano se pode aplicar devidamente à nossa vida a pergunta de Donne: “O que seria de nós, se esta fosse a última noite do mundo?”.

Por vezes, incomoda-nos essa idéia, acompanhada de profundo terror, o qual é incutido em nós  por aqueles que nem sempre se aproveitam devidamente dela. Não é justo, creio eu, pois estou longe de aceitar que se pense no temor religioso como algo desumano e degradante, a ponto de se optar por sua exclusão da vida espiritual. Sabemos que o amor, quando puro, não admite nenhuma espécie de  temor (I João 4,18). O mesmo já não sucede com a ignorância, o álcool, as paixões, a presunção e até a estupidez. Seria bom que todos alcançássemos aquele amor puro, em que o temor já não existe; mas não convinha que qualquer outro agente inferior pudesse bani-lo, enquanto não conseguíssemos chegar àquela perfeição.

Quanto a mim, é um caso diferente o argumento, que não raro surge, de que a idéia da segunda vinda de Cristo pode provocar um “terror contínuo nas almas”. Decerto não é fácil, pois o temor é uma emoção e, como tal, mesmo fisicamente, não pode manter-se por muito tempo. Pela  mesma razão, não é fácil admitir uma ânsia contínua de esperança na segunda vinda. O sentimento-crise é essencialmente transitório, já que os sentimentos vêm e vão, e só se pode fazer bom uso deles nesta altura. De forma alguma poderiam constituir o nosso alimento de todos os dias na vida espiritual. O que importa não é o terror (ou a esperança) que possamos ter em relação ao fim, ou a fuga desesperada que fazemos dele; o que é necessário é não esquecê-lo, tendo-o na medida certa e na devida conta.

Vejamos um exemplo. Uma pessoa normal, em seus setenta anos, não vai pensar (muito menos falar) na morte que se aproxima para ela; mas não procederá assim o avisado, o inteligente, embora os anos ainda não lhe preocupem. Seria loucura se aventurar em ideais baseados em esquemas que supõem mais uns vinte anos de vida; loucura seria não satisfazer a sua vontade. Ora, a morte está para cada indivíduo como a segunda vinda está para a humanidade inteira [é isto que a chegada de Nêmesis significa – Nêmesis já foi matéria de artigos nesta Escola e agora é matéria constante de vídeos publicados no Youtube pelo Canal StudioJVS].

Todos acreditamos, eu suponho, que o homem tem de desprender-se da sua vida individual, lembrando-se de que essa vida é breve, precária e provisória, e não abrindo o coração a nada que  possa findar com ela. O que os cristãos de hoje parecem esquecer com facilidade é que a vida de toda a humanidade neste mundo é também breve, precária e provisória. Qualquer “moralista” nos dirá que o triunfo pessoal de um atleta ou de uma dançarina é certamente provisório, mas o principal é lembrar que um império ou uma civilização são também transitórios. Sob o aspecto meramente mundano, todos os empreendimentos e triunfos nada significarão quando chegar o fim.

Estão de parabéns os cientistas e os teólogos num ponto em especial: a terra não será para sempre habitada [Nêmesis a tornará “a desolação do abominável”, conforme Mateus 24,15], tal como o livro “A última Batalha” deste autor mostrou. E o homem, por mais que viva, não deixa de ser mortal. Há apenas uma diferença: enquanto os cientistas esperam uma desagregação lenta, vinda do interior, nós a temos como uma interrupção rápida vinda do exterior, a qualquer momento. Será então a “última noite deste mundo”. [FECHA ASPAS].

Ao dizer: “Há apenas uma diferença: enquanto os cientistas esperam uma desagregação lenta, vinda do interior, nós a temos como uma interrupção rápida vinda do exterior, a qualquer momento”, Lewis acabou por ratificar e coroar de êxito a visão científica do fim do mundo… Porquanto a tal desagregação lenta (que a Ciência diz que durará ainda milhões de anos), já pode ser sentida hoje em dia, com o lento e inexorável efeito catastrófico sobre toda a meteorologia terrestre, de tal modo que nossa situação presente pode ser descrita como no livro de Hal Lindsey chamado “A agonia do grande planeta Terra”, onde ali caímos diante de uma longa e cansativa agonia…

Com efeito, os efeitos desastrosos da aproximação de um segundo sistema solar ao nosso Sistema (o que traz Nêmesis, estrela irmã binária de nosso Sol, anã marrom e magnética, quase 100% ferrosa e de terrível força gravitacional), já estão a bater à nossa porta, e até a data aproximada do grande terremoto do Apocalipse já pode ser aventada (meados de 2021) (Apocalipse 16,18). Este terremoto de proporções bíblicas irá rachar a terra em três partes, despertando a fúria dos supervulcões, e ali o Yellowstone explodirá, tornando a vida na superfície um verdadeiro inferno, terrível de sobreviver para quem não morrer antes. Tudo isso deixamos registrado em vídeo, e a seguir está a sugestão de alguns deles:

1) https://www.youtube.com/watch?v=hWW5WwWR8BQ

2) https://www.youtube.com/watch?v=Nuz3kH099tg

3) https://www.youtube.com/watch?v=1F5VhzvBn_4

4) https://www.youtube.com/watch?v=wJknsmS3RaA

5) https://www.youtube.com/watch?v=Urs7MwEwdOw

6) https://www.youtube.com/watch?v=5MyuzB1Wjw0

Finalmente, dada a farta “biblioteca e videoteca” à disposição de nossos alunos, amigos e visitantes, só temos a comungar da Alegria (“Joy”) de Lewis ao tratar do assunto ‘Parusia’, com seu coração consagrado e santificado pelo Senhor, no maior exemplo de seguimento a Cristo que um homem “moderno” poderia demonstrar. Neste mister, esta Escola já havia tratado com profundidade desta questão num artigo da última SEMANA LEWIS (2018) – confira aqui NESTE LINK – e por isso o presente artigo ficará muito bem representado no nosso site e nos últimos acontecimentos, pois aquele que nos prometeu revelar todas as coisas (Mateus 10,26) está, neste exato instante, cumprindo sua gloriosa promessa! Que viva Lewis para sempre!

 

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SEMANA LEWIS 2019 – “Fim da teologia cristã”

Toda a Teologia Cristã cairia por terra se o Purgatório não existisse!

Uma revisão mais criteriosa e mais depurada constatou que nada de inspirado na Bíblia sobreviverá se a “ideia de Purgatório” for removida da Teologia Cristã, e pior, muitos cristãos não veem isso…

O Novo Testamento foi escrito e compilado muito depois de ter nascido, no coração humano, a crença num mundo post mortem. Aliás, esta crença sobrenatural já existia, segundo cientistas da área de primatologia e arqueoantropologia, já no tempo das cavernas, milhões de anos antes de Adão e Eva. Nenhum macaco inteligente se postava diante de um colega morto sem lhe dirigir “grunhidos sofridos” (primitivos mantras ou rezas balbuciadas), e estas rezas se tornaram costume na hora de “enterro de macaco”, impropriamente dito. Mas por que a crença num mundo dos mortos invadiu o coração humano tão cedo e desde cedo?

Tudo indica que as cavernas não eram locais fáceis de acomodar animais racionais que não enxergavam apenas as suas paredes de pedra, ou que as viam pensando se havia alguma câmara natural oculta entre as pedras, uma nova caverna, um corredor secreto, um espaço de entrada para estranhos, enfim, algo além do mero vão central onde hospedaram seu “lar”. O próprio cair da noite trazia seus fantasmas em cada sombra indefinida, em cada som da escuridão, e o sono só chegava após decisão dos adultos que revezavam a vigiar a entrada que, muitas vezes, era a única rota de fuga que tinham.

Daí a acender a imaginação para outros seres vivos a dividir aquele espaço, mesmo do outro lado das pedras, foi um passo relativamente fácil. Não por culpa da noite e muito menos da caverna, mas por causa do próprio coração humano, emotivo, intuitivo, imaginativo, de há muito inseguro e por tudo isso temeroso, desde que a trágica decisão de ouvir “o outro lado” terminou no castigo do Éden e no salário do pecado citado na Carta aos Romanos. Enfim, dentre os inúmeros frutos da desobediência adâmica vieram os caroços da entropia e as raízes da depravação, que agora atraía também agentes psíquicos invisíveis. Não demorou muito para estes agentes deixarem sinais de influência além da vida.

Quando o primeiro primata racional pós Adão morreu (a Bíblia chama ele de Abel), o fantasma de seu sangue passou a murmurar das entranhas da terra e, embora ele fosse a mais fina flor do coração de Deus, sua aventura precoce no Além não foi capaz de impedir a imaginação de pensar no outro lado e no destino dos mortos. Então ali nascia a primeira consciência de um outro lugar possível, uma outra “dimensão”, muito além dos espaços vazios não descobertos no interior das cavernas.

O que o homem primitivo não tinha condições de imaginar e muito menos de saber era que Deus já havia criado “um outro espaço” – por assim dizer – específico para seres malignos, ou para aqueles cujo coração havia se rebelado contra Deus pelo diabólico “vazio interior da presunção”. Por óbvio, Deus só havia criado um único espaço, o espaço do Bem, pois até Ele mesmo custou a crer que algum mal pudesse brotar em meio ao infinito amor de seu Reino. Sim, Ele sabia que o mal tornar-se-ia possível com a nova geração de criaturas 100% livres, cujo coração tivesse plena liberdade de querer ou não querer a Sua companhia. Mas o espaço apropriado para o destino dos rebeldes só foi criado após a rebeldia inaugurada por Lúcifer. Até aquele momento de loucura de seu arcanjo maestro, Ele “apostava” que tal coisa não ocorreria, por assim dizer.

Mas então Ele criou aquela dimensão própria para anjos caídos, e nunca mais criou qualquer outro lugar semelhante para seres malignos. Quem quer que agisse mal e fosse anjo, já teria o seu destino prévio decretado. Quem não fosse anjo, só chegaria àquele lugar após TODAS as provações e opções ensejadas por sua vida física e pela fraqueza carnal que reduz a profundidade da queda. Com efeito, se um ser humano caísse, por sua fraqueza carnal e por sua “precariedade ontológica”, não seria nada justo permiti-lo cair no mesmo lugar dos “todo-poderosos” anjos, que tinham poder de auto regeneração ilimitado e consciência indefectível, e por isso culpáveis para sempre. Seres de carne e osso simplesmente “ficariam” desencarnados “ao limbo” (seria a própria região dos seres sem carne), uma outra dimensão após a morte, porque Deus não poria na mesma cela infratores de pequenos delitos com bandidos de alta periculosidade. Esta seria a diferença entre o inferno e o Hades.

Deste modo, já estavam no multiverso várias dimensões de habitabilidade para todos os “biotipos” da Criação: (1) Anjos, querubins e serafins no astral superior do Paraíso Celeste; (2) Devas, Demiurgos e Demônios no astral inferior da escuridão (Tártaro); (3) Animais racionais e irracionais, em suas várias categorias planetárias, ficariam na superfície ou subsolo de esferas enormes chamadas planetas; nesta categoria é que estariam os ETs; (4) Almas de animais racionais, ficariam no “Vale da Sombra da Morte”, título dado pelo salmista para a “região dos mortos”, ou Hades.

Acima resumida meio toscamente, a ontologia da Criação certamente é muito maior e muito mais complexa do que podemos supor, e a rigor não se trata do assunto propriamente dito deste artigo. A lista acima apenas tentou explicitar os assim chamados “ambientes ontológicos” onde os seres criados habitam, alguns dos quais são de conhecimento científico ou religioso, conforme o caso. Mais importa para nós o conhecimento bíblico e o que nos informa a Revelação. Para esta, há pelo menos 4 (quatro) ambientes “habitacionais” na Criação, a saber:

  • Céu, ou Paraíso, ou Reino de Deus;
  • Mundo, Terra ou Tellus (os planetas habitados);
  • Inferno, ou Tártaro, ou Lago de Fogo;
  • Hades, Abismo (ou “Vale da Sombra da Morte”) ou Mansão dos Mortos.

A partir desta informação dos ambientes criados para a habitabilidade dos seres viventes, a Teologia Cristã pode se desenvolver sem medo de errar, seguindo a lógica bíblica da Revelação de Deus, de seu Espírito e de seu Filho, nosso salvador.

O assunto deste artigo começa quando vemos que a Criação de Deus não foi feita como os homens preguiçosos e desorganizados fazem suas coisas, sempre correndo o risco de imperfeições e desastres, e caindo nas frustrações que sua desorganização produz. Deus é perfeito e, pela lógica, toda a Criação seria perfeita, e isto significa que a imperfeição só apareceria a partir do Livre Arbítrio por Ele concedido às suas criaturas, mas tudo o mais manter-se-ia perfeito como perfeitas são as mãos de Deus.

E foram essas mãos gloriosas que construíram toda a infra-estrutura da Criação, incluindo aí a geografia ou a “topografia”, dos lugares celestiais, de tal modo que somente Deus poderia desfazer suas próprias obras (mas o Perfeito não desfaria jamais a perfeição de suas mãos).

A perfeição obviamente promoveria a – e se pautaria na – Justiça Divina, sendo o Senhor o Juiz Justo de toda a Criação, espalhando sua Justiça em todos os lugares celestiais, sem qualquer alteração promovida pela imperfeição de suas criaturas.

Logo, a Justiça estaria refletida e fundamentada na própria estrutura da Criação, e nenhum ato injusto de qualquer criatura desfaria a estrutura justa imposta por Deus, e Sua Justiça sempre venceria ao final de todos os processos.

Isto é particularmente verdadeiro no que se refere aos “tribunais e locais de execução das penas” pelos pecadores, porque a divisão é a única coisa inevitável quando o pecado se instala, e nem mesmo Deus quer a união com almas malignas: dada a necessidade de separação do joio e do trigo, obrigatória para a soberania da Justiça, Deus não encontrou outro meio senão o de criar o Tártaro e o Paraíso, ambos intermediados pela dimensão planetária onde a Terra se constitui ao mesmo tempo como matéria e espaço (dependendo da ontologia de cada ser que a habita ou visita), na infra-estrutura criacional.

Entretanto, como as almas dos homens não poderiam sair da Terra e ir direto pro inferno (que foi feito exclusivamente para anjos), o espaço de sobrevivência após a morte física seria outro, por óbvio, salvaguardando a lógica de julgar com Justiça os pecados daquelas almas. É por isso que a Bíblia fala de “ressurreição para o Juízo”, pois Deus só condenaria uma alma após um justo julgamento perante todos. Então fica no ar a pergunta inevitável: se os homens morrem e não vão pro inferno que só será aberto às almas humanas após um justo julgamento, e se ainda não podem ir pro céu porque ainda não foram 100% purificadas (no Céu só entra santos), então em que lugar ficarão as almas desses homens?

Aqui está o segredo e a resposta óbvia: os homens após a morte estarão no ambiente apropriado para se corrigirem, se purificarem e se santificarem, e eles mesmos não irão querem entrar num Céu de seres 100% puros e correrem o risco de contaminarem as almas inocentes dos santos. Este lugar a Bíblia chamou de “Vale da Sombra da Morte” (Salmo 23,4), ou “região da sombra da morte” (Isaías 9,2), ou “mansão dos mortos” ou outro nome qualquer. Logo, toda a Teologia Cristã cairia por terra se o Purgatório não existisse, ou se a Bíblia não fosse verdadeira.

Mas se a Bíblia fosse falsa, e o ateísmo fosse verdadeiro, e as almas nunca se decidissem por Cristo, seriam mesmo assim salvas no Purgatório. A Bíblia poderia ser uma tremenda mentira, mas o Purgatório justifica a Bíblia, pois Deus não precisaria advertir as almas caso sua salvação dependesse apenas da fé.

Se todas as bíblias do mundo sumissem, não seria problema algum para a salvação das almas, pois o mesmo juízo se daria no Além, com as mesmas culpas e inocências, com as mesmas verdades e sentenças da doutrina do pecado.

Mas se houvesse somente céu e inferno, e nunca tivesse havido uma bíblia no mundo, todo o plano de Deus seria injusto, pois condenaria sem avaliar direito, sem avaliar de modo completo a maldade de uma alma.

O Novo Testamento passou 300 anos para nascer. Neste intervalo, e durante sua própria vida, Jesus nem se preocupou em escrever nada, pois, conhecendo o Purgatório, sabia que o Juízo de Deus estava intacto, e que a Justiça se completaria com perfeição após a morte.

No tempo em que não havia ainda o Novo Testamento, como os judeus e os primeiros cristãos entendiam a Justiça de Deus? E por que a ideia de um Purgatório nasceu? Porque estava evidente, a qualquer escriba ou doutor da Lei, que uma alma ser condenada pela simples tentação da carne ou pela mera falta de fé, seria uma tremenda descaridade, mostrando um deus vingativo e sem misericórdia. Logo, o Purgatório “completa” com perfeição toda a Justiça divina, e retira a calúnia de que O Senhor seria um deus que se agrada em ver a condenação das almas. Por conseguinte e por óbvio, se o Novo Testamento nunca tivesse sido escrito, as almas seriam salvas no Purgatório, sem qualquer prejuízo pelo “período de vida física não computado” na história de cada alma.

Se Jesus nunca tivesse vindo à Terra, as almas seriam salvas no Purgatório. Então o Novo Testamento, a rigor, seria até “desnecessário”, já que o período de tempo indeterminado no Purgatório cumpriria a Justiça não computada na vida física. Por isso, Jesus se despreocupou em escrever alguma coisa e também se despreocupou com o destino das almas na carne, pois o destino de todas elas já está posto para decisão no Além, sendo a Terra apenas um breve período de avaliação de pecados carnais. O restante do período de avaliação para seres de vida tão curta como a nossa (lembremos que não existe reencarnação) se dará no Além, lá onde as almas não terão a desculpa de dizer que “a carne é fraca”.

 

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Para que negar o que não existe?

Uma recente entrevista de Donald Trump com Sergio Mattarella, revelou os bastidores de uma história assombrosa, cuja comprovação precipitará o mundo no caos absoluto, sem qualquer solução humana.

Uma recente entrevista de Donald Trump com Sergio Mattarella, presidente da Itália, revelou os bastidores de uma história aterradora, cura comprovação precipitará o mundo no caos absoluto, sem qualquer solução humana. Trata-se da história desconcertante da aproximação e chegada de um segundo Sistema Solar no nosso Sistema, a descoberta científica de que o nosso Sol também é uma estrela binária, como bilhões de outras estrelas no universo. O caos adviria do pânico generalizado que tal descoberta trará para a Humanidade, pelo qual o maior esquema de acobertamento do mundo e da Astronomia foi posto em prática, desde a década de 80 para cá.

O Canal StudioJVS fez vários vídeos sobre este assunto, sendo os dois principais os seguintes, aqui expostos com seu necessário esclarecimento prévio:

1) O primeiro vídeo sugerido chama-se “Qual seria a única razão para silenciar sobre Nibiru?”, expondo o drama apavorante da descoberta, e cujo link é este AQUI.

2) O segundo vídeo sugerido chama-se “O que o antiCristo tem a ver com a chegada de Nibiru?”, expondo a única solução possível do ponto de vista “humano”, entre aspas. O link para este segundo vídeo é este AQUI.

O problema apontado neste artigo é o fato de que Donald Trump, não necessariamente um homem bem informado (o Cover-up militar mundial não informa tudo que sabe aos presidentes das nações), foi conversar com Sergio Mattarella, seu colega italiano, e na entrevista NEGOU a existência de Nibiru, ou no mínimo NEGOU a chegada da estrela Nêmesis – que traz Nibiru em sua órbita – às proximidades de nosso Sistema Solar. Ora; não é preciso ser nenhum gênio para lembrar que quando alguém sabe que alguma coisa não existe, não sai por aí negando sua existência. Ou seja: quando uma cidade inteira sabe que o trem foi desativado pela prefeitura, não adianta ir à estação esperá-lo! Se o trem não está vindo, para que negar que não vem?…

Mas passemos ao texto da entrevista de Trump e Mattarella publicado por Michael Baxter, do site “Twistedtruth”, cujo link para tradução é este AQUI. Abaixo apresentamos a nossa tradução:

[ABRE ASPAS] Na quarta-feira à tarde, o presidente Trump e seu colega italiano, Sergio Mattarella, realizaram uma entrevista coletiva na Casa Branca para discutir Síria, Turquia, crescimento econômico e impeachment. No entanto, eles não falaram publicamente sobre um tópico mais crucial, o iminente “apocalipse de Nibiru”, um assunto abordado por Mattarella depois que ele e Trump se retiraram para o Salão Oval para um tete-a-tete.

Uma transcrição vazada que já circula pelos “escritórios da ala oeste” alude a um senso de urgência na voz de Mattarella e a comentários um tanto irreverentes do Presidente dos Estados Unidos. Mattarella perguntou a Trump categoricamente: “Onde está Nibiru? Quando estara aqui?”.“Olha, Sergio, vou lhe contar o que contei aos outros. Já ouvi falar desse Nibiru e já analisamos. Se este Nibiru é real, não está chegando. Não está vindo em nossa direção. Precisamos nos preocupar com Erdogan e Assad, não com Nibiru”, respondeu Trump (presumivelmente).

Quando Mattarella lhe perguntou: “por que Vladimir Putin acredita que Nibiru chegará no início de 2021 e pode de fato estar preparando um discurso de divulgação?”, Trump supostamente negou as alegações de conluio russo e disse que Putin pediu que ele participasse de uma divulgação conjunta: “Vladimir faz suas próprias coisas. Não podemos impedir que dê sua opinião sobre Nibiru; até porque uma pessoa muito inteligente ligada a ele me deu informação diferente”, disse Trump.

Seu principal consultor de política científica, o meteorologista Kelvin Droegemeier, assegurara que Nibiru não representava ameaça à Terra. “E veja, Sergio, mesmo que este Nibiru chegue por aqui, podemos vencê-lo. Pode ser que ele ‘bata de volta no espaço’ (seu perigeu não seja tão próximo de nós). Além do mais, os Estados Unidos têm as forças armadas mais poderosas do mundo. Somos o país mais poderoso. Se Obama destruiu tudo, eu o reconstruí. Você já viu o F-35? Cruza o céu tão rápido que você nem consegue vê-lo. Ninguém chega nem perto”, disse o presidente Trump.

“Sr. Presidente, por favor, estamos falando sobre Nibiru. Não é ISIS. Ninguém e nada podem impedir isso” – respondeu Mattarella. “Se você está tão preocupado com este Nibiru, por que não está pesquisando?”, Perguntou Trump. Mattarella deu uma resposta surpreendente. O papa Francisco, ele disse, emitiu um decreto proibindo os estudiosos romanos de estudarem a estrela negra e seus planetas em órbita.

O Vaticano – e os papas – há muito tempo tratam Nibiru como propriedade pessoal e perseguem, intimidam ou eliminam pessoas que mergulham profundamente nos segredos de Nibiru. Ao mesmo tempo, controlam os únicos dois telescópios terrestres capazes de penetrar na densa nuvem de pó de óxido de ferro vermelho que circunda o Sistema Nibiru. O telescópio LUCIFER, no Arizona, e o Observatório Tori Del Venti, em Roma, ainda são guardados pela Irmandade da Espada Cruciforme, uma seita jesuíta que jurou obedecer ao Papa e proteger segredos romanos profundos e sombrios. Em nome do papa, eles frustram ativamente as tentativas de divulgação pública; embora a influência do Vaticano sobre o sigilo de Nibiru tenha diminuído nos últimos anos, muitos cientistas italianos permanecem calados devido a ameaças de retribuição do Vaticano.

“A Agenzia Spaziale Italiana, a Agência Espacial Italiana, está infestada de espiões do Vaticano”, disse Mattarella a Trump; e pediu que ele compartilhasse a pesquisa da NASA expondo o caminho orbital de Nibiru através do sistema solar. Trump respondeu: “Não há nada para compartilhar. E não deixe Francis ameaçar você. Você é o presidente, afinal”.

Para finalizar, os comentários aberrantes de Trump devem ser rigorosamente examinados. Ele certamente sabe da existência de Nibiru; pouco antes de assumir o cargo, ele descobriu que Obama havia queimado quase 3.000 páginas de dados de Nibiru e martelado um pen drive de backup, deixando-o em pó. A sociedade merece divulgação, independentemente de seu destino. Pesquisadores e denunciantes de Nibiru apresentaram uma poderosa razão para o governo ocultar um evento apocalíptico – um colapso socioeconômico mundial imediato. Mas se Trump está correto e Nibiru não é uma ameaça, por que não contar ao mundo e deixar milhões de pessoas à vontade? [FECHA ASPAS].

Ora; repitamos a pergunta final: “Se Trump está correto e Nibiru não é uma ameaça, por que não contar ao mundo e deixar milhões de pessoas à vontade?”. Se algo não existe, por que precisa ser negado?

A verdade, amigo leitor, é uma só: Trump, Putin, Mattarella, Netaniahu, Xi Jinping e até Jair Bolsonaro, e até homens maus que não são presidentes (como o monstro comunista George Soros), estão sabendo da chegada de Nêmesis e seus sete planetas, e também já sabem que todas as anomalias climáticas em curso no nosso planeta são advindas da avassaldora influência gravitacional de Nêmesis, uma estrela anã marrom quase toda ferrosa, com velocidades de rotação e translação altíssima, sendo esta última também uma incógnita, uma vez que se alterna ao longo de sua órbita elíptica, a cada aproximação da estrela principal do Sistema, o nosso “inocente” Sol.

Pior: as provas desta descomunal campanha de silenciamento da chegada de Nêmesis podem ser encontradas tanto no espaço (veja a seguir*) quanto na Terra, quando somos informados de que todos os políticos, isto é, toda a elite civil e militar do mundo, já têm suas residências hiperseguras no subsolo profundo de bunkers e casamatas caríssimas, pagas com dinheiro dos contribuintes que não estão inclusos na lista de pessoas protegidas da desgraça que está por vir.

Até os meios de deslocamento rápido de toda a classe de “privilegiados” para os bunkers já estão construídos e acionados, como enormes barcos (navios gigantescos que também são submarinos, mais ou menos como mostrado no filme “2012”), e superaeronaves hipersônicas, as quais, segundo dizem outras fontes, também levarão algumas “personalidades” para a Lua, que já teria bases bem equipadas – no sobsolo lunar – para receber muita gente dessas elites. As bases da Lua são, segundo as mesmas fontes, o único meio de salvar alguns da raca humana, já que os bunkers da Terra provavelmente não serão suficientes, em termos de segurança, para impedir a total extinção da vida no nosso Planeta. A própria base lunar não escapará, a nosso ver, da força de Nêmesis, já que o próprio “desgarramento” da Terra precipitará a Lua pelo espaço sem fim, balouçando feito um cão pulguento. A chegada de Nêmesis, ou melhor, o seu retorno, será mais uma extinção em massa da Humanidade, e a Terra que restará da tragédia certamente nunca mais será a mesma.

(*) As provas da chegada de Nêmesis encontradas no espaço são aquelas que apontamos nos seguintes vídeos, e se referem às descobertas das Sondas Espaciais que monitoram o Sol, como as sondas SOHO, Helioviewer, Secchi, Lasco, Hirise, etc., conforme o leitor pode conferir aqui:

1 – https://www.youtube.com/watch?v=KUmHIh7Qsoo

2 – https://www.youtube.com/watch?v=Bjua2Tq0Uxc

3 – https://www.youtube.com/watch?v=flgZHbjo1vE

4 – Veja também ESTE artigo de nossa Escola.

Porém todavia e contudo, há uma esperança, que se desdobra em duas. A primeira, é esta que os vídeos acima mostraram, onde o próprio Deus protegeria a Terra, dando a ela a sobrevida necessária para a completa avaliação da raça humana, neste palco de aferição da bondade e da maldade dos seres humanos, dando a Deus o juízo justo para ingresso das almas em seu Reino puríssimo. A segunda é aquela mostrada no início deste artigo (o vídeo é este AQUI), na qual o inimigo de Deus e da Humanidade, ele mesmo, salvaria a Terra de Nibiru, mas ganhando então aclamação e adoração generalizada, “enganando até os eleitos”. Para mim, morrer com a chegada de Nêmesis é cem mil vezes melhor do que viver num planeta onde o antiCristo é adorado no lugar de Cristo.

Finalmente, quem de nós supôs ou quem não supôs que nasceria dentro da geração que assistiria a volta de Jesus a este mundo? Aqui está o “X” da questão. Quando olhamos para a bênção e a bemaventurança de fazer parte desta gloriosa geração que passará pela Grande Tribulação e dela sairá como heroi ou mártir, ficamos a pensar que grande e valoroso Deus não será este que planejou nos dar a coroa superior do martírio, cujo brilho irradiará luz para toda a eternidade e amplitude universal no seu Reino escatológico? E aos demais, que sucumbirão hipnotizados às seduções do antiCristo, qual destino poderá ser pior do que estar diante da Maldade Viva e arriscando-se a passar ali o resto da Eternidade, vendo sua alma interfundida à de demônios e sua vontade vampirizada? Enfim, que Nibiru seja “santo” e desperte a oração e a conversão das almas ludibriadas.

 

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Encanto pelo desencanto

Quando a certeza do fim chega mais forte do que foi toda a dúvida impiedosa do passado, a alegria de chorar pelo mérito imerecido nos invade, com a frieza benfazeja do último verão sem descanso.

Um último poema chegaria a uma mente alegremente atordoada com o que tem presenciado no mundo? E como poderia ser um poema “redigido”, quando o poema real mal foi visualizado pelo suposto poeta redator? Muito mais que um texto, muito além da inspiração poética, lá está a verdade nua e crua da realidade, a esbofetear uns e a afagar outros, sem que ninguém saiba quem foi afagado na multidão de afogados pelo caos.

A temática parece reverberar ou complementar os ecos das antigas esperanças do Paraíso Achado sem achismo, o qual se apresentava feito virgem de lâmpada acesa, sobrepujando o Paraíso Perdido por achismo induzido, desde a primeira alvorada do Éden. Nas nossas últimas alvoradas, que já abarcam certamente mais de mil primaveras, nosso coração que sonhava com as mil e uma noites de Nárnia, foi sofrendo primeiro a alegria da esperança pouco amadurecida, depois as tremeluzentes certezas da hermenêutica bíblica, depois a maturidade da dúvida escatológica e finalmente a desilusão da descrença, amiga fiel do pensamento dos amigos crentes, nem sempre fieis, que o tempo foi se encarregando de desmascarar, até que Deus traga a sua Luz ofuscante e lhes dirija “as perguntas do que fomos e do que fizemos”, do poeta José Costa Matos.

Mas quem de nós iria ao menos supor, com longínquas conjecturas, o que nossos olhos testemunhariam no silêncio do quarto onde rezamos o Pai Nosso? Quem iria supor que aquele Deus Pai que nos vê em secreto e nos recompensa em secreto, teria boa vontade suficiente para doar, para quem não merecesse, o precioso bem do Manuel de Sobrevivência, capaz de garantir pelo menos o enfrentamento da hecatombe com um novo norte magnético a seguir? E quem poderia supor tal merecimento, quando o próprio Filho de Deus garantiu que “não encontraria fé no seu retorno à Terra”? Pelo contrário, disse que o mundo estaria tão imundo que nem Sodoma e Gomorra federiam tanto, se ressuscitassem das cinzas como a Fênix!

“Nem Sodoma e Gomorra federiam tanto”…

Então o Senhor nos encomenda uma dúvida proposital, e portanto, benigna; ou inevitável, e portanto, maligna, para seguir limpando o terreno e aplainando as veredas para um novo João Batista que desceria das nuvens com todos os seus anjos. E neste mecanismo longitudinal entre o quarto do Pai Nosso e um quarto de nossa fé, o ano 2000 se passou e a esperança foi se apagando como as lâmpadas das virgens néscias. Com efeito, até pelo menos 2010, a treva tomou conta de Tellus ou de nossos olhos, que só viam trevas, pela claridade da luz do Evangelho, única fonte de informação a acender alguma luz no fim no túnel.

O ano 2012 vinha chegando e já não estávamos mais tão descrentes assim, uma vez que o próprio mundo estava a berrar o apagar das luzes que a descrença não via acesas, e podíamos ter boas indicações, tanto de fontes modernas (CS Lewis, Gary David, Thomas O. Mills, James McCanney, Mark Van Stone, Jimmy Raeder, Robert O. Dean, dentre outros), quanto de fontes antigas (os sumérios, os hopis, os astrólogos, os magos, etc.), de um fenômeno íntimo que se misturou ao social e vice-versa, e todo mundo chegou a esperar alguma coisa importante em 21 de dezembro de 2012. Tudo se iluminou ali, quando tudo já estava se apagando…

Mas… 2012 se foi, sem que nenhum grande sinal nos extasiasse o peito. Porém, todavia, contudo, Deus não deixaria uma dissimulação dessas ficar impune! Deus detesta a mentira, e aquela já tinha ido longe demais, ou perto demais, para não ser verdade em algum grau. O Senhor trabalhou e conduziu nossos pés e olhos a trilhar e ver que, para quem queria esconder tudo o que Deus prometeu que não ficaria encoberto para sempre, 2012 teria sido uma data procurada num turbilhão de equações da numerologia arcaica, desde Arquimedes para cá, passando pelos códices insólitos de sociedades secretas (como os templários), até os dígitos deduzidos de cálculos executados por mentes robóticas, trabalhando para a CIA, o NSA, a NASA e até a USAF.

Com efeito, os senhores do mundo precisavam inventar uma data ideal para lançar, antes do início chamado “princípio das dores”, um choque de realidade às massas amorfas de uma humanidade adormecida, com o mesmo efeito dos óculos escuros do filme “Eles Vivem”, de John Carpenter. E então descobriram que, num único fragmento de pedra erodida de uma antiga civilização até certo ponto “desaparecida” (ou abduzida), um mosaico rachado apontava para uma única data incidente sobre o calendário pós moderno dos atuais “iluminados de poder maligno”. E ali chegaram à incrível data palpável de 21 de dezembro de 2012, ano da volta da Estrela Azul Kachina dos índios Hopis.

Inobstante, como aquela data havia sido um “milagroso” achado produzido pelo estratégico plano de “preparar e sondar” as massas para a hecatombe planetária, a data real do princípio das dores ainda estava pouco ou muito à frente, talvez cerca de oito ou dez anos depois! Mas a vida de cada um de nós que curtiu o 2012, e sobretudo dos que desde 1975, esperavam a glória de ver Jesus descer das nuvens como um relâmpago que se mostra do oriente ao ocidente, foi colecionando sinais e mais sinais de estranhos fenômenos astronômicos, ora presentes aqui em Tellus, ora no nosso Sistema Solar, ora em nossa própria vida, uma vez que nenhum fenômeno subsistiria vivo com a nossa morte pessoal. E Deus fez valer a lei de que onde abundou o pecado, superabundou a graça dos sinais.

Os sinais finalmente venceram! A partir de 2012, eles e só eles imperavam firmes e fortes, livres leves e soltos como gazelas saltitantes no cio da terra, para lembrar Milton Nascimento. Eles perderam a timidez. Perderam o medo… ou ganharam a coragem das profecias bíblicas que ninguém deve desprezar! E se postavam soberbos como a primeira onda de um tsunami nascido no fundo do mar, como se dissessem: “chegamos, vimos e venceremos!”.

A Estrela Kachina agora era a bola da vez, e desfilava elegantemente como Giselle Bündchen, com a diferença de que esta tinha segredos, e aquela não tinha mais o menor pudor, e deixava vazar todas as suas histórias de reis e rainhas que visitou, nua e ardente, desde que o mundo é mundo. Contou até que tem muitos nomes, e que a Ciência moderna preferiu chamá-la Nêmesis, entendendo-a como uma estrela irmã do Sol, mas não gêmea, pois ela é muito diferente de seu irmão – ele é grande, leve, gasoso e manso, enquanto longe dela; já ela é pequena, pesada, ferrosa e feroz, perto ou longe dele, e cem mil vezes mais veloz.

Sua cauda ou cabeleira arrasta tudo o que encontra pela frente…

Tão atraente é em sua nudez cósmica que acabou criando um rabo enorme, ou então “uma cauda enorme atraiu-se pelo seu rabo”, e ela vem trazendo todos os amantes de sua beleza morena… Porquanto ela é tão viçosa que não deixou escapar dela nem mesmo a sua luz, e por isso tem uma beleza apagada ou que só se revela perto de seu irmão Sol.

Como o seu itinerário perfaz um longo caminho capturando seus seguidores hipnotizados, ela demora muito a voltar aos fregueses anteriores, e por isso há quem diga que ela vai e volta de 3.600 em 3.600 anos; outros falam em 20.000 anos; outros em milhões de anos. O fato é que toda a freguesia sabe que sua chegada é ruidosa, e ela faz um estardalhaço só com sua cabeleira esvoaçante, e seus perfumes são sentidos até nas cidades distantes, muito antes de alguém vislumbrar, de binóculo ou de telescópio, a correria dos clientes atraídos por seus aromas.

Ora, pois, o espaço sideral é tão imenso, mas tão imenso, imensurável e incomensurável que, embora ela venha voando por volta dos 300.000 quilômetros por hora, ela ainda está distante de Tellus mais de 7 “medidas de espaço”, que a Astronomia chama de Unidades Astronômicas. Mas seu poder de atração também é tão grande que, embora tenha sido descoberta há mais de 60 anos, e ainda estando distante pelas 7 medidas de espaço, já está perturbando tudo o que pelo meio atravessou, tudo o que está atravessando e tudo o que atravessará, como se à sua frente viesse um turbilhão de vento cósmico invencível, que balouçará todos os planetas filhos de seu irmão Sol. Não bastasse a perturbação que transmitiu aos seus filhos, também perturbará os filhos dos outros.

De fato, é isto o que nós, habitantes de Tellus, temos sentido nestes últimos anos, desde 2012 para cá; a saber, que o clima da Terra enlouqueceu, que os meteorologistas ora estão enganados, ora enganando-se a si e aos outros, ora obedecendo a ordens diretas de mentir sobre a situação real do clima no globo. E assim, ajudados pelos políticos corruptos, e sobretudo os políticos de Esquerda, foram obrigados a inventar uma causa ridícula para o aquecimento global, atribuindo culpa final ao ser humano, aos automóveis, fábricas, espumas de barbear com Co2 e até o pum das vacas!

Nêmesis ri. A irmã do Sol vem rindo e vaiando os cientistas de Tellus, que se deixam levar pelo medo de desobedecer seus “patrocinadores”. Ela sabe que suas velocidades de translação e rotação são tão medonhas que aquecem tudo ao seu redor, num rastro de quentura que leva centenas de anos para voltar a esfriar, e há bilhões de quilômetros daqui já apontava seu lança-chamas para frente, queimando todos os planetas e luas que ousaram estar soltos e errantes, sem uma estrela para orbitar, e que por azar cruzaram sua trajetória incendiária.

Com este dado em mente, agora entendemos o tal “aquecimento global”, que na verdade é um aquecimento “espacial”, ou de todo o nosso Sistema Solar. Tanto é que a Ciência ficou pasma quando descobriu o aparecimento de vulcões em planetas considerados mortos e frios, como Marte, Plutão e luas geladas de Júpiter e Saturno… Pior: até os planetas que não colidiriam com ela, como Tellus, veriam seu núcleo superaquecer e com isso despertar seus próprios vulcões, coisa que na Terra anunciaria o fim quando o magma subisse e finalmente rompesse a crosta do Yellowstone, sem que nada pudesse impedir sua explosão.

Como evitar a subida do magma com o planeta a cada dia mais quente?

Com efeito, posso confessar que Nêmesis também me atraiu bastante, como uma antiga musa de meus tempos de juventude. Ela é forte, peituda, atraente e viçosa, embora não tão linda como o Sol ou a Lua. Porém penso que virou pastora, com cargo na pastoral da saúde cósmica, pois seu irmão Sol vagueia pelo cosmos inteiro sem nunca “queimar” ninguém, sem nunca afastar alguém de sua órbita, e sem nunca “surrar” ninguém. Mas ela, não! Sempre que vai e volta castiga os maus, corrigindo os que merecem correção, e matando quem merece morrer.

Logo, estou encantado com ela, tal como estava com uma professora primária que, embora linda, não hesitava em castigar-me quando eu desobedecia as regras da escola. Mas também estou encantado pelo desencanto que ela me deu para com este mundo tenebroso, pois antes dela eu ainda via algum sinal de Deus no comportamento das pessoas… – Mas agora só vejo corrupção, ou não vejo nada que não seja falsidade e interesse financeiro ou sexual. Certamente não consigo ver todo o mal do mundo como Deus vê, pois somente os santos enxergam bem. Mas meu encanto pelo desencanto valeu muito mais que meu encanto pelo canto de vitória que eu pensava obter neste mundo. Com certeza agora certa, o canto e o encanto não pertencem a este mundo. Nem eu.

 

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Só Lewis explicou bem as coisas no mundo pós ressurreição

O encontro de Jesus na Terra com os homens maus gerou em seu corpo humano marcas profundas da maldade que deveria ser apagada de imediato com a Ressurreição. Mas Jesus as deixou em seu corpo glorioso pelas razões que exporemos aqui.

Philip Yancey, em seu livro “Deus Sabe que Sofremos”, explicou com maestria o encontro inefável das almas salvas com o Cristo ressurreto no primeiro dia da chegada ao Paraíso: Yancey diz que Cristo nos mostrará a marca dos cravos e a cicatriz no lado direito do peito, por onde o soldado romano lhe enfiou a lança “comprobatória” da morte na cruz. Este foi o melhor momento daquele livro magistral, e seu argumento foi como que “moldado desde a pré eternidade para corroborar e complementar o raciocínio de CS Lewis”.

Porém e entretanto, é na leitura dos livros de CS Lewis que iremos ter uma visão maior e mais precisa da razão de Jesus manter em seu corpo – perfeitamente reconstruído pela ressurreição – as marcas e cicatrizes da via dolorosa, sem qualquer razão lógica do seu “processo reconstrutivo” (que evidentemente não deixaria marca nenhuma, se assim Ele o quisesse) e com uma razão didático-teológica crucial e indispensável para as almas ingressantes no seu Reino. Neste sentido, seria bom o leitor ler ou reler o nosso artigo sobre a ressurreição dos corpos NESTE link, para fixar na mente algum conhecimento do complicadíssimo processo ressurrecional, “a viagem do vento à matéria e da matéria fluídica à matéria sólida”, que Lewis expôs tanto em teoria (como no livro “Milagres”) quanto na prática, como no seu livro “The great divorce” (“O grande abismo”).

Com efeito, o Criador já tinha demonstrado que Ele também possui um “estilo criativo”, à semelhança do que ocorre com todo artista criador de obras culturais, do qual jamais quis “fugir”, e com o qual concluiu ser de muito maior valor didático a sua manutenção “involuntária” em si mesmo, do que operar uma ruptura forçada de sua própria característica intrínseca, por mero exercício de seu poder onipotente. Noutras palavras, a onipotência em Deus poderia muito bem operar a Ressurreição de Seu Filho Jesus, digamos, de modo perfeccionista (isto é, sem que nenhum sinal da experiência tridimensional do corpo de Cristo se mantivesse após sua volta dos mortos, fazendo-O ressurgir “límpido e intacto” em 100% de seu corpo, como se este nunca tivesse sofrido qualquer avaria em sua passagem histórica terrestre). Mas não o fez.

Ao contrário, em sua própria Ressurreição, Ele decidiu livremente (por amor das nossas almas e utilizando a didática manutenção das marcas do sofrimento) mostrar as suas cicatrizes aos nossos olhos, sabendo da dificuldade de muitos pecadores de identificá-LO na chegada ao Paraíso, uma vez que as almas perdidas não apenas conheciam todo o poder disfarçatório do inimigo, como também que não teriam ainda a mesma “lucidez multidimensional” para olhar e enxergar com perfeição todo o novíssimo ambiente celestial, como se estivessem acordando meio trôpegos de um pesadelo distante. Mas afinal, o que ocorre de fato numa ressurreição verdadeira?

Vejamos: “Após virarem ‘sólidos’, as almas terão automaticamente seus corpos refeitos por via da transmagnetização ressurrecional*, e esta ‘apaga’ instantaneamente todas as marcas do corpo, inclusive alguns ‘sinais malignos’ de nascença. Com isto, almas ‘novatas’ que esperavam reconhecer seus corpos por via de tatuagens e outros sinais, ficarão extremamente confusas para identificarem a si mesmas, precisando então crer ‘cegamente’ nos ‘enviados de Jesus’ para entender que sua ressurreição eliminou todas as marcas que o pecado deixou. Eis porque todos nós devemos ‘viciar’ nosso olhar a gostar e amar nosso corpo tal como ele é de nascença, pois a ressurreição nos trará o ‘velho’ corpo de volta, porém límpido de tudo aquilo que fizemos para modificá-lo”.

Todavia há quem pense, e com razão, que todo o processo “reformador” da ressurreição não apagará NENHUMA das marcas que nosso velho corpo trazia, tanto as boas quanto as más, uma vez que as primeiras servirão para expor, involuntariamente, as virtudes que transcenderam naqueles sinais (como as marcas das chagas que o corpo de São Francisco apresentava), e as últimas servirão para expor, “quase a contragosto de sua vítima”, os terríveis efeitos deixados pelo pecado, no tempo em que tais almas habitavam a carne em três dimensões. O próprio Jesus, após ressurreto, apresentou as marcas dos cravos da crucificação, e as mostrará de novo para todos nós antes do Juízo Final. Aqui está um labirinto de ideias que precisamos ter maturidade espiritual excepcional para dar um parecer conclusivo, se é que isto é possível perante o mistério das “operações” de Deus.

Sei que aqui cabe a pergunta: “Se as cicatrizes de Cristo servirão para a divina pedagogia do perigo do pecado, as cicatrizes dos homens não serviriam para que eles mesmos tivessem em si mesmos, para todo o sempre, uma lembrança ao mesmo tempo perturbadora e humildecedora –  positivamente falando – e ao mesmo tempo comprovadora da segurança supradimensional garantida por Deus?”… A única resposta é a de Lewis: Aparentemente Deus julgou melhor deixar as suas próprias cicatrizes em Cristo e apagar as nossas, pois o galardão da perfeição não pode conter imperfeições em quem foi imperfeito, mas pode manter sinais de imperfeição em quem nunca foi imperfeito.

Isto traz à nossa lembrança aquele tipo de marca que não é cicatriz, e que não foram adicionadas ao corpo por agressão de terceiros. Refiro-me a marcas como as tatuagens e furos de piercings e outras tidas por indeléveis na pele humana. Isto é, marcas também produzidas pelo pecado na alma humana, mas não produzidas por agressões, acidentes ou violência física. Como Deus as tratará, ou como restarão após a ressurreição?

Há duas hipóteses fortes aqui:

(1) Por um lado, tudo leva a crer que essas marcas voluntárias do pecado desaparecerão com a ressurreição, e as almas que as imprimiram em si não se reconhecerão de imediato após o processo, pois sempre lhes parecerá muito mais rápido procurar as tatuagens em seus corpos (cujos locais enxergavam 24 horas por dia quando estavam vivos na terceira dimensão) do que “entender” bem os seus próprios rostos ressurretos, que espelharão uma luz, uma “luminescência”, que nunca viram;

(2) Por outro lado, as marcas das tatuagens também carregam forte conteúdo didático, pois quem as possui sempre poderá ser um santo que irá explicar porque as tatuagens são malignas, e porque agridem a obra criadora de Deus, que nunca planejou corpos para serem pintados sem os planos e cores das pranchetas celestiais que só a ressurreição produz.

Isto posto, então no Reino de Deus encontraremos ressurretos que chegarão até nós com seus corpos sólidos 100% límpidos e até com alvuras tão estelares que queimariam os olhos terrestres, e também encontraremos ressurretos que chegarão até nós com corpos marcados por sua experiência terrestre, algumas das quais involuntárias – como as cicatrizes de um mártir – e outras outrora voluntárias, da época em que o pecado os levou a querer “modificar” o corpo terrestre que Deus idealizou para eles.

Todavia, há um aspecto maior nesta questão toda que não pode ser deixado de lado aqui. É a questão da real validade dos corpos tridimensionais humanos, uma vez que a Teologia Profunda** defende que, no fundo no fundo e a rigor, os corpos físicos nos foram dados por Deus apenas como veículos para a presença das almas na Terceira Dimensão, que é o palco ideal da avaliação moral de cada ser humano na história da criação. Logo, se os corpos humanos eram apenas veículos, por que se importar que tenhamos riscado ou adesivado esses “carros temporários”?

O problema é que, assim como a ressurreição é um processo dinâmico e complicado para a mente humana captar, a entrada e adequação das almas aos corpos tridimensionais também escapa à compreensão da maioria dos cérebros mortais, e por isso a Teologia Profunda tem que ser consultada uma vez mais.

As almas humanas, quando “fabricadas” por Deus e desligadas do “laboratório da criação”, possuem uma forma semelhante à descrita no início do livro do Gênesis acerca do planeta Terra, que Moisés descreveu como uma entidade “sem forma e vazia”, e na qual o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Assim sendo, se as almas eram amorfas ou polimorfas antes de habitarem a terceira dimensão, Deus planejou sua forma final para assumir o “contorno” dos corpos físicos que seus pais lhes herdariam, de tal maneira que, embora amorfas na essência, ganhariam uma “fisionomia corporal” a partir da lenta e inexorável adequação anímica ao “molde tridimensional” do corpo, produzido pela fecundação e gestação do bebê filho de seus pais.

Neste caso então, ninguém pode negar, os corpos ganham certa importância, até porque Cristo assumiu um corpo humano e passou a se identificar – para nós e para o universo inteiro – com este corpo moldado a partir do corpo de Maria (o Corpo dEle não teve “elementos de moldagem” do corpo de José, pois José nunca participou da concepção de Jesus), elevando os corpos humanos à categoria inefável da realeza de Deus! Eis porque a Virgem também ganhou categoria inefável da realeza celestial, pois foi o corpo dela que “moldou” a fisionomia eterna de Cristo. Eis porque chamar a Virgem de “Rainha” não é apenas um louvor vazio, mas a pura constatação de um fato concreto dos milagres de Deus. E eis porque a Virgem nunca perdeu seu posto diante de Deus, porque, embora o tempo físico dela tenha passado, a eternidade do corpo de Jesus sempre refletirá o corpo de Maria, a quem Ele decidiu voluntariamente escolher como mãe.

Com efeito, o que decidir diante de tudo isso? Afinal, os corpos podem ser levados em baixa consideração ou não? Bem; aqui nós vimos qual é o valor intrínseco dos corpos físicos humanos. Eles são o molde da alma que neles habita, e cuja fisionomia perfará o rosto e a identificação que eles terão quando deixarem a terceira dimensão e se tornarem sólidos de verdade. Porém fica claro que o valor dos corpos físicos não está neles, em si, mas naquilo que produzirão na eternidade; porquanto toda a matéria será aniquilada com a morte física de cada indivíduo e do planeta inteiro, e, portanto, se algo será destruído, teoricamente não teria valor algum. O que vale é o eterno, ou, “as coisas do alto, onde nem a traça nem a ferrugem corrompem”.

Inobstante, como na eternidade o tempo não possui a sequência precária de passado, presente e futuro que a Terra possui, e no Reino de Deus vigora o eterno PRESENTE multidimensional, então os corpos a rigor nunca foram destruídos e se mantêm visíveis aos olhos de Deus, que tudo enxerga e para quem o passado, o presente e o futuro estão eternamente acessíveis. Então é aqui que os corpos guardam sua importância, embora, na história futura da eternidade, nunca virão participar de nada, tal como todas as coisas “desaparecidas” no passado terrestre. O fato de uma coisa está viva na memória concreta de Deus, não significa que a coisa em si tenha concretude.

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LEGENDA:
(*) – “Transmagnetização Ressurrecional” não é uma expressão muito boa, mas dada a complexidade do assunto que evoca, pode ser a única que nos resta à luz do que Lewis explicou sobre magnetismo.
(**) – Por “Teologia Profunda” entenda-se o pensamento completo de C.S. Lewis, cujo resumo ultra sintético encontra-se neste site (https://www.e-a-t.info/purismo-lewisiano/).
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Uma maldição atrelada à palavra da Mulher

Desde o primeiro instante pós Queda, e após Deus dar o castigo para o Homem, a palavra da Mulher ficou amaldiçoada por ter sido Eva quem primeiro abriu os seus ouvidos à serpente.

O livro do Gênesis de Moisés traz certamente a maior Revelação divina das Escrituras, não apenas por sua distância no tempo (distante até mesmo de Moisés), mas por seu caráter decisivo em relação à História da Salvação, de cuja ocorrência dependeu a vinda à Terra do próprio Salvador da Humanidade e sem o que a salvação não teria ocorrido. A releitura dos castigos de Deus será 100% necessária aqui, dada a centralidade dos mesmos no argumento deste artigo.

Registra o livro do Gênesis (Gn 3,14-24):

  • 14 Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.
  • 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
  • 16 E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.
  • 17 E a Adão disse: Visto que atendeste à voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.
  • 18 Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.
  • 19 No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.
  • 20 E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos.
  • 21 Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.
  • 22 Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente.
  • 23 O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.
  • 24 E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.

Este artigo versará exclusivamente sobre os castigos do Homem e da Mulher. E em princípio, usaremos apenas o trecho do versículo 17, onde se lê “e a Adão disse: Visto que atendeste à voz da tua mulher…” – aqui está o segredo. E de pronto, passaremos a exemplos vívidos desta realidade presente na figura da mulher, desde os tempos narrados no Pentateuco.

Certamente os homens me ajudarão mais aqui, sem dúvida. Mas as mulheres honestas e bem resolvidas com Deus, não irão jamais se furtar a encarar os fatos de frente, e creio mesmo que poderão até contribuir com outros exemplos desta realidade, que lembra alguns gêneros de filmes de terror e maldições. Voltemos nossas atenções para os exemplos que citarei após o parágrafo seguinte.

Observem como a Mulher tem uma maior estimulação subconsciente para ajudar o homem, as famílias e as pessoas, naquelas tarefas cuja vocação inata é tão necessária à manutenção da vida quanto o ar que respiramos. Todo mundo pode perceber que as tarefas básicas de cada seguimento da vida (casas, empresas, igrejas, etc.) estão sempre entregues nas mãos das mulheres, e não porque elas teriam sido “obrigadas” a assumi-las, mas porque aderiram a elas com interesse, altruísmo, prazer e até paixão. Isto é tão comum e corriqueiro que nem mesmo num congresso de “lésbicas feminazes”, teríamos qualquer dificuldade de notar, tanto no próprio congresso, quanto nos lares de casais lésbicos, e sem o menor constrangimento da parte delas. Elas se revezam na cozinha, na limpeza da casa, na arrumação dos quartos, na lavagem de roupas, etc., sem que isso signifique uma menor dignidade para a parceira passiva ou ativa na relação.

Uma vez que a vocação para o altruísmo nas tarefas básicas da vida é a tônica entre as mulheres, mesmo entre as lésbicas, fica fácil deduzir que os mesmos hormônios que levam as mulheres a assumir com prazer tais tarefas, é o mesmo hormônio que as leva a falar mais, até porque quem trabalha (sobretudo na sustentação da vida) precisa mesmo se comunicar, e se comunicar muito bem, para com isso evitar atropelos e trabalhos mal feitos. Aqui está o estopim do problema, e ele deriva do fato de que quem tem mais impulso para falar, também tem mais impulso para gostar de conversar, gostar de examinar, gostar de trocar ideias, etc.

Neste espírito próprio da vocação feminina, está também uma maior probabilidade de abrir-se ao desconhecido, permitindo conversas com “estranhos”, sobretudo estranhos bem parecidos, sérios, intelectuais e de fala fácil, e isso explica porque as estatísticas dizem que homens de boa conversa conquistam muito mais mulheres que homens “tímidos”. É uma bola de neve: quanto mais se ama conversar, mais se ama quem conversa bem. Quanto mais sente falta de amor e falta de falar, mais sente falta de ouvir falar de amor.

E foi por isso que Eva conversou tão “apaixonadamente” com a serpente, sem qualquer susto na ocasião, pois a serpente era tudo isso: um interlocutor bem parecido, sério, intelectual e de fala fácil, com conhecimento espiritual muito além de qualquer homem da Terra. Mas também foi esta atitude de Eva que lhe trouxe a maldição, talvez germinada na sua própria ontologia, muito antes de Deus aplicar os castigos da desobediência.

Com sua conversa agradável e amorosa de sempre, Eva ofereceu a maçã a seu marido e este, já conhecedor do instinto auxiliador profundo na alma de sua mulher, o qual nunca o tinha decepcionado (muito menos com a maldade), ele decidiu experimentar também a maçã simbólica da relativização da ordem de Deus, acreditando que não haveria mal algum no gesto amoroso e maternal de sua mulher. E finalmente aceitou a conversa dela e com ela a sua oferta infernal, que nenhum dos dois jamais havia sequer imaginado em que resultaria. E vieram os castigos…

Visto que atendeste à voz da tua mulher” explica melhor o ocorrido do que todos os castigos transmitidos para a Humanidade vindoura, e também guarda o segredo aqui discutido: Deus apontou praticamente um único centro de ruptura de sua Lei, e sem dúvida concentrou nele o ponto mais grave da desobediência, a qual atinge mais a Mulher, mas se dirige à Humanidade inteira, em todos os problemas que ela iria enfrentar a partir da Queda de Eva.

Em “visto que atendeste à voz da tua mulher” está contido todo o segredo da maioria das desgraças que viriam atingir a Humanidade a partir da Queda, e, se as grandes tragédias sociais trazidas pelo pecado tiveram origem nas famílias desajustadas que produziram filhos desajustados, a palavra da Mulher passou a ser o termômetro ou a bola de cristal de todas as desgraças que ocorreriam a partir das decisões tomadas em todos os problemas, e pior, quanto mais avançava a Humanidade na evolução do tempo, e quanto mais à Mulher fossem dadas posições de comando, maiores eram as desgraças que o mundo enfrentava.

Se o exposto acima funciona bem para as grandes decisões de empresas, cidades e nações, o que não dizer para situações domésticas e familiares, quando as mulheres têm muito mais liberdade para soltar o verbo? Vamos meditar.

Uma alma preparada para assumir no lar (e nas empresas) tarefas de natureza “técnica”, e que também recebeu em si uma carga hormonal que estimula o centro da fala do cérebro, e com isso dar maior prazer de conversar e ouvir “fofocas”, obviamente seria mais propensa a vaticinar desastres e a ocasionar desastres com sua própria fala, e por isso tal alma teria que ter uma maior dose de controle espiritual e de conhecimento bíblico, para saber administrar melhor sua tagarelice inata. Mas aqui está o nó cego da questão:

Como fazer a alma feminina estudar mais a Bíblia do que o Homem, se é ela que mais tarefas tem para fazer? Se o grosso das tarefas domésticas e de subsistência está a cargo da Mulher, como esperar que ela tivesse mais tempo para ler a Bíblia e fazer cursos bíblicos de teologia profunda? (Está sentindo o drama?). Isto posto, vê-se que a única solução para a tagarelice feminina está praticamente fora de seu alcance (desgraçadamente), e por isso o caso pode ser chamado de maldição, que a rigor significa “uma armadilha cuja solução é outra armadilha”.

Neste terrível caso, e se até aqui já se pôde ter uma ideia da situação da Mulher e da Humanidade, o que está reservado ao Homem, que até aqui pouco comentamos? Ou seja: o que o Homem pode fazer, já que se encontra na mesma barca furada da Humanidade desobediente? Sem dúvida, esta é uma questão para gênios!

Em primeiro lugar, é preciso fixar bem a ideia (muito impopular hoje em dia) de que a Mulher pode e deve trabalhar, dentro ou fora de casa, mas que deve evitar ao máximo “opinar”, em qualquer lugar onde trabalhe. A Mulher, por assim dizer, não comete muitos pecados de “ação”, e muito menos de omissão; mas sim pecados de pensamento e palavra (para lembrar o missal confessional que diz: “Confesso a Deus Todo-poderoso, e a vós irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões”, por minha culpa, minha tão grande culpa”). Aqui também pode-se ver que o homem, o macho, peca muito mais por atos e omissões.

Com o quadro agora já bem delineado diante de nossos olhos, adiantemos as duas tarefas mais prementes para o homem e para a mulher: (1) O homem deve cuidar para que seus atos sejam íntegros e puros, e que jamais se omita de praticar a justiça e a caridade ao próximo; (2) A mulher deve cuidar para falar menos e jamais “opinar com o futuro”, i.e, jamais emitir um parecer sobre um caminho a seguir ou sobre o resultado de qualquer decisão tomada pelo homem, pois este, embora possa errar em sua avaliação futura, contará com forças espirituais que trabalharão para alterar o futuro em busca de satisfazer a opção por ele escolhida. O versículo Romanos 8,28 foi escrito para ter validade em lares, lugares e países onde a hierarquia bíblica foi respeitada, sobretudo a hierarquia doméstica dada no Novo Testamento (para bom entendedor, um pingo é letra).

Ao contrário, se prevalecer a opinião da mulher sobre o resultado de uma decisão, o cosmos inteiro se omitirá e todas as coisas tenderão a se voltar contra o vaticínio da mulher, gerando uma situação potencial de desgraça, até para ela mesma. E cabe aqui uma reflexão de alívio para a mulher que não foi dado ao homem. Veja:

Se alguém está trabalhando numa empresa cujo chefe obrigou os funcionários a não opinarem nunca, estes funcionários estarão, automaticamente, isentos de qualquer responsabilidade sobre todos os erros e desgraças futuras a ocorrer na empresa, e seu patrão jamais poderá culpar e muito menos penalizar seus funcionários. Aqui está o alívio da mulher: ela sempre poderá deitar em berço esplêndido na ocorrência de uma desgraça que tenha advindo da opinião do homem! A culpa sempre será TODA dele! Mas tem um porém: ela também está proibida de dizer: “Está vendo? Eu avisei…”, pois esta atitude é novamente uma Tentação da tagarelice, e a mulher precisa dar provas de que já venceu o Tentador que a fez cair desde o paraíso do Éden.

Finalmente, nosso argumento básico ficou claro? O título deste artigo ficou claro? O resumo seria: (1) “Homem, ame a sua mulher como Cristo amou a Igreja, e jamais foi infiel a ela, como você também jamais será”. (2) “Mulher, obedeça ao seu marido, como a Igreja obedece a Cristo, e jamais sofreu qualquer desgraça em sua história gloriosa, como você também jamais sofrerá”. Enfim, sei o quanto este artigo é completamente inadequado para uma época em que o Comunismo reina no mundo e onde o progressismo imoral comanda a cabeça da raça humana como um todo. Consola-me saber que posso ter escrito para outros casais, os felizes casais do Reino de Deus.

 

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Como CS Lewis soube de uma verdade escondida a 7 chaves?

Na sua Trilogia Espacial, Lewis contou algo que somente hoje, após alguns anos de funcionamento das chamadas “sondas solares”, a Ciência veio a testemunhar estarrecida…

Aqui comento com base no vídeo do Canal “OLHOS NO CÉU” em que seu fundador, o ufólogo Anderson Antônio, fala de um objeto gigantesco que se conectou/desconectou do sol em 2012. O referido vídeo pode ser acessado por ESTE link, e é muito importante que meus leitores o assistam antes de continuar esta leitura (o físico Nassim Haramein estarreceu-se quando viu naves gigantescas mergulharem velozmente para dentro do sol – O StudioJVS fez um vídeo sobre isso – confira esse vídeo NESTE link).

Bem; nosso mestre CS Lewis trouxe um dado impressionante em sua Trilogia Espacial (dentre tantos outros que fizeram da sua Trilogia a obra maia impactante de sua vasta literatura), o qual põe a nu a natureza ontológica do espaço/tempo, e cuja descrição está bem colocada – pelo filólogo Lewis –numa frase aparentemente simplória, ou inventada em fundo de quintal por meninos “nerds”. O dado impressionante na frase simplória é o seguinte:

“Para os corpos angelicais, a matéria é vácuo e o vácuo é matéria sólida” (aqui a frase está “traduzida” por meu próprio entendimento). Lewis contou esta revelação em comparação com o fato de que para os corpos humanos, o vácuo é o vazio do espaço, e a matéria densa é o sólido em que vivemos na Terra e em nossos corpos físicos.

Pois bem. Com o avanço das ciências astronômicas, e, sobretudo, com o avanço dos instrumentos de observação e interpretação dos fenômenos espaciais, aquele dado de Lewis começa a transparecer ao vivo e a cores aos olhos da Humanidade, e quem quer que se dê ao esforço e ao prazer de “olhar as aves do céu” (Mateus 6,28), ficará pasmo ou perplexo diante da realidade que se desnuda naqueles instrumentos, dando total concretude à profecia dos “sinais na terra e no Céu, sinais no Sol e nas estrelas”, de que falava o sermão profético.

Com efeito, as sondas de observação do Sol (SOHO, HELIOVIEWER, COR, SECCHI, etc., esta última estranhamente “silenciada/tirada do ar” pela NASA), por via de um autêntico milagre ou por uma tragédia anunciada, estão escancarando fenômenos insólitos e até certo ponto aterradores, às vistas de quem quer que saiba olhar com olhos de ver e ouvir com ouvidos de ouvir. O autêntico milagre seria o fato de Deus nos permitir enxergar tais coisas, ou seja, impedir a censura da NASA e de outras agências sonegadoras de tais informações, dando pleno cumprimento à palavra de Jesus de que “seus amigos tomariam conhecimento de TUDO o que seu pai opera em segredo” (interpretação livre para João 15,15).

Logo, os “bisbilhoteiros” dos instrumentos de observação astronômica seriam os “amigos” de Jesus, sem levar em conta os pecados não pagos por estes amigos. E é assim que eu mesmo vim a saber destas “coisas espantosas nos céus” (Lucas 21,11), e estou agora a procurar qualquer argumento (vindo de qualquer mestre genial) que refute a certeza de que a volta de Jesus é iminente! Quem tem cacife que se habilite aqui e agora!

Pois bem. As sondas solares mostraram e mostram, para quem quiser ver, que “o Sol não é o que parece ser”, exatamente como Lewis explicou quando falou de Ramandu e sua filha Liliandil, em suas “Crônicas de Nárnia”, livro “A viagem do Peregrino da Alvorada”. Ali Lewis conta que as estrelas não são bolas de fogo e gás comprimidas pela extrema força gravitacional, como diz a Ciência, que erra ao confundir o que elas são com aquilo de que são constituídas. As estrelas são na verdade estranhos “corpos de anjos”, e por isso “ocas” ou “vácuos”, ao mesmo tempo em que são matérias para nós, e por isso poderiam ser “atravessadas” por outros anjos e suas naves espaciais de alta tecnologia, sendo estas dirigidas por seres de carne e osso a serviço dos anjos de Deus, talvez até gente que já passou por planetas pecaminosos, como a Terra.

A tecnologia das naves que atravessam as estrelas em direção a “universos paralelos” do Multiverso seria de tal envergadura que seus ocupantes, mesmo que fossem pinguins, não sentiriam calor algum ao entrar no caldeirão fervente dos sóis, pois o material com que são feitas as naves tem uma “cercadura” e/ou uma consistência tal que o calor não lhe afeta, tal como os antigos descreviam as salamandras, seres mitológicos que vivem DENTRO do fogo.

Talvez nem se possa falar aqui em “fogo”, ou em calor, ou altas temperaturas, etc. Talvez o que a Ciência tenha aprendido sobre fogo não seja 100% correto, ou então, e esta é a hipótese mais lógica, o que a astronomia descobriu depois não nos foi informado. Certamente ela se debate agora com um pedido secreto dos militares, que veem na descoberta deste material antifogo o maior avanço na exploração espacial, uma vez que garantiria a viagem cósmica sem nenhum impedimento para os astronautas, já que sairiam da Terra em direção ao sol (única parte mais “lenta” no trajeto) e por meio dele a travessia para uma outra dimensão seria questão de um piscar de olhos!

Sem dúvida o terrível revés apontado pela possibilidade de que uma entrada humana pelo portal do sol poderia abrir uma brecha para a chegada à Terra de seres poderosíssimos malignos e escravagistas, pondo em risco toda a Humanidade, pode ser uma questão apavorante em aberto. Porém, como sempre defendemos desde a década de 1980, quem nos garante que os governos nefastos deste mundo já não travaram acordos macabros com raças malignas e escravizatórias da Humanidade? Quem pode garantir que os boatos neste sentido não tenham um fundo de verdade, como todos os boatos têm?

Como CS Lewis soube desta verdade escondida a 7 chaves? Só há duas saídas para esta questão. Uma negativa e outra positiva. A negativa era se Lewis fosse um falso, um diabo camuflado, que tivesse recebido tal informação do Governo Secreto do mundo e tivesse recebido permissão para assustar as almas humanas. Porém, como Lewis é de Deus e com Deus fez uma amizade filial, só podemos deduzir que Jack ouviu tal informação vinda dos próprios anjos, com os quais teve contato no episódio 2 da Trilogia Espacial, contato este contado por ele mesmo. Os anjos de Deus, ou as estrelas do espaço sideral, simplesmente disseram, como Jesus disse a Tomé: “põe teu dedo aqui nos meus furos e vê que você pode atravessar uma estrela!”…

Enfim, e mantendo a intenção de não fazer um artigo muito longo, a revelação de Lewis de que “o-espaço-é-sólido-e-a-matéria-é-vácuo” para os anjos (sendo o contrário verdadeiro para nós de carne e osso), o que mais nos resta “especular” a respeito com a permissão de Deus? Só uma conclusão se pode extrair daí, e para mim ela é aquele tipo de coisa velha, mas que sempre nos surpreende, como a morte. A dedução óbvia é que Jesus está mesmo perto de voltar, se arrisco a falar de um dia que pode ser mil anos e mil anos que pode ser um dia. Talvez, quando a atual tecnologia científica conseguir fazer uma nave que atravesse o Sol, os anjos já estejam aqui, em batalha, socorrendo aqueles pobres e humildes que a mais ninguém tinham em sua defesa. Esta é a Justiça do Alto. Maranata!

 

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A Verdade é anterior a tudo e suplanta tudo

Não é um versículo da Bíblia que poderá valer além da Verdade quando o assunto é o conjunto da Revelação divina. A Igreja só pode chegar até onde alcança o versículo. A Verdade abarca tudo.

A interminável discussão entre a autoridade divina da Igreja Católica Apostólica Romana (doravante ICAR) e a “autoridade espontânea” das igrejas protestantes nos obriga a retroceder a histórias jamais relatadas ao cérebro humano, e a tatear no terreno sombrio da Filosofia pura, que não recebeu a mesma “autorização” da Teologia Cristã, deixando a Humanidade inteiramente às cegas nessa longa jornada da alma humana em busca do Caminho verdadeiro.

A discussão sempre começa com as duas faces da moeda teológica em conflito, a saber, quando a Igreja de Roma alega, com justa razão (leia Mateus 16,17-19), que “sua autoridade deriva diretamente de Jesus Cristo, O qual a entregou exclusivamente a Pedro, descartando assim que todas as demais religiões e denominações pudessem ter a mínima chance de interpretar as Escrituras com exatidão”. A mesma discussão também começa quando a igreja protestante, “separada da Graça de Deus desde a loucura de Lutero”, alega, com justa razão (leia II Pedro 1,20-21) que “nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação particular”, e por isso a rigor qualquer pessoa inspirada pelo Espírito de Deus poderia “traduzir” a vontade de Deus para o povo perdido.

Porém e com efeito, a realidade é que existe algo muito maior e mais antigo do que todas as Escrituras Sagradas do mundo, mais antigo do que todas as tradições humanas, e até mais antigo do que a própria existência da Humanidade na superfície da Terra! Ou seja: “tão antigo quanto o próprio Deus”. Chama-se “A Verdade”, e dela já podemos adiantar o seguinte: “Quando Jesus foi tentado, ele não usou nenhuma doutrina de igreja ou encíclica papal. Ele não usou nenhuma orientação de magistério eclesial, nenhuma teologia, nenhuma filosofia patrística. Ele usou simplesmente a escritura, curta e grossa, da Verdade, verdade que transcende e antecede em milênios tudo o que a igreja veio a conhecer depois do Pentecostes”.

E mais: a Verdade (sempre grafada com inicial maiúscula), nos obriga a enveredarmos pelo seguinte atalho providencial, cuja omissão causará inexoravelmente a cegueira ou o não entendimento deste ponto de vista.

A Verdade, “curta e grossa e profunda”, exigirá que admitamos o nascimento e a existência de verdadeiros “gênios” entre nós, dos quais parodiaremos a lembrança do “gênio azul” do conto “Aladim e a lâmpada maravilhosa”, revisitado por um “remake” dos estúdios Disney em 1992. Com efeito, o poder de discernimento e raciocínio dos gênios é tão distinto e superior ao entendimento dos “mortais comuns do cotidiano” que nem adiantaria fazer comparações frívolas, ou mesmo mais sérias, porque o mortal comum não pode captar o “mortal superior”, do mesmo modo que um peixe não pode entender o que é “viver num ambiente seco”, ou um bêbado não pode entender o estado sóbrio, exceto quanto ele mesmo está sóbrio.

Mas o simples admitir a existência de gênios é problemático, pois a rigor QUEM poderia saber quem é o gênio, exceto outro que fosse gênio? (Quem poderia entender o mundo molhado dos peixes, a menos que fosse peixe ou sereia?); ou COMO um gênio da Verdade, consciente do maior de todos os pecados – a soberba –, iria revelar-se gênio, quando só outro gênio poderia detectá-lo? E para que revelar-se gênio, quando ele sabe que está num planeta que despreza, persegue e até manda matar “gênios”? Eis porque precisamos insistir que o drama crucial da Verdade, ou o drama terrestre da Verdade de Deus, está ele mesmo obstaculizado já no seu nascedouro, porquanto enfrenta o nó górdio da sua própria incomunicabilidade! Isto é, seu maior inimigo é sua própria impossibilidade de revelar-se, enquanto habitar um planeta com o nível de desconfiança alheia, nascida desde o primeiro pecado humano.

É provável que a própria igreja cristã, lá pelo terceiro ou quarto séculos, tenha percebido que a Verdade está bloqueada pelo anteparo intransponível da descrença e pela ignorância até certo ponto involuntária da mente comum, e assim decidiu oficializar uma doutrina que já vinha se imiscuindo desde a Festa do Pentecostes, a saber, uma doutrina que legitimasse e autorizasse os sucessores dos apóstolos como autoridade única a ser ouvida, dada a impossibilidade de contar com os gênios cristãos, todos em silêncio obrigatório advindo da humildade verdadeira que conhecem melhor que todo mundo.

Todavia e contudo, qualquer mente comum pode perceber agora que, o sacerdócio autorizado pelo Cânon e o silêncio dos gênios, não impedem a realidade do nascimento e da existência de gênios (tal como o ateísmo não impede a existência de Deus), o que dá à questão – e ao próprio Deus – um drama cósmico sem fim! Porquanto o Criador, maior portador da Verdade, vê-se impedido de passar a Verdade ao nosso planeta (porque ninguém a entenderia e muito menos aceitaria) e vê-se obrigado a acatar a ideia de criar um sacerdócio único, autorizado a pregar e interpretar a Bíblia, sob pena de ver a Humanidade inteira morrer sob toneladas de mentiras sedutoras e açucaradas. Mas isso só aumenta o drama. Senão vejamos.

Certo dia um aluno perguntou: “Professor, onde estaria o erro da Igreja Católica Apostólica Romana em determinar que SOMENTE OS PADRES ORDENADOS podem interpretar corretamente as Escrituras Sagradas? (Como se Deus tivesse tapado sua santa boca com um zíper e somente os padres pudessem ‘subir’ até Ele e abrir o zíper). O senhor pode explicar isso?”… (Esta pergunta e sua resposta serão tema de um vídeo que nosso Canal publicará em breve, chamado: “Cuidado: Erro perigoso da Igreja Católica!”).

Ora; após entender e ver este drama cósmico, a ICAR se viu obrigada a criar o discurso perigoso da autoridade exclusiva do sacerdócio católico na interpretação da Bíblia, como se Deus deixasse, no meio de um mundo cego, um único olho de um único sujeito que falasse às multidões, ou que falasse para quem tem um olho só. Então, neste caso, caberá a pergunta óbvia: “e se houver uma guerra ou uma praga onde todos os padres morram? Ou então, se os padres forem arrebatados antes do fim do mundo? Ou pior: e se todos os padres se entregarem ao demônio, como agora naEra do antipapa Bergoglio’?… Assim, neste caso, QUEM irá conduzir o rebanho restante?”. Logo, a conclusão lógica é que QUALQUER UM pode ler as Escrituras e entender numa boa (mas somente se Deus realmente quiser que tal leitor O entenda), pois a divina luz da Bíblia depende exclusivamente de Deus, e não de intérpretes humanos, quase sempre “meio cegos” e tendenciosos. Enfim, entender a Bíblia depende de Deus acender a Sua lâmpada (Salmo 119,105), e não de meia dúzia de intérpretes da Lei, geralmente proselitistas, como no tempo dos fariseus do Judaísmo!. Este parágrafo resume a realidade pontual deste planeta, neste tempo chamado de “Era da Incerteza”.

Algum tempo atrás a sociedade assistia um comercial muito bem feito, onde a mensagem era: “Nada substitui o talento!”. Como todas as boas mensagens permitidas por Deus, esta também é eterna como a Bíblia, porque também faz parte da Verdade divina. E ela não esconde outra verdade dela derivada: “Nada substitui o gênio”. Com efeito, a autoridade canônica não substitui a genialidade humana. O ministro religioso, por mais canônico e ordenado que seja, não recebeu a mesma iluminação do gênio (sequer teve sua ‘genética’ favorecida por estranhas ‘coincidências’). Pelo contrário, o sacerdote canônico deve sempre pedir o parecer do gênio – em qualquer assunto –, cuja iluminação ninguém mais recebeu”.

Neste caso e nesta hora oportuna, será salutar oferecer uma “lista de gênios” para ilustrar melhor o presente argumento; mas então, como não sou gênio e não consigo enxergar como os gênios, não sei se esta Lista é perfeita ou faz justiça aos nomes nela elencados ou nela ausentes. Vejamos:

Exemplos de gênios: Na Física, Albert Einstein; na Ciência do Eletromagnetismo, Nicola Tesla; na Filosofia brasileira, Olavo de Carvalho; na Teologia Cristã, C.S. Lewis; na Psicossociologia moderna, G.K. Chesterton; na Sociobiologia, Rupert Sheldrake; na Cosmologia, Brian Greene; na Sétima Arte, James Cameron; na música instrumental moderna, Egberto Gismonti; no futebol, Edson Arantes do Nascimento; dentre outros, para não tomar tempo do leitor com uma lista enorme.

Isto posto, ou seja, oportunizando uma visão mais próxima de que espécie de “talento” estamos evocando aqui, explicamos que “o gênio”, conforme o significado aqui utilizado, possui não apenas uma mente brilhante em todos os sentidos (sobretudo a vivacidade do raciocínio e a dinamicidade da memória), mas também um componente genético trazido do berço e da própria “manufatura anímica” do Criador, o qual, por pura liberdade pessoal, compôs aquele conjunto “espírito, mente e corpo” com elementos de maior qualidade de seu arsenal criativo, deixando no ar uma sensação de injustiça na cabeça dos não-gênios (sobre esta “injustiça”, você deve interromper a leitura deste artigo aqui e ler, com urgência, o trecho bíblico de Romanos 9,11-24: ele lhe mostrará a infinita liberdade de Deus em criar gênios e não-gênios).

É óbvio que as qualidades do gênio não se resumem somente a estas questões de raciocínio e memória especiais. Há sim gênios que possuem, inclusive, poderes vistosos de paranormalidade, tais como telecinese, psisoquinestesia, levitação e até telepatia. Porém tais poderes não interessam ao presente argumento, não apenas pela quantidade de charlatães que nos enganam neste sentido, mas pela utilidade do talento para a teologia cristã e para a interpretação bíblica que evocamos neste artigo. O que nos importa aqui são os gênios que enxergam a Verdade de Deus com precisão absoluta e abrangência micro e macro cósmicas, para explicar que o plano de salvação das almas deveria ficar a cargo, não de homens autorizados pelo Cânon de uma determinada igreja (mesmo uma igreja fundada por Jesus), mas pela iluminação e inspiração divina que o gênio recebe diretamente do Criador.

Neste caso, o que a Igreja de Jesus (a ICAR) deveria fazer era convocar, oficialmente, durante toda a história dos papas, os gênios cristãos espalhados nos quatro cantos do mundo, para fazê-los assessores dos papas, únicos, afinal, capazes de ir além da visão proporcionada pelos longos e demorados estudos teológicos do magistério católico. E aqui fica claro que, para que os gênios fossem realmente “úteis à Verdade” e não ao proselitismo católico, eles deveriam ser convocados não apenas das mais surpreendentes denominações cristãs, mas até de áreas não religiosas da vida, a exceção de áreas ateístas e descrentes.

Eis aí uma das mais belas histórias sobre A Verdade.

Por exemplo: (1) nas questões da cosmologia bíblica, um papa jamais deveria opinar, sem pedir a um assessor “gênio” que falasse em seu lugar, explicando o que é “o sidéreo profundo como casa dos anjos”. (2) Nas questões da psicologia bíblica, um papa jamais deveria opinar sem pedir a um assessor gênio que falasse em seu lugar, explicando que a salvação de uma alma depende da sanidade moral do comportamento humano, o que implica em não adesão a ideias comunistas e marxistas; que nenhuma alma será salva se não se arrepender profundamente de seus pecados, mesmo quando a sociedade inteira encara aquele pecado como “normal”. (3) Nas questões da escatologia bíblica, um papa jamais deveria opinar sem pedir a um assessor gênio que falasse em seu lugar, explicando que a liberdade das almas se mantém intacta após a morte física, e que o mesmo arrependimento de pecados solicitado em vida, será necessário dentro do Purgatório. (4) Ainda na escatologia, um papa jamais deveria opinar sem pedir a um assessor gênio que falasse em seu lugar, explicando que a Parusia é e será sempre uma incógnita absoluta, e que a própria ansiedade resultante dos sinais do fim não pode entrar no coração dos cristãos, e estes devem se manter tão “alheios” à passagem do tempo que sejam mesmo pegos “de surpresa”, ou na inocência, pelo som das trombetas (Lucas 12,29-40). Enfim, os exemplos são muitos, e estes foram dados apenas para uma breve visualização do argumento; o qual, não vindo de nenhum gênio, pode conter falhas inexoráveis.

Voltemos à questão da soberania da Verdade. Como dissemos, quando Jesus foi tentado, ele não usou nenhuma doutrina de igreja ou encíclica papal; não usou nenhuma orientação de magistério eclesial, nenhuma “teologia sistemática”, nenhuma filosofia patrística, nada disso. Ele usou tão somente a Verdade (que seu inimigo conhecia menos que Ele), aquela Verdade que transcende e antecede em milênios e milênios, tudo aquilo que a igreja veio a saber depois do Pentecostes.

Os gênios que nasceram com uma mente privilegiada pela Providência e pela Liberdade criacional de Deus, os gênios nascidos após a era cristã, os gênios que estudaram secretamente tudo o que foi dito e escrito na história do Cristianismo (por “secretamente” pode-se entender, por exemplo, até a “instrução onírica” de que falava James T. Mangan), são estes que estão fazendo falta na atual conjuntura do Cristianismo, o qual perece e parece, a cada dia, naufragar no vácuo das falsas doutrinas e no abismo da imoralidade. Enfim, se os gênios forem desprezados ou abandonados, ou se os gênios simplesmente se calarem, até as pedras clamarão contra esta geração perversa e corrupta. Afinal, as pedras são os únicos gênios falantes que restaram, na surdez voluntária de todos os pastores.

 

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